×
Edite sua assinatura

Para identificação automática em seus posts, use a assinatura do perfil. Para isso vá em Seu Perfil (menu de usuário, a direita no portal) e depois em Editar e Atualizar Perfil. Ali, na guia "Informações de Contato", ao final, há um campo de assinatura. Crie a sua e mantenha ela sempre atualizada!

Se você for um súdito da coroa, use o seguinte formato:

SEU NOME COMPLETO
Súdito da Coroa Italiana.

** Para personalizar sua assinatura, dispomos de um rápido tutorial em "Ajuda" >> "Tutorial Ilustrado", no menu principal do Portal.

DOMUS SANCTAE MARTHAE

  • PADRE LUCAS BIONAZ (LUCASBIONAZ)
  • Avatar de PADRE LUCAS BIONAZ (LUCASBIONAZ) Autor do Tópico
  • Desconectado
  • Moderador
  • Moderador
Mais
29 Abr 2020 15:33 - 29 Abr 2020 15:35 #42204 por PADRE LUCAS BIONAZ (LUCASBIONAZ)
Respondido por PADRE LUCAS BIONAZ (LUCASBIONAZ) no tópico DOMUS SANCTAE MARTHAE




CELEBRAÇÃO MATUTINA TRANSMITIDA AO VIVO
DA CAPELA DA CASA SANTA MARTA








HOMILIA DO PAPA FRANCISCO

"A REALIDADE E A SIMPLICIDADE DOS PEQUENINOS"


Quarta-feira, 29 de abril de 2020







INTRODUÇÃO



Hoje é a festa de Santa Catarina de Sena, Doutora da Igreja, Padroeira da Europa. Rezemos pela Europa, pela unidade da Europa, pela unidade da União Europeia: que todos juntos possamos seguir em frente como irmãos.









HOMILIA



Na primeira Carta de São João apóstolo há muitos contrastes: luz e trevas, mentira e verdade, pecado e inocência (cf. 1 Jo 1, 5-7). Mas o apóstolo chama sempre à realidade, à verdade, e diz-nos que não podemos estar em comunhão com Jesus e caminhar nas trevas, porque Ele é luz. Ou uma coisa ou outra: o cinzento é ainda pior, porque o cinzento faz-nos acreditar que caminhamos na luz, porque não estamos na escuridão, e isto tranquiliza-nos. O cinzento é muito traiçoeiro. Ou uma coisa ou outra.

O apóstolo continua: «Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós» (1 Jo 1, 8), porque todos pecamos, somos todos pecadores. E aqui há algo que nos pode enganar: dizendo “somos todos pecadores”, como quem diz “bom dia”, “boa tarde”, uma expressão habitual, um costume social, não temos uma verdadeira consciência de pecado. Não: eu sou pecador por isto, isso e aquilo. A realidade. A realidade da verdade: a verdade é sempre real; as mentiras são etéreas, são como o ar, não se pode pegar nele. A verdade é concreta. E não podes ir confessar os teus pecados de uma forma abstrata: “Sim, eu... sim, uma vez perdi a paciência, outra vez...”, coisas abstratas. “Eu sou pecador». A realidade: “Fiz isto. Pensei isso. Disse aquilo”. A realidade é o que me faz sentir um verdadeiro pecador e não “pecador no ar”.

Jesus diz no Evangelho: «Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos» (Mt 11, 25). A realidade dos pequeninos. É bom ouvir os pequeninos quando se confessam: não dizem coisas estranhas, “no ar”; dizem coisas concretas, e por vezes demasiado concretas porque têm aquela simplicidade que Deus dá aos pequeninos. Lembro-me sempre de uma criança que uma vez me veio contar que estava triste porque tinha discutido com a tia... Depois continuou. Eu disse: “O que fizeste?” - “Bem, eu estava em casa, queria ir jogar futebol - era um menino – mas dado que a mãe não estava em casa, a tia disse: “Não, tu não sais: primeiro tens de fazer os deveres de casa”. Palavra vai, palavra vem, e no final mandei-a àquele sítio”. Era uma criança de grande cultura geográfica... Disse-me até o nome do lugar para onde tinha mandado a sua tia! São assim: simples, concretas.

Também nós devemos ser simples, concretos: a concretude leva-nos à humildade, porque a humildade é concreta. “Somos todos pecadores” é uma expressão abstrata. Não: “Eu sou pecador por isto, isso e aquilo”, e esta atitude leva-me à vergonha de olhar para Jesus: “Perdoa-me”. A verdadeira atitude do pecador. «Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós» (1 Jo 1, 8). Esta atitude abstrata é uma forma de dizer que estamos sem pecado: “Sim, somos pecadores, sim, perdi a paciência uma vez...”, mas “tudo no ar”. Não percebo a realidade dos meus pecados. “Mas, o senhor sabe, todos, todos nós fazemos estas coisas, lamento, lamento... causa-me sofrimento, já não o quero fazer, já não o quero dizer, não quero pensar mais nisso”. É importante dar um nome aos pecados que temos dentro de nós. A realidade. Porque se “permanecermos no ar”, acabaremos nas trevas. Tornemo-nos como os pequeninos, que dizem o que sentem, o que pensam: ainda não aprenderam a arte de dizer as coisas um pouco embrulhadas para que entendam mas não as digam. Esta é uma arte dos adultos, que muitas vezes não nos faz bem.

