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DOMUS SANCTAE MARTHAE
- PADRE LUCAS BIONAZ (LUCASBIONAZ)
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Dom William rendo graças a Nosso Senhor por sua benção pastoral!WillianMilet escreveu: Padre Lucas,
Que bela iniciativa em trazer para perto de nós as celebrações realizadas por nosso amado Papa Francisco. Muito obrigado!
Deus o abençoe!
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Que eu possa ser sempre conduzi-la a todos cujos quais eu me relacionar. Sobretudo, os doentes, idosos e encarcerados.
Que Deus conduza sempre seu ministério apostólico.
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SEGRETARIO-GENEREALE E FONDATORE DELLA PONTIFICIA ACCADEMIA ITALIANA DI MUSICA SACRA - MARCO FRÍSINA
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DA CAPELA DA CASA SANTA MARTA
Em muitos lugares, sente-se um dos efeitos desta pandemia: tantas famílias necessitadas, famintas, infelizmente são “ajudadas” pelo grupo de usurários. Esta é outra pandemia. A pandemia social: famílias de pessoas que têm um emprego diário, ou infelizmente clandestino, que não podem trabalhar, não têm comida... e com filhos. E depois os usurários pegam no pouco que elas têm. Rezemos. Oremos por estas famílias, pelas muitas crianças destas famílias, pela dignidade destas famílias, e rezemos também pelos usurários: que o Senhor comova o seu coração e os converta.
A primeira Leitura dá continuidade à história que começou com a cura do coxo na Porta Formosa do Templo. Os Apóstolos foram levados perante o sinédrio, e em seguida aprisionados; depois, um anjo libertou-os. E naquela manhã, exatamente naquela manhã, deveriam sair da prisão para ser julgados, mas foram libertados pelo anjo e pregavam no Templo (cf. At 5, 17-25). «Então foi o comandante com os seus guardas e conduziram os Apóstolos. E, levando-os, apresentaram-nos ao sinédrio» (cf. vv. 26-27). E lá, o sumo sacerdote repreendeu-os: «Não vos admoestamos expressamente que não ensinásseis nesse nome?» (v. 28) - isto é, em nome de Jesus - e eis que «enchestes Jerusalém desta vossa doutrina, e quereis fazer recair sobre nós o sangue deste homem» (v. 28). Porque os Apóstolos, sobretudo Pedro e João, criticaram os líderes, os sacerdotes, por terem matado Jesus. E então Pedro, com os Apóstolos, respondeu com esta expressão: «Importa obedecer antes a Deus do que aos homens. O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, a quem vós matastes» (cf. At 5, 29-31). Ele acusa, mas com tanta coragem e franqueza, que alguém se pergunta: “Terá sido Pedro que negou Jesus? Aquele Pedro que tinha tanto medo, aquele Pedro que era pusilânime? Como chegou a isto?”. E Pedro concluiu, dizendo: «Nós somos testemunhas destas palavras, nós e o Espírito Santo, que Deus concedeu àqueles que lhe obedecem» (cf. v. 32). Qual foi o caminho percorrido por Pedro para chegar a este ponto, a esta coragem e franqueza, a expor-se? Pois poderia ter cedido a compromissos e dito aos sacerdotes: “Estai tranquilos, nós iremos, falaremos um pouco mais baixo, nunca vos acusaremos em público, mas deixai-nos em paz...”, cedendo a compromissos.
Na história, a Igreja teve que fazer isto muitas vezes para salvar o povo de Deus. E muitas vezes também o fez para se salvar a si mesma - não a Santa Igreja, mas os seus líderes. Os compromissos podem ser bons e maus. Mas através de um compromisso os Apóstolos podiam salvar-se. Não! E com coragem Pedro disse: «Não há compromisso. Vós sois culpados» (cf. v. 30).
E como Pedro chegou a este ponto? Porque era entusiasta, um homem que amava com força, também um homem medroso, aberto a Deus a tal ponto que Deus lhe revela que Jesus é Cristo, Filho de Deus, mas pouco - imediatamente - depois deixou-se cair na tentação de dizer a Jesus: “Não, Senhor, por este caminho, não: vamos pelo outro”: redenção sem cruz. E Jesus diz-lhe: «Satanás!» (cf. Mc 8, 31-33). Pedro passou da tentação para a graça, Pedro foi capaz de se ajoelhar diante de Jesus e de dizer: «Afasta-te de mim, que sou pecador» (cf. Lc 5, 8); depois Pedro tenta escapar, sem ser visto, e nega Jesus para não acabar na prisão (cf. Lc 22, 54-62). Um Pedro instável, pois era muito generoso mas também muito fraco. Qual é o segredo, que força teve Pedro para chegar a este ponto? Há um versículo que nos ajudará a compreender isto. Antes da Paixão, Jesus disse aos Apóstolos: «Eis que Satanás vos reclamou para vos joeirar como o trigo» (Lc 22, 31). É o tempo da tentação: “Sereis assim, como o trigo”. E a Pedro diz: «Rezarei por ti, “para que a tua fé não desfaleça”» (v. 32). Eis o segredo de Pedro: a oração de Jesus. Jesus reza por Pedro, para que a sua fé não desfaleça e possa - diz Jesus - confirmar os irmãos na fé. Jesus reza por Pedro.
