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DOMUS SANCTAE MARTHAE

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20 Abr 2020 15:31 - 29 Abr 2020 18:43 #42004 por PADRE LUCAS BIONAZ (LUCASBIONAZ)
DOMUS SANCTAE MARTHAE foi criado por PADRE LUCAS BIONAZ (LUCASBIONAZ)
DOMUS SANCTAE MARTHAE



Domus Sanctae Marthae (em português: Casa Santa Marta) é um palácio localizado ao lado da Basílica de São Pedro, na Piazza di Santa Marta, na Cidade do Vaticano. Reestruturado em 1996, durante o papado do papa João Paulo II, o edifício foi batizado em homenagem a Santa Marta, que era irmã dos santos Maria de Betânia e Lázaro. Atualmente funciona como hospedagem para membros do clero enquanto tratam de negócios com a Santa Sé e como residência para membros do Colégio de Cardeais durante a realização de um conclave papal para eleger um novo papa.
O papa Francisco vive na Casa de Santa Marta a partir de sua eleição, em março de 2013, recusando viver no Apartamento Papal no Palácio Apostólico.


EDIFÍCIO

O papa João Paulo II, depois de ter participado de dois conclaves, decidiu tornar o processo de eleição pontifical mais confortável e menos extenuante para os cardeais, geralmente já bastante idosos, e encomendou a construção da Domus Sanctæ Marthæ. Ele determinou que o edifício deveria servir para abrigar os cardeais durante as eleições papais e, em outras ocasiões, deveria estar disponível para "pessoal eclesiástico servindo ao Secretariado de Estado e, tanto quanto possível, aos demais dicastérios da Cúria Romana, e também aos cardeais e bispos visitando a Cidade do Vaticano para ver o papa ou para participar de eventos e encontros organizados pela Santa Sé". Leigos também já ficaram hospedados ali.
O edifício, com cinco andares, contém 106 suítes, 22 salas simples e um apartamento e é administrado pelas Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo. Todos mobiliados, com banheiros e escritórios para os ocupantes. Além disto, há ainda instalações para alimentação e serviços pessoais.


ESTRUTURA ANTERIOR

O papa Leão XIII determinou a construção do Ospedale di Santa Marta em 1891 no local onde está atualmente a Domus quando se temia que a epidemia de cólera na época poderia chegar a Roma. Depois que isto não ocorreu, o edifício passou a ser utilizado para servir os doentes de Roma e como hospedaria para peregrinos. Ele foi eletrificado em 1901 e ganhou uma capela no ano seguinte. Os serviços médicos foram ampliados para atender também padres e os membros da Guarda Suíça. Durante a Segunda Guerra Mundial, o edifício foi utilizado para abrigar refugiados, judeus e embaixadores de países que haviam cortado relações com a Itália. Depois da guerra, o papa Pio XII recebeu 800 crianças romanas para um café da manhã no local depois que elas receberam sua Primeira Comunhão. O edifício então passou a abrigar clérigos idosos em seus últimos anos de vida e também como residência para clérigos alocados a escritórios na administração do Vaticano.


CONCLAVES

A constituição apostólica de João Paulo II Universi Dominici gregis, de 22 de fevereiro de 1996, mudou as regras que governam os conclaves papais para abrigar os cardeais eleitores e alguns funcionários específicos no Domus Sanctae Marthae, o que já ocorreu no conclave de 2005 e no conclave de 2013. Antes da reestruturação do prédio, os cardeais eram alojados no Palácio Apostólico, dormindo em camas simples espalhadas em espaços temporários por todo o palácio, alguns nos corredores e escritórios, geralmente separados uns dos outros por um lençol pendurado num varal e compartilhando banheiros com até dez outros cardeais.


RESIDÊNCIA PAPAL

Em 26 de março de 2013, o Vaticano anunciou que o papa Francisco não se mudariam para o Apartamento Papal, que fica no terceiro andar do Palácio Apostólico, o primeiro papa a não viver ali desde a mudança do papa Pio X para lá em 1903. Ele utiliza a suíte do apartamento como seu escritório. Francisco permaneceu por um tempo no quarto que recebeu por sorteio no início do conclave que o elegeu e depois se mudou para a suíte 201. Ele celebra sua missa matinal na Domus e ali faz suas refeições. O papa explicou sua decisão dizendo: "A residência no Palácio Apostólico é [...] grande e de muito bom gosto, mas não é luxuosa [...] É grande, mas a entrada é estreita. Apenas uma pessoa por vez consegue entrar e eu não consigo viver sozinho. Preciso viver minha vida com outros".
Ele ocupa um quarto mobiliado com suas necessidades básicas, um crucifixo de madeira e uma pequena estátua de Nossa Senhora de Luján, a padroeira da Argentina, Uruguai e Paraguai. Fora do quarto papal ficam sempre dois seguranças da Guarda Suíça, dia e noite, e uma estátua de São José, na qual o pontífice deposita pedidos de oração.