Ontem recebi uma carta de um jovem de Caravaggio. O seu nome é Andrea. Contou-me coisas sobre ele: as cartas dos adolescentes, dos jovens, são muito bonitas, pela realidade. E disse-me que tinha assistido à Missa na televisão e que me queria “repreender” por uma coisa: que eu digo “a paz esteja convosco”, “e tu não podes dizer isto porque com a pandemia não nos podemos abraçar”. “Não vê que [aqui na igreja] inclinais a cabeça e não vos tocais”. Mas ele tem a liberdade de dizer as coisas como são.

Também nós, com o Senhor, devemos ter a liberdade de dizer as coisas como são: “Senhor, estou em pecado: ajudai-me”. Como Pedro depois da primeira pesca milagrosa: «Senhor, afasta-te de mim, porque sou pecador» (Lc 5, 8). Tenhamos esta sabedoria da realidade. Porque o diabo quer que vivamos na tibieza, indolentes, no cinzento: nem bom nem mau, nem branco nem preto: cinzento. Uma vida que não agrada ao Senhor. O Senhor não gosta dos tíbios. Realidade. Não ser mentiroso. «Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar» (1 Jo 1, 9). Ele perdoa-nos quando somos concretos. A vida espiritual é tão simples, tão simples; mas complicamo-la com estas nuances e, no final, nunca concluímos nada...

Peçamos ao Senhor a graça da simplicidade e que Ele nos conceda essa graça que dá às pessoas simples, às crianças, aos jovens que dizem o que sentem, que não escondem o que sentem. Mesmo que seja uma coisa errada, eles dizem-no. Também com Ele, dizer tudo: transparência. Não viver uma vida que não é uma coisa nem outra. A graça da liberdade para dizer estas coisas e também a graça de saber bem quem somos perante Deus.







ORAÇÃO PARA FAZER A COMUNHÃO ESPIRITUAL





Meu Jesus, creio que estais presente no Santíssimo Sacramento. Amo-vos acima de tudo e a minha alma suspira por Vós. Mas dado que agora não posso receber-vos no Santíssimo Sacramento, vinde, pelo menos espiritualmente, ao meu coração. Abraço-vos como se já estivésseis comigo: uno-me inteiramente a Vós. Ah! Não permitais que eu volte a separar-me de Vós!









Extraído do site: [ w2.vatican.va/content/francesco/pt/cotid...zza-dellaverita.html ] em 29/04/2020.





PADRE LUCAS BIONAZ


BARONE DI LECCE


PRESIDENTE FONDATORE DELLA REALE ACCADEMIA ITALIANA DI GEOGRAFIA


SEGRETARIO-GENEREALE E FONDATORE DELLA PONTIFICIA ACCADEMIA ITALIANA DI MUSICA SACRA - MARCO FRÍSINA


AMMINISTRATORE DELLA PARROCCHIA DI SANTA MARIA MADALENA


SUDDITO DELLA CORONA ITALIANA


IN VERBO AUTEM TUO
Last edit: 29 Abr 2020 15:35 by PADRE LUCAS BIONAZ (LUCASBIONAZ).
Os seguintes usuário(s) disseram Obrigado: SMR Francesco III Pellegrini (Francesco)

Por favor Entrar ou Registrar para participar da conversa.

  • PADRE LUCAS BIONAZ (LUCASBIONAZ)
  • Avatar de PADRE LUCAS BIONAZ (LUCASBIONAZ) Autor do Tópico
  • Desconectado
  • Moderador
  • Moderador
Mais
30 Abr 2020 21:03 - 30 Abr 2020 21:04 #42220 por PADRE LUCAS BIONAZ (LUCASBIONAZ)
Respondido por PADRE LUCAS BIONAZ (LUCASBIONAZ) no tópico DOMUS SANCTAE MARTHAE



CELEBRAÇÃO MATUTINA TRANSMITIDA AO VIVO
DA CAPELA DA CASA SANTA MARTA









HOMILIA DO PAPA FRANCISCO



“SEM TESTEMUNHO E ORAÇÃO NÃO SE PODE FAZER PREGAÇÃO APOSTÓLICA”


Quinta-feira, 30 de abril de 2020







INTRODUÇÃO



Rezemos hoje pelos defuntos, aqueles que morreram devido à pandemia; e também, de uma forma especial, pelos defuntos - digamos - anónimos: vimos as fotografias das valas comuns. Muitos... muitos...









HOMILIA



«Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer» (Jo 6, 44): Jesus recorda que os profetas também predisseram isto: «E serão todos ensinados por Deus» (Jo 6, 45). É Deus quem nos leva ao conhecimento do Filho. Sem isto, não se pode conhecer Jesus. Sim, pode-se estudar, também estudar a Bíblia, até saber como nasceu, o que fez. Mas conhecê-lo por dentro, conhecer o mistério de Cristo, é apenas para aqueles que são atraídos pelo Pai.

Foi isto que aconteceu ao ministro da economia da Rainha da Etiópia. Podemos ver que era um homem piedoso e que, no meio dos seus negócios, dedicou tempo para ir adorar a Deus. Um crente. E voltou para a sua pátria lendo o profeta Isaías (cf. At 8, 27-28). O Senhor chamou Filipe, enviou-o para aquele lugar e depois disse-lhe: «Aproxima-te desse carro e acompanha-o» (v. 29), e ouviu que o ministro lia Isaías. Aproxima-se dele e faz-lhe uma pergunta: «Compreendes»? - «Como poderia entender se ninguém me está a orientar?» (v. 31), e pergunta: «De quem fala o profeta»? «Por favor, entre no carro», e durante a viagem - não sei quanto tempo, penso que pelo menos algumas horas - Filipe explicou-lhe: explicou Jesus (vv. 26-35).

A inquietação que aquele senhor sentia ao ler o profeta Isaías era precisamente do Pai, que atrai para Jesus (cf. Jo 6, 44): tinha-o preparado, tinha-o trazido da Etiópia para Jerusalém a fim de adorar a Deus e depois, com essa leitura, preparou o seu coração para revelar Jesus, a ponto de, logo que viu a água, disse: «Posso ser batizado» (cf. v. 36). E ele acreditou.

E isto - que ninguém pode conhecer Jesus sem que o Pai o atraia (cf. v. 44) - é válido para o nosso apostolado, para a nossa missão apostólica como cristãos. Penso também nas missões. “Que vais fazer nas missões?” - “Eu, converter pessoas” - “Mas repara, tu não estás a converter ninguém! Será o Pai que atrairá esses corações a reconhecerem Jesus”. Ir em missão é dar testemunho da própria fé; sem testemunho nada farás. Ir em missão - e os missionários são bons! - não significa edificar grandes estruturas, coisas... e ficar por aí. Não: as estruturas devem ser testemunhos. Podes construir uma estrutura hospitalar, educacional de grande perfeição, de grande desenvolvimento, mas se uma estrutura estiver sem testemunho cristão, o seu trabalho lá não será uma obra de testemunho, uma obra de verdadeira pregação de Jesus: será uma sociedade de beneficência, muito boa - muito boa! - mas nada mais.

Se eu quiser ir em missão, e digo isto se eu quiser fazer apostolado, tenho que ir com a vontade do Pai para atrair pessoas para Jesus, e é isto que o testemunho faz. O próprio Jesus disse o mesmo a Pedro quando confessou que é o Messias: «Tu és feliz, Simão Pedro, porque o Pai te revelou isto» (cf. Mt 16, 17). É o Pai que atrai, e também atrai com o nosso testemunho. “Farei muitas obras, aqui e ali, de educação, disto e daquilo...”, mas sem testemunho são coisas boas, mas não são o anúncio do Evangelho, não são lugares que dão a possibilidade de que «o Pai atraia ao conhecimento de Jesus» (cf. Jo 6, 44). Trabalho e testemunho.

“Mas o que posso fazer para que o Pai providencie para atrair essas pessoas?”. Oração. E esta é a oração para as missões: rezar para que o Pai atraia as pessoas para Jesus. O testemunho e a oração caminham juntos. Sem o testemunho e a oração não se pode fazer pregação apostólica, não se pode fazer anúncio. Será um bom sermão moral, farás muitas coisas boas, todas positivas. Mas o Pai não terá a possibilidade de atrair as pessoas para Jesus. E este é o centro: este é o centro do nosso apostolado, para que «o Pai possa atrair pessoas para Jesus» (cf. Jo 6, 44). O nosso testemunho abre as portas ao povo e a nossa oração abre as portas ao coração do Pai, para que ele atraia as pessoas. Testemunho e oração. E isto não é apenas para as missões, é também para o nosso trabalho como cristãos. Será que dou testemunho da vida cristã, realmente, com o meu modo de vida? Será que rezo para que o Pai atraia pessoas para Jesus?

Esta é a grande regra para o nosso apostolado, em todo lugar, e especialmente para as missões. Ir em missão não é fazer proselitismo. Certa vez, uma senhora - bondosa, podia-se ver que ela era de boa vontade – aproximou-se de mim com dois jovens, um rapaz e uma moça, e disse-me: “Este rapaz, padre, era protestante e converteu-se: convenci-o. E esta moça era...” - Não sei, animista, não me lembro o que ela me disse - “e eu converti-a”. E a senhora era bondosa. Mas errava. Perdi um pouco a paciência e disse: “Mas escuta, não converteste ninguém: foi Deus que moveu o coração das pessoas. E não te esqueças: testemunho, sim; proselitismo, não”.

Peçamos ao Senhor a graça de viver o nosso trabalho com testemunho e oração, para que Ele, o Pai, possa atrair as pessoas a Jesus.