Como é possível perceber com o texto acima a "DOMUS SANCTAE MARTHAE" é um edifício vaticano muito particularmente ligado ao pontificado de Francisco. Nosso amado Papa argentino buscou desde o princípio de seu pontificado se desvincular de uma eventual imagem monárquica que pudessem gravar em sua pessoa. Uma dessas medidas foi, como vimos, viver na Domus onde, inclusive, celebra hodiernamente.

Usarei esse fórum como espaço para publicar as reflexões cotidianas de sua Santidade como meio de acesso que muito certamente podem auxiliar aqueles que com boa vontade e bom coração buscam a verdade que é Cristo Jesus.



Informações extraídas do site: [ pt.wikipedia.org/wiki/Domus_Sanctae_Marthae ] em 20/04/2020.





PADRE LUCAS BIONAZ


BARONE DI LECCE


PRESIDENTE FONDATORE DELLA REALE ACCADEMIA ITALIANA DI GEOGRAFIA


SEGRETARIO-GENEREALE E FONDATORE DELLA PONTIFICIA ACCADEMIA ITALIANA DI MUSICA SACRA - MARCO FRÍSINA


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Last edit: 29 Abr 2020 18:43 by PADRE LUCAS BIONAZ (LUCASBIONAZ).
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20 Abr 2020 16:32 - 20 Abr 2020 16:37 #42005 por PADRE LUCAS BIONAZ (LUCASBIONAZ)
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HOMILIA DO PAPA FRANCISCO

"NASCER DO ESPÍRITO"
Segunda-feira, 20 de abril de 2020
INTRODUÇÃO

Rezemos hoje pelos homens e mulheres que têm uma vocação política: a política é uma forma elevada de caridade. Oremos pelos partidos políticos nos vários países para que, neste momento de pandemia, possam procurar juntos o bem do país e não o bem do próprio partido.