ORAÇÃO PARA FAZER A COMUNHÃO ESPIRITUAL





Meu Jesus, creio que estais presente no Santíssimo Sacramento. Amo-vos acima de tudo e a minha alma suspira por Vós. Mas dado que agora não posso receber-vos no Santíssimo Sacramento, vinde, pelo menos espiritualmente, ao meu coração. Abraço-vos come se já estivésseis comigo: uno-me inteiramente a Vós. Ah! Não permitais que eu volte a separar-me de Vós!






Extraído do site: [ w2.vatican.va/content/francesco/pt/cotid...nza-e-preghiera.html ] em 30/04/2020





PADRE LUCAS BIONAZ


BARONE DI LECCE


PRESIDENTE FONDATORE DELLA REALE ACCADEMIA ITALIANA DI GEOGRAFIA


SEGRETARIO-GENEREALE E FONDATORE DELLA PONTIFICIA ACCADEMIA ITALIANA DI MUSICA SACRA - MARCO FRÍSINA


AMMINISTRATORE DELLA PARROCCHIA DI SANTA MARIA MADALENA


SUDDITO DELLA CORONA ITALIANA


IN VERBO AUTEM TUO
Last edit: 30 Abr 2020 21:04 by PADRE LUCAS BIONAZ (LUCASBIONAZ).
Os seguintes usuário(s) disseram Obrigado: Miguel Aldobrandeschi (MiguelSobrinho)

Por favor Entrar ou Registrar para participar da conversa.

  • PADRE LUCAS BIONAZ (LUCASBIONAZ)
  • Avatar de PADRE LUCAS BIONAZ (LUCASBIONAZ) Autor do Tópico
  • Desconectado
  • Moderador
  • Moderador
Mais
05 Mai 2020 13:37 - 05 Mai 2020 13:40 #42263 por PADRE LUCAS BIONAZ (LUCASBIONAZ)
Respondido por PADRE LUCAS BIONAZ (LUCASBIONAZ) no tópico DOMUS SANCTAE MARTHAE




CELEBRAÇÃO MATUTINA TRANSMITIDA AO VIVO
DA CAPELA DA CASA SANTA MARTA







HOMILIA DO PAPA FRANCISCO



“ATITUDES QUE IMPEDEM DE CONHECER CRISTO”







Terça-Feira, 05 de Maio de 2020







INTRODUÇÃO



Rezemos hoje pelas pessoas que morreram devido à pandemia. Faleceram sozinhas, sem a carícia dos seus entes queridos, e muitas nem sequer tiveram o funeral. Que o Senhor as receba na glória.







HOMILIA



Jesus estava no templo e aproximava-se a festa da Dedicação (cf. Jo 10, 22-30). Também os judeus o rodearam e disseram: «Até quando nos deixarás na incerteza? Se Tu és Cristo, di-lo abertamente» (v. 24). Faziam perder a paciência, mas Jesus respondeu-lhes com muita mansidão: «Já vo-lo disse, mas não credes» (v. 25). Acrescentaram: “És tu? És tu?” - “Sim, disse-o, mas não credes!”. «Mas não credes porque não sois das minhas ovelhas» (v. 26). E isto talvez levante uma dúvida: creio e faço parte das ovelhas de Jesus. Mas se Jesus nos dissesse: “Não podeis crer, pois não fazeis parte”: existe uma fé prévia no encontro com Jesus? No que consiste este fazer parte da fé de Jesus? O que me detém à frente da porta que é Jesus?

Há atitudes que precedem a confissão de Jesus. Também para nós, que fazemos parte do rebanho de Jesus. São como “antipatias prévias”, que não nos deixam ir em frente no conhecimento do Senhor. A primeira de todas são as riquezas. Muitos de nós, que entramos pela porta do Senhor, paramos e não continuamos porque vivemos presos nas riquezas. O Senhor era severo em relação às riquezas: foi muito duro, deveras severo. A ponto de dizer que era mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino dos Céus (cf. Mt 19, 24). Isto é duro! A riqueza é um impedimento para ir em frente. Mas será necessário cair no pauperismo? Não! Mas não sejamos escravos da riqueza, não vivamos para a riqueza, pois a riqueza é um senhor, é o senhor deste mundo e não podemos servir a dois senhores (cf. Lc 16, 13). As riquezas aprisionam-nos!

Outra atitude que nos impede de ir em frente no conhecimento de Jesus, na pertença de Jesus, é a rigidez: a rigidez do coração. Também a rigidez na interpretação da Lei. Jesus repreende os fariseus, os doutores da Lei, por causa desta rigidez (cf. Mt 23, 1-36). Isto não é fidelidade: a fidelidade é sempre um dom a Deus; a rigidez é uma segurança para mim. Lembro-me que, certa vez, entrei na paróquia e uma senhora - uma senhora bondosa - aproximou-se de mim e disse: “Padre, um conselho...” - “Diga-me...” - “Na semana passada, sábado, não ontem, no sábado passado, fomos a um casamento de família: celebrado com uma missa. Era sábado à tarde, e pensamos que com aquela missa tínhamos cumprido o preceito do domingo. Mas depois, a caminho de casa, pensei que as leituras para aquela missa não eram as de domingo. E assim percebi que estou em pecado mortal, porque no domingo não fui à missa, dado tinha ido no sábado, mas a uma missa que não era verdadeira, porque as leituras não eram verdadeiras”. Esta rigidez... E aquela senhora pertencia a um movimento eclesial... Rigidez. Isto afasta-nos da sabedoria de Jesus, da sabedoria de Jesus; tira a liberdade. Muitos pastores fazem crescer esta rigidez na alma dos fiéis, e esta rigidez não nos deixa entrar pela porta de Jesus (cf. Jo 10, 7). Será mais importante observar a lei tal como está escrita, ou como eu a interpreto, que é a liberdade de ir em frente seguindo Jesus?

Outra atitude que não nos deixa ir em frente no conhecimento de Jesus é a preguiça. Aquele cansaço... pensemos naquele homem na piscina: 38 anos ali (cf. Jo 5, 1-9). Preguiça. Tira-nos a vontade de continuar e tudo se resume em “sim, mas... não, agora não, mas...”, isto leva-nos à tibieza, torna-nos tíbios. A preguiça... é outra atitude que nos impede de continuar.

Outra atitude que já é suficientemente negativa é a clericalista. O clericalismo coloca-se no lugar de Jesus, dizendo: “Não, isto deve ser assim e assado...” - “Mas, o Mestre...” - “Deixa o Mestre em paz. Isto é assim e assado, se não fizeres isto assim, não podes entrar”. Um clericalismo que tira a liberdade de fé dos crentes. É uma doença terrível na Igreja: a atitude clericalista.

Depois, outra atitude que nos impede de ir em frente, de entrar para conhecer Jesus e confessar Jesus, é o espírito mundano. Quando a observância da fé, a prática da fé acaba na mundanidade. E tudo é mundano. Pensemos na celebração de alguns sacramentos em certas paróquias: quanta mundanidade existe! E a graça da presença de Jesus não é bem compreendida.

Estas são as causas que nos impedem de fazer parte das ovelhas de Jesus. Somos “ovelhas” [no seguimento] de todas estas atitudes: das riquezas, da preguiça, da rigidez, da mundanidade, do clericalismo, das modalidades, das ideologias, das formas de vida. Não há liberdade. E não se pode seguir Jesus sem liberdade. “Mas às vezes a liberdade vai além e alguém escorrega”: sim, é verdade. É verdade! Podemos escorregar, caminhando com liberdade. Mas o pior é escorregar antes de partir, com estas atitudes que impedem de começar a caminhar.

Que o Senhor nos ilumine para ver dentro de nós se existe a liberdade de passar pela porta, que é Jesus, e de ir além de Jesus para ser rebanho, para ser ovelhas do seu rebanho.







ORAÇÃO PARA FAZER A COMUNHÃO ESPIRITUAL





Meu Jesus, creio que estais presente no Santíssimo Sacramento. Amo-vos acima de tudo e a minha alma suspira por Vós. Mas dado que agora não posso receber-vos no Santíssimo Sacramento, vinde, pelo menos espiritualmente, ao meu coração. Abraço-vos come se já estivésseis comigo: uno-me inteiramente a Vós. Ah! Não permitais que eu volte a separar-me de Vós!








Extraído do site: [ w2.vatican.va/content/francesco/pt/cotid...gregge-dicristo.html ] em 05/05/2020.





PADRE LUCAS BIONAZ


BARONE DI LECCE


PRESIDENTE FONDATORE DELLA REALE ACCADEMIA ITALIANA DI GEOGRAFIA


SEGRETARIO-GENEREALE E FONDATORE DELLA PONTIFICIA ACCADEMIA ITALIANA DI MUSICA SACRA - MARCO FRÍSINA


AMMINISTRATORE DELLA PARROCCHIA DI SANTA MARIA MADALENA


SUDDITO DELLA CORONA ITALIANA


IN VERBO AUTEM TUO
Last edit: 05 Mai 2020 13:40 by PADRE LUCAS BIONAZ (LUCASBIONAZ).

Por favor Entrar ou Registrar para participar da conversa.

  • PADRE LUCAS BIONAZ (LUCASBIONAZ)
  • Avatar de PADRE LUCAS BIONAZ (LUCASBIONAZ) Autor do Tópico
  • Desconectado
  • Moderador
  • Moderador
Mais
06 Mai 2020 13:35 - 06 Mai 2020 13:36 #42272 por PADRE LUCAS BIONAZ (LUCASBIONAZ)
Respondido por PADRE LUCAS BIONAZ (LUCASBIONAZ) no tópico DOMUS SANCTAE MARTHAE




CELEBRAÇÃO MATUTINA TRANSMITIDA AO VIVO
DA CAPELA DA CASA SANTA MARTA









HOMILIA DO PAPA FRANCISCO



“TER A CORAGEM DE VER AS NOSSAS TREVAS,
PARA QUE A LUZ DO SENHOR ENTRE E NOS SALVE”







Quarta-Feira, 06 de Maio de 2020







INTRODUÇÃO



Rezemos hoje pelos homens e mulheres que trabalham nos meios de comunicação social. Nesta época de pandemia, arriscam tanto e o trabalho é muito. Que o Senhor os ajude nesta obra de transmitir, sempre, a verdade.