HOMILIA

Nicodemos é um chefe dos judeus, um homem influente; sentiu a necessidade de ir ter com Jesus. Foi à noite, porque tinha que o fazer com alguma cautela, pois aqueles que iam falar com Jesus não eram bem vistos (cf. Jo 3, 2). É um fariseu justo, pois nem todos os fariseus são maus: não, não; havia também fariseus justos. Este é um fariseu justo. Ele sentiu inquietação, era um homem que tinha lido os profetas e sabia que quanto Jesus fez fora anunciado pelos profetas. Sentiu inquietação e foi falar com Jesus. «Rabi, sabemos que és um Mestre vindo de Deus» (v. 2): é uma confissão, até a um certo ponto. «Ninguém pode fazer estes milagres que Tu fazes, se Deus não estiver com ele» (v. 2). E detém-se diante do “portanto”: se digo isto... portanto... e Jesus respondeu. Respondeu misteriosamente, como Nicodemos não esperava. Respondeu com a figura do nascimento: «Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer de novo, não poderá ver o Reino de Deus» (v. 3). E Nicodemos sente-se confuso, não compreende e toma ad litteram a resposta de Jesus: «Como pode um homem nascer de novo, sendo velho?» (cf. v. 4) Nascer do alto, nascer do Espírito. É o salto que a confissão de Nicodemos deve dar, mas ele não sabe como fazer isto. Pois o Espírito é imprevisível. É interessante a definição do Espírito que Jesus dá aqui: «O vento sopra onde quer; ouves o seu ruído, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim acontece com aquele nasceu do Espírito» (v. 8), ou seja, livre. Quem se deixa levar de um lado para o outro pelo Espírito Santo: esta é a liberdade do Espírito. Quem faz isto é uma pessoa dócil, e aqui referimo-nos à docilidade ao Espírito.
Ser cristão não é apenas cumprir os Mandamentos: eles devem ser cumpridos, é verdade; mas se parares aqui, não serás um bom cristão. Ser cristão é deixar o Espírito entrar em ti e levar-te para onde Ele quiser. Na nossa vida cristã muitas vezes paramos como Nicodemos, antes do “portanto”, não sabemos que passo dar, não sabemos como o fazer ou não temos a confiança em Deus para dar este passo e deixar o Espírito entrar. Nascer de novo é deixar o Espírito entrar em nós e que seja o Espírito a guiar-me e não eu, e assim: livre, com esta liberdade do Espírito que nunca saberás onde irás parar.
Os Apóstolos, que estavam no Cenáculo quando desceu o Espírito, saíram para pregar com coragem, com audácia (cf. At 2, 1-13)... não sabiam que isto teria acontecido; e fizeram-no porque o Espírito os guiava. O cristão nunca deve limitar-se apenas ao cumprimento dos Mandamentos: é preciso cumpri-los, mas ir além, rumo a este novo nascimento, que é o nascimento no Espírito, que dá a liberdade do Espírito.
Foi o que aconteceu com a comunidade cristã citada na primeira leitura, depois que João e Pedro foram interrogados pelos sacerdotes. Foram ter com os irmãos na comunidade e relataram o que os chefes dos sacerdotes e os anciãos lhes disseram. E ao ouvir isto, a comunidade, todos juntos, ficaram um pouco assustados (cf. At 4, 23). E o que fizeram? Rezaram. Não se limitaram a medidas prudentes, “não, agora façamos isto, tenhamos um pouco mais de cuidado...”: não! Rezaram. Para que o Espírito lhes indicasse o que fazer. Elevaram a voz a Deus, dizendo: «Senhor» (v. 24) e rezaram. A bonita oração de um momento difícil, de um momento em que é preciso tomar decisões e não se sabe o que fazer. Queriam nascer do Espírito, abriram o coração ao Espírito: que seja Ele a dizê-lo... E pediram: «Senhor, Herodes e Pôncio Pilatos com as nações e os povos de Israel fizeram uma aliança contra o vosso Espírito Santo e Jesus» (cf. v. 27); contam a história e dizem: “Senhor, fazei algo”. «E agora, Senhor, dirigi o vosso olhar para as suas ameaças - as do grupo dos sacerdotes - e concedei aos vossos servos que proclamem com toda a franqueza a vossa palavra» (v. 29), pedem a ousadia, a coragem, para não ter medo: «Estendei a vossa mão para que as curas, os sinais e as maravilhas se realizem em nome de Jesus» (v. 30). «E quando terminaram a oração, o lugar onde estavam reunidos tremeu, e todos ficaram cheios do Espírito Santo e anunciaram a Palavra de Deus com intrepidez» (v. 31). Aqui aconteceu um segundo Pentecostes.
Diante das dificuldades, perante uma porta fechada, quando não sabem como avançar, vão ao encontro do Senhor, abrem o coração e o Espírito desce e concede-lhes o que precisam e eles saem para pregar com coragem, e vão em frente. Isto significa nascer do Espírito, sem parar no “portanto”, no “portanto” das coisas que sempre fiz, no “portanto” depois dos Mandamentos, no “portanto” após os hábitos religiosos: não! Isto é nascer de novo. E como nos preparamos para nascer de novo? Através da oração. É a oração que abre a porta ao Espírito e nos dá esta liberdade, esta franqueza, esta coragem do Espírito Santo. E nunca saberás para onde isto te levará. Mas é o Espírito!
Que o Senhor nos ajude a estar sempre abertos ao Espírito, porque é Ele quem nos levará em frente na nossa vida de serviço ao Senhor.



ORAÇÃO PARA FAZER A COMUNHÃO ESPIRITUAL

Ó meu Jesus, prostro-me aos vossos pés e ofereço-vos o arrependimento do meu coração contrito que mergulha no vosso coração e na vossa santa presença. Adoro-vos no Sacramento do vosso amor, a Eucaristia. Desejo receber-vos na pobre morada que o meu coração vos oferece. À espera da felicidade da Comunhão sacramental, quero possuir-vos em espírito. Vinde a mim, ó meu Jesus, e que eu venha a Vós. Que o vosso amor possa inflamar todo o meu ser, na vida e na morte. Creio em Vós, espero em Vós, amo-vos.



Extraído do site: [ w2.vatican.va/content/francesco/pt/cotid...ita-allospirito.html ] em 20/04/2020.