HOMILIA



Este excerto do Evangelho de João (cf. Jo 12, 44-50) mostra-nos a intimidade de Jesus com o Pai. Jesus fazia o que o Pai lhe disse. E por isso afirma: «Quem crê em mim, crê, não em mim, mas naquele que me enviou» (v. 44). Depois especifica a sua missão: «Eu sou a luz que veio ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas» (v. 46).

Apresenta-se como luz. A missão de Jesus é iluminar: a luz. Ele próprio disse: «Eu sou a luz do mundo» (Jo 8, 12). O profeta Isaías tinha profetizado esta luz: «O povo que andava nas trevas viu uma grande luz» (Mt 4, 16; cf. Is 9, 1). A promessa da luz que iluminará o povo. E a missão dos apóstolos também é levar a luz. Paulo disse isto ao rei Agripa: «Fui escolhido para iluminar, para levar a luz - que não é minha, é de outrem - mas para levar a luz» (cf. At 26, 18). É a missão de Jesus: levar a luz. E a missão dos apóstolos é levar a luz de Jesus. Iluminar. Porque o mundo estava nas trevas.

Mas o drama, é que a luz de Jesus foi rejeitada. Já no início do Evangelho, João o diz claramente: «Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Eles amavam mais as trevas do que a luz» (cf. Jo 1, 9-11). Habituar-se às trevas, viver na escuridão: não sabem aceitar a luz, não podem; são escravos das trevas. E esta será a luta de Jesus, que continua: iluminar, levar a luz que nos mostra tudo como é, como está; mostra-nos a liberdade, a verdade, o caminho por onde ir, com a luz de Jesus.

Paulo viveu esta experiência da passagem das trevas para a luz, quando o Senhor o encontrou no caminho de Damasco. Ficou cego. Cegou. A luz do Senhor cegou-o. E então, alguns dias depois, com o batismo, ele recuperou a luz (cf. At 9, 1-19). Ele teve esta experiência da passagem da escuridão em que estava, para a luz. É também a nossa passagem, que sacramentalmente recebemos no batismo: por isso o batismo foi chamado, nos primeiros séculos, Iluminação (cf. São Justino, Apologia, 1, 61, 12), porque oferecia a luz, “fazia entrar”. Por isso na cerimónia de batismo damos uma vela acesa, um círio aceso ao pai e à mãe, para que o menino, a menina, seja iluminado, iluminada.

Jesus traz a luz. Mas o povo, as pessoas, o seu povo não o recebeu. Está tão habituado às trevas que a luz o ofusca, não sabe como caminhar (cf. Jo 1, 10-11). E este é o drama do nosso pecado: o pecado cega-nos e nós não conseguimos tolerar a luz. Os nossos olhos estão doentes. E Jesus diz claramente, no Evangelho de Mateus: «Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!» (cf. Mt 6, 22-23). As trevas... E a conversão é passar das trevas para a luz.

Mas quais são as coisas que adoecem os olhos, os olhos da fé? Os nossos olhos estão doentes: quais são as coisas que “os fazem adoecer”, que os cegam? Os vícios, o espírito mundano, a soberba. Os vícios que “te derrubam” e também, estas três atitudes - os vícios, a soberba, o espírito mundano - levam-te a asociar-te com os outros para permaneceres seguro nas trevas. Falamos frequentemente das máfias; é isto. Mas há “máfias espirituais”, há “máfias domésticas”, sempre à procura de outra pessoa para se proteger e permanecer na escuridão. Não é fácil viver na luz. A luz faz-nos ver tantas coisas negativas dentro de nós que não queremos ver: vícios, pecados... Pensemos nos nossos vícios, na nossa soberba, no nosso espírito mundano: estas coisas cegam-nos, afastam-nos da luz de Jesus.

Mas se começarmos a pensar nestas atitudes, não encontraremos uma parede, não: encontraremos uma saída, porque o próprio Jesus diz que Ele é a luz: «Vim, não para condenar o mundo, mas para o salvar» (cf. Jo 12, 46-47). Jesus, a luz, diz: «Tende coragem: deixai-vos iluminar, deixai-vos ver pelo que tendes dentro, porque sou eu quem vos conduz para a frente, quem vos salva. Não condeno. Eu salvo-vos» (cf. v. 47). O Senhor salva-nos da escuridão que temos dentro, das trevas da vida quotidiana, da vida social, da vida política, da vida nacional e internacional... há muitas trevas dentro de nós. E o Senhor salva-nos. Mas pede-nos que as vejamos primeiro; que tenhamos a coragem de ver as nossas trevas, para que a luz do Senhor entre e nos salve.

Não tenhamos medo do Senhor: é muito bom, é manso, está próximo de nós. Ele veio para nos salvar. Não tenhamos medo da luz de Jesus.