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21 Abr 2020 13:59 - 21 Abr 2020 14:04 #42018 por PADRE LUCAS BIONAZ (LUCASBIONAZ)
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HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
“O ESPÍRITO SANTO, MESTRE DA HARMONIA”
Terça-feira, 21 de abril de 2020

INTRODUÇÃO


Neste período há muito silêncio. Também se pode ouvir o silêncio. Este silêncio, que é quase uma novidade nos nossos hábitos, nos ensine a ouvir, nos faça crescer na capacidade de escutar. Rezemos por isto.



HOMILIA

«Nascer de novo» (Jo 3, 7) significa nascer com o poder do Espírito Santo. Não podemos reter o Espírito Santo para nós; só podemos deixar que Ele nos transforme. A nossa docilidade abre a porta ao Espírito Santo: é Ele quem realiza a mudança, a transformação, o renascimento do alto. É a promessa de Jesus, de enviar o Espírito Santo (cf. At 1, 8). O Espírito Santo é capaz de fazer maravilhas, coisas que nem sequer podemos imaginar.
Um exemplo é a primeira comunidade cristã, que não é uma fantasia; eis o que nos dizem aqui: é um modelo, que podemos alcançar se formos dóceis e deixarmos que o Espírito Santo entre em nós e nos transforme. Uma comunidade - digamos assim - “ideal”. É verdade que imediatamente depois começarão os problemas, mas o Senhor mostra-nos até onde podemos ir, se estivermos abertos ao Espírito Santo, se formos dóceis. Nesta comunidade há harmonia (cf. At 4, 32-37). O Espírito Santo é o mestre da harmonia, é capaz de criá-la e fê-lo aqui. Deve suscitá-la nos nossos corações, mudar muitas coisas em nós, mas deve criar a harmonia: pois Ele próprio é harmonia. Também harmonia entre o Pai e o Filho: Ele é amor pela harmonia. E com a harmonia Ele faz maravilhas, como esta comunidade tão harmoniosa. Mas em seguida, a história fala-nos - o mesmo Livro dos Atos dos Apóstolos - de tantos problemas na comunidade. Este é um modelo: o Senhor permitiu este modelo de comunidade quase “celestial”, para nos mostrar onde devemos chegar.
Mas depois começaram as divisões na comunidade. No capítulo 2 da sua Carta, o Apóstolo Tiago diz: «Que a vossa fé “seja imune ao favoritismo pessoal”» (cf. Tg 2, 1): porque isto existia! “Não discrimineis”: os Apóstolos devem sair e admoestar. E no capítulo 11 da Primeira Carta aos Coríntios, Paulo queixa-se: «Ouvi dizer que há divisões entre vós» (cf. 1 Cor 11, 18): começam as divisões internas nas comunidades. Este “ideal” deve ser alcançado, mas não é fácil: há muitas coisas que dividem uma comunidade, quer ela seja uma comunidade cristã, paroquial, diocesana, presbiteral, de religiosos ou de religiosas... muitas coisas concorrem para dividir a comunidade.
Observando quais são os motivos que dividiram as primeiras comunidades cristãs, encontro três: primeiro, o dinheiro. Quando o Apóstolo Tiago diz que não deve haver favoritismo pessoal, dá um exemplo: «Se na vossa igreja, na vossa assembleia, entrar um homem com o anel de ouro, vós levai-lo imediatamente à frente, e o pobre é deixado de lado» (cf. Tg 2, 2). O dinheiro. Paulo diz a mesma coisa: «Os ricos trazem comida e nutrem-se, e os pobres ficam em pé» (cf. 1 Cor 11, 20-22), deixamo-los ali, como se lhes disséssemos: “Arranjai-vos como puderdes”. O dinheiro divide, o amor ao dinheiro divide a comunidade, divide a Igreja.
Muitas vezes, na história da Igreja, onde há desvios doutrinários - nem sempre, mas muitas vezes - o dinheiro está por detrás disto: dinheiro do poder, tanto do poder político como dinheiro vivo, mas é dinheiro. O dinheiro divide a comunidade. Por esta razão, a pobreza é a mãe da comunidade, a pobreza é o muro que protege a comunidade. O dinheiro, o interesse pessoal, divide. Até nas famílias: quantas famílias acabaram divididas por uma herança? Quantas? E deixaram de falar uns com os outros... Quantas famílias... Uma herança... Divide, o dinheiro divide!
Outro motivo de divisão da comunidade é a vaidade, o desejo de se sentir melhor do que os outros. «Agradeço-vos, Senhor, porque não sou como os outros» (cf. Lc 18, 11): a oração do fariseu. Vaidade, sentir-se melhor... E também a vaidade de me mostrar, a vaidade nos modos, nas roupas: quantas vezes - nem sempre, mas muitas vezes - a celebração do sacramento é um exemplo de vaidade, alguns vão com a roupa mais cara, outros fazem isto e aquilo... Vaidade... para a maior festa... Há vaidade também nisto. E a vaidade divide. Porque a vaidade te leva a ser um pavão e onde há um pavão, há divisão, sempre.
O terceiro motivo de divisão da comunidade é a tagarelice: não é a primeira vez que o digo, mas é a realidade. É a realidade! Aquilo que o diabo insinua em nós, como necessidade de falar mal dos outros. “Como aquela pessoa é boa... Sim, sim, mas...”: imediatamente o “mas”: é uma pedra lançada para desqualificar o outro; digo algo que ouvi e assim humilho um pouco o outro.
Mas o Espírito vem sempre com a sua força para nos salvar desta mundanidade do dinheiro, da vaidade e da tagarelice, porque o Espírito não é o mundo: é contra o mundo. Ele é capaz de realizar esses milagres, estas maravilhas.
Peçamos ao Senhor esta docilidade ao Espírito, para que nos converta e transforme as nossas comunidades, as nossas comunidades paroquiais, diocesanas, religiosas: que as transforme, a fim de podermos ir sempre em frente na harmonia que Jesus deseja para a comunidade cristã.