ORAÇÃO PARA FAZER A COMUNHÃO ESPIRITUAL





Meu Jesus, creio que estais presente no Santíssimo Sacramento. Amo-vos acima de tudo e a minha alma suspira por Vós. Mas dado que agora não posso receber-vos no Santíssimo Sacramento, vinde, pelo menos espiritualmente, ao meu coração. Abraço-vos come se já estivésseis comigo: uno-me inteiramente a Vós. Ah! Não permitais que eu volte a separar-me de Vós!








Extraído do site: [ w2.vatican.va/content/francesco/pt/cotid...llalucedicristo.html ] em 06/05/2020.





PADRE LUCAS BIONAZ


BARONE DI LECCE


PRESIDENTE FONDATORE DELLA REALE ACCADEMIA ITALIANA DI GEOGRAFIA


SEGRETARIO-GENEREALE E FONDATORE DELLA PONTIFICIA ACCADEMIA ITALIANA DI MUSICA SACRA - MARCO FRÍSINA


AMMINISTRATORE DELLA PARROCCHIA DI SANTA MARIA MADALENA


SUDDITO DELLA CORONA ITALIANA


IN VERBO AUTEM TUO
Last edit: 06 Mai 2020 13:36 by PADRE LUCAS BIONAZ (LUCASBIONAZ).

Por favor Entrar ou Registrar para participar da conversa.

  • PADRE LUCAS BIONAZ (LUCASBIONAZ)
  • Avatar de PADRE LUCAS BIONAZ (LUCASBIONAZ) Autor do Tópico
  • Desconectado
  • Moderador
  • Moderador
Mais
07 Mai 2020 13:16 - 07 Mai 2020 13:17 #42304 por PADRE LUCAS BIONAZ (LUCASBIONAZ)
Respondido por PADRE LUCAS BIONAZ (LUCASBIONAZ) no tópico DOMUS SANCTAE MARTHAE




CELEBRAÇÃO MATUTINA TRANSMITIDA AO VIVO
DA CAPELA DA CASA SANTA MARTA









HOMILIA DO PAPA FRANCISCO



“SER CRISTÃO SIGNIFICA PERTENCER AO POVO DE DEUS”







Quinta-Feira, 07 de Maio de 2020







INTRODUÇÃO



Ontem recebi uma carta de um grupo de artistas: agradeciam a oração que fizemos por eles. Gostaria de pedir ao Senhor que os abençoe porque os artistas nos fazem compreender o que é a beleza e sem a beleza o Evangelho não pode ser compreendido. Rezemos mais uma vez pelos artistas.







HOMILIA



Quando Paulo foi convidado para falar na sinagoga em Antioquia [na Pisídia] para explicar esta nova doutrina, ou seja, explicar Jesus, proclamar Jesus, ele começa da história da salvação (cf. At 13, 13-21). Paulo levantou-se e falou: «O Deus deste povo de Israel escolheu a nossos pais, e exaltou o povo, sendo eles estrangeiros na terra do Egito; e com braço poderoso os tirou dela» (At 13, 17)... e [relatou] toda a salvação, a história da salvação. Estêvão fez o mesmo antes do martírio (cf. At 7, 1-54), e também Paulo, noutro momento. O autor da Carta aos Hebreus faz o mesmo quando conta a história de Abraão e de «todos os nossos pais» (cf. Hb 11, 1-39). Nós hoje cantamos o mesmo: «Hei de cantar para sempre o amor do Senhor, e hei de anunciar a Sua lealdade pelas gerações» (Sl 88, 2). Cantamos a história de David: «Encontrei David, meu servo» (v. 21). Mateus (cf. 1, 1-14) e Lucas (cf. 3, 23-38) fazem o mesmo: quando começam a falar de Jesus, citam a sua genealogia.

O que está por detrás de Jesus? Há uma história. Uma história de graça, uma história de eleição, uma história de promessa. O Senhor escolheu Abraão e caminhou com o seu povo. No início da Missa, no canto inicial, dissemos: «Quando avançastes, Senhor, diante do vosso povo e abristes o caminho e caminhastes ao lado do vosso povo, perto do vosso povo». Há uma história de Deus com o seu povo. E é por isso que quando pediram a Paulo que explicasse o porquê da fé em Jesus Cristo não começa a partir de Jesus Cristo: começa com a história. O cristianismo é uma doutrina, sim, mas não só. Não são apenas as coisas em que acreditamos: é uma história que carrega esta doutrina que é a promessa de Deus, a aliança de Deus, ser eleito por Deus. O cristianismo não é apenas uma ética. Sim, de facto, tem princípios morais, mas não se é cristão apenas com uma visão de ética. É mais do que isso. O cristianismo não é uma “elite” de pessoas escolhidas pela verdade. Este sentido elitista que depois vai em frente na Igreja, não é? Por exemplo, eu pertenço a esta instituição, pertenço a este movimento que é melhor do que o vosso. Este, aquele. É um sentido elitista. Não, o Cristianismo não é isto: o Cristianismo é pertença a um povo, a um povo escolhido livremente por Deus. Se não tivermos esta consciência de pertença a um povo seremos cristãos ideológicos, com uma pequena doutrina de afirmação da verdade, uma ética, uma moral - está bem - ou uma elite. Sentimo-nos parte de um grupo escolhido por Deus - os cristãos - os outros irão para o inferno ou se forem salvos é pela misericórdia de Deus, mas eles são os descartados... E assim por diante. Se não tivermos a consciência de pertença a um povo, não somos verdadeiros cristãos.