ORAÇÃO PARA FAZER A COMUNHÃO ESPIRITUAL


As pessoas que não podem receber a Eucaristia, agora fazem a Comunhão espiritual
Meu Jesus, creio que estais presente no Santíssimo Sacramento. Amo-vos acima de tudo e a minha alma suspira por Vós. Mas dado que agora não posso receber-vos no Santíssimo Sacramento, vinde, pelo menos espiritualmente, ao meu coração. Abraço-vos como se já estivésseis comigo: uno-me inteiramente a Vós. Ah! Não permitais que eu volte a separar-me de Vós!




Extraído do site: [ w2.vatican.va/content/francesco/pt/cotid...tro-dellarmonia.html ] em 21/04/2020






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22 Abr 2020 16:42 - 22 Abr 2020 16:45 #42044 por PADRE LUCAS BIONAZ (LUCASBIONAZ)
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HOMILIA DO PAPA FRANCISCO


“DEIXEMOS ENTRAR EM NÓS A LUZ DE DEUS
PARA NÃO SERMOS COMO MORCEGOS NA ESCURIDÃO”


Quarta-feira, 22 de abril de 2020


INTRODUÇÃO



Neste tempo em que é necessária muita unidade entre nós, entre as nações, rezemos hoje pela Europa: para que a Europa consiga alcançar esta unidade, a unidade fraterna com a qual os pais fundadores da União Europeia sonhavam.