É por isso que Paulo explica Jesus desde o início, começando pela pertença a um povo. E muitas vezes, muitas, caímos nestas parcialidades, sejam elas dogmáticas, morais ou elitistas, não é verdade? O sentido da elite é o que nos faz muito mal e perdemos o sentido de pertencer ao santo povo fiel de Deus, que Deus elegeu em Abraão e prometeu, a grande promessa, Jesus, e o fez prosseguir com esperança, fazendo aliança com ele. Consciência de povo.

Impressiona-me sempre o trecho do Deuteronômio, acho que é o capítulo 26, quando diz: «Uma vez por ano, quando fores apresentar as tuas oferendas ao Senhor, as primícias, e quando o teu filho te perguntar: “Pai, porque fazes isto?”, não lhe deves dizer: “Porque Deus mandou”, não: “Éramos um povo, éramos assim, e o Senhor nos libertou...”» (cf. Dt 26, 1-11). Contar a história, como fez Paulo. Transmitir a história da nossa salvação. O próprio Senhor no Deuteronômio aconselha: «Quando chegares à terra que não conquistaste, que eu conquistei, e comerem os frutos que não plantaste, e habitares as casas que não construíste, quando deres a oferta» (cf. Dt 26, 1), recita - o famoso credo deuteronômico -: «Arameu, prestes a perecer, foi meu pai, e desceu ao Egito» (Dt 26, 5). Permaneceu ali durante 400 anos, depois o Senhor libertou-o, levou-o adiante. Canta a história, a memória de povo, de ser um povo.

E nesta história do povo de Deus, até Jesus Cristo, havia santos, pecadores e muitas pessoas comuns e boas, com virtudes e pecados, todos. A famosa “multidão” que seguia Jesus, que tinha a intuição de pertencer a um povo. Um cristão auto-intitulado que não tem esta intuição não é um verdadeiro cristão; é um pouco particular e sente-se justificado sem o povo. Pertencer a um povo, ter memória do povo de Deus. E isto foi ensinado por Paulo, Estevão, outra vez Paulo, os Apóstolos... E o conselho do autor da Carta aos Hebreus: «Lembrai-vos dos vossos antepassados» (cf. Hb 11, 2), isto é, daqueles que nos precederam neste caminho de salvação.

Se alguém me perguntasse: “Na sua opinião qual é o desvio dos cristãos hoje e sempre? Qual é o desvio mais perigoso dos cristãos”, diria sem dúvida: a falta de memória de pertença a um povo. Quando falta isto, surgem os dogmatismos, os moralismos, os eticismos, os movimentos elitistas. Falta o povo. Um povo pecador sempre, todos somos, mas que em geral não errado, que tem a intuição de ser povo eleito, que caminha atrás de uma promessa e que estabeleceu uma aliança que talvez não cumpra, mas tem consciência dela.

Pedir ao Senhor esta consciência de povo, que Nossa Senhora cantou tão lindamente no seu Magnificat (cf. Lc 1, 46-56), que Zacarias cantou tão bem no seu Benedictus (cf. vv. 67-79), cânticos que rezamos todos os dias, de manhã e à noite. Consciência de povo: nós somos o povo santo e fiel de Deus que, na sua maioria, como diz o Concílio Vaticano I, e depois o II, tem a intuição da fé e é infalível nesta forma de acreditar.







ORAÇÃO PARA FAZER A COMUNHÃO ESPIRITUAL





Meu Jesus, creio que estais presente no Santíssimo Sacramento. Amo-vos acima de tudo e a minha alma suspira por Vós. Mas dado que agora não posso receber-vos no Santíssimo Sacramento, vinde, pelo menos espiritualmente, ao meu coração. Abraço-vos come se já estivésseis comigo: uno-me inteiramente a Vós. Ah! Não permitais que eu volte a separar-me de Vós!








Extraído do site: [ w2.vatican.va/content/francesco/pt/cotid...ere-popolodidio.html ] em 07/05/2020.





PADRE LUCAS BIONAZ


BARONE DI LECCE


PRESIDENTE FONDATORE DELLA REALE ACCADEMIA ITALIANA DI GEOGRAFIA


SEGRETARIO-GENEREALE E FONDATORE DELLA PONTIFICIA ACCADEMIA ITALIANA DI MUSICA SACRA - MARCO FRÍSINA


AMMINISTRATORE DELLA PARROCCHIA DI SANTA MARIA MADALENA


SUDDITO DELLA CORONA ITALIANA


IN VERBO AUTEM TUO
Last edit: 07 Mai 2020 13:17 by PADRE LUCAS BIONAZ (LUCASBIONAZ).

Por favor Entrar ou Registrar para participar da conversa.

Moderadores: PADRE LUCAS BIONAZ (LUCASBIONAZ)