HOMILIA



Este excerto do Evangelho de João, capítulo 3 (cf. 16-21), o diálogo entre Jesus e Nicodemos, é um verdadeiro tratado de teologia: ele contém tudo. O querigma, a catequese, a reflexão teológica, a parénese... este capítulo contém tudo. E cada vez que o lemos, encontramos mais riqueza, mais explicações, mais aspetos que nos fazem compreender a revelação de Deus. Seria bom lê-lo muitas vezes, para nos aproximarmos do mistério da redenção. Hoje abordarei apenas dois pontos de tudo isto, dois pontos que estão no trecho de hoje.
O primeiro é a revelação do amor de Deus. Deus ama-nos, e ama-nos - como diz um santo - como uma loucura: o amor de Deus parece uma loucura. Ele ama-nos: «amou de tal modo o mundo que deu o seu Filho único» (Jo 3,16). Deu o seu Filho, enviou o seu Filho e enviou-o para morrer na cruz. Sempre que olhamos para o crucifixo, encontramos este amor. O crucifixo é precisamente o grande livro do amor de Deus. Não é um objeto para colocar aqui ou ali, mais bonito, não tão bonito, mais antigo, mais moderno... não. É precisamente a expressão do amor de Deus. Deus amou-nos desta forma: enviou o seu Filho, aniquilou-se a si mesmo até morrer na cruz por amor. «Deus amou de tal modo o mundo, que lhe deu o seu Filho» (cf. v. 16).
Quantas pessoas, quantos cristãos passam o tempo a olhar para o crucifixo... e ali encontram tudo, porque compreenderam, o Espírito Santo fez com que compreendessem, que ali está toda a ciência, todo o amor de Deus, toda a sabedoria cristã. Paulo fala disto, explicando que todo o raciocínio humano que ele faz é útil até certo ponto, mas o verdadeiro raciocínio, a melhor maneira de pensar, mas também o que mais explica tudo é a cruz de Cristo, é «Cristo crucificado que é escândalo» (cf. 1 Cor 1, 23) e loucura, mas é o caminho. E este é o amor de Deus. Deus «amou de tal modo o mundo que deu o seu Filho único» (Jo 3,16). E porquê? «Para que quem n'Ele crê não pereça, mas tenha vida eterna» (v. 3, 16). O amor do Pai que quer os seus filhos com ele.
Olhar para o crucificado em silêncio, olhar para as chagas, olhar para o coração de Jesus, olhar para o todo: Cristo crucificado, o Filho de Deus, aniquilado, humilhado... por amor. Este é o primeiro ponto que este tratado de teologia nos faz ver hoje, o diálogo de Jesus com Nicodemos.
O segundo ponto também nos ajudará: «Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más» (Jo 3, 19). Jesus também retoma isto da luz. Há pessoas - mesmo nós, muitas vezes - que não conseguem viver na luz porque estão habituadas às trevas. A luz ofusca-as, elas não conseguem ver. São morcegos humanos: só sabem mover-se durante a noite. E também nós, quando estamos em pecado, estamos neste estado: não toleramos a luz. É mais confortável para nós viver na escuridão; a luz bofeteia-nos, faz-nos ver o que não queremos ver. Mas o pior é que os olhos, os olhos da alma de tanto viver na escuridão habituam-se a isso a tal ponto que acabam por ignorar o que é a luz. Perdem o sentido da luz, porque se habituam mais à escuridão. E tantos escândalos humanos, tantas corrupções indicam isso. Os corruptos não sabem o que é luz, não a conhecem. Também nós, quando estamos em estado de pecado, em estado de afastamento do Senhor, ficamos cegos e sentimo-nos melhor na escuridão e continuamos assim, sem ver, como os cegos, movendo-nos como podemos.
Deixemos que o amor de Deus, que enviou Jesus para nos salvar, entre em nós e «a luz que Jesus traz» (cf. 19), a luz do Espírito entre em nós e nos ajude a ver as coisas com a luz de Deus, com a verdadeira luz e não com as trevas que o senhor das trevas nos dá.
Duas coisas hoje: o amor de Deus em Cristo, no crucificado, na vida quotidiana. E a pergunta diária que podemos fazer a nós mesmos: “Caminho na luz ou na escuridão? Sou filho de Deus ou acabei por ser um pobre morcego?”.













ORAÇÃO PELA COMUNHÃO ESPIRITUAL



As pessoas que não podem receber a Eucaristia, agora fazem a Comunhão espiritual
Meu Jesus, creio que estais presente no Santíssimo Sacramento. Amo-vos acima de tudo e a minha alma suspira por Vós. Mas dado que agora não posso receber-vos no Santíssimo Sacramento, vinde, pelo menos espiritualmente, ao meu coração. Abraço-vos come se já estivésseis comigo: uno-me inteiramente a Vós. Ah! Não permitais que eu volte a separar-me de Vós!







Extraído do site: [ w2.vatican.va/content/francesco/pt/event...4/22/santamarta.html ] em 22/04/2020





PADRE LUCAS BIONAZ


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Last edit: 22 Abr 2020 16:45 by PADRE LUCAS BIONAZ (LUCASBIONAZ).
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23 Abr 2020 05:13 #42064 por Willian Milet Aldobrandeschi (WillianMilet)
Respondido por Willian Milet Aldobrandeschi (WillianMilet) no tópico DOMUS SANCTAE MARTHAE
Padre Lucas,

Que bela iniciativa em trazer para perto de nós as celebrações realizadas por nosso amado Papa Francisco. Muito obrigado!

Deus o abençoe!


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Willian Milet Aldobrandeschi
Visconte di Motta San Giovanni
Senatore della 23ª Legislatura
Governatore di La Maddalena
Cardinale Arcivescovo di Treviso
Monsignore della Chiesa Cattolica
Direttore Generale di SAMCOM - Repubblica di San Marino
Gran Cancelliere della Pontificia Accademia Italiana di Musica Sacra - Marco Frísina
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