E o que Jesus fez com Pedro, faz com todos nós. Jesus reza por nós; reza diante do Pai. Estamos habituados a orar a Jesus para que nos conceda esta ou outra graça, para que nos ajude, mas não estamos habituados a contemplar Jesus que mostra as chagas ao Pai; a Jesus, o intercessor, a Jesus que reza por nós. E Pedro foi capaz de percorrer este caminho, passando de pusilânime para corajoso, com o dom do Espírito Santo graças à oração de Jesus. Pensemos nisto. Dirijamo-nos a Jesus, dando graças a Ele porque reza por nós. Jesus pede por cada um de nós. Jesus é o intercessor. Jesus quis levar consigo as chagas para que o Pai as pudesse ver. É o preço da nossa salvação. Devemos ter mais confiança; mais do que nas nossas orações, na prece de Jesus. “Senhor, reza por mim” - “Mas eu sou Deus, posso conceder-te isto...” - “Sim, mas reza por mim, porque Tu és o intercessor”. Eis o segredo de Pedro: «Pedro, rezarei por ti “para que a tua fé não desfaleça”» (Lc 22, 32).
Que o Senhor nos ensine a pedir-lhe a graça de rezar por cada um de nós.
Ó meu Jesus, prostro-me aos vossos pés e ofereço-vos o arrependimento do meu coração contrito que mergulha no vosso coração e na vossa santa presença. Adoro-vos no Sacramento do vosso amor, a Eucaristia. Desejo receber-vos na pobre morada que o meu coração vos oferece. À espera da felicidade da Comunhão sacramental, quero possuir-vos em espírito. Vinde a mim, ó meu Jesus, e que eu venha a Vós. Que o vosso amor possa inflamar todo o meu ser, na vida e na morte. Creio em Vós, espero em Vós, amo-vos.
Extraído do site: [ w2.vatican.va/content/francesco/pt/event...4/23/santamarta.html ] em 24/04/2020.
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DA CAPELA DA CASA SANTA MARTA
“CRISTO FORMA O CORAÇÃO DOS PASTORES PARA A PROXIMIDADE COM O POVO DE DEUS”
Rezemos hoje pelos professores que têm de trabalhar muito para dar aulas através da Internet e de outros canais de comunicação social, e oremos também pelos alunos que devem fazer os exames de uma maneira com a qual não estão habituados. Acompanhemo-los com a oração.
A frase deste trecho do Evangelho faz-nos pensar: «Mas falava assim para o experimentar, pois bem sabia o que havia de fazer» (Jo 6, 6). Era isto que Jesus tinha em mente quando disse a Filipe: «Onde compraremos pão, para que eles tenham o que comer?» (Jo 6, 5). Mas disse isto para o experimentar. Ele sabia. Aqui vemos a atitude de Jesus para com os apóstolos. Colocava-os continuamente à prova para os ensinar e, quando se afastavam da função que deviam desempenhar, detinha-os e ensinava-os.
O Evangelho está cheio destes gestos de Jesus para fazer crescer os seus discípulos e para os tornar pastores do povo de Deus, neste caso bispos: pastores do povo de Deus. Uma das coisas que Jesus mais amava era estar com a multidão, porque este é também um símbolo da universalidade da redenção. E uma das coisas que os apóstolos não apreciavam era a multidão, porque preferiam estar perto do Senhor, ouvir tudo o que o Ele dizia. Nessa ocasião foram ali para um dia de descanso – também as versões dos outros Evangelhos o afirmam, pois os quatro falam sobre isto... talvez tenha havido duas multiplicações de pães - eles vinham de uma missão e o Senhor disse: «Vinde à parte e descansai um pouco» (Mc 6, 31), e foram para lá. As pessoas viram para onde eles iam pelo mar, caminharam ao longo da costa e esperaram por eles... E os discípulos não ficaram contentes, porque a multidão tinha arruinado o “passeio”: não podiam passar aquele momento com o Senhor. No entanto, Jesus começou a ensinar, eles ouviram e depois falaram uns com os outros... as horas passavam, Jesus falava e as pessoas estavam felizes. Mas os apóstolos diziam: “...a nossa festa está arruinada, o nosso descanso está arruinado”.
Mas o Senhor buscava a proximidade com o povo e procurava formar o coração dos pastores para a proximidade com o povo de Deus, a fim de o servir. Mas os apóstolos, compreende-se, sentiam-se eleitos, sentiam-se quase como um círculo privilegiado, uma classe privilegiada, uma “aristocracia”, digamos assim, perto do Senhor, que os corrigia muitas vezes com gestos. Por exemplo, pensemos nas crianças. Eles preservavam o Senhor: “Não, não, não deixeis que as crianças se aproximem, pois molestam, perturbam... Não, as crianças fiquem com os pais”. E Jesus? «Deixai vir a mim as criancinhas» (cf. Mc 10, 13-16). E eles não compreendiam. Mais tarde entenderam. Pensemos no caminho para Jericó, naquele que gritou: «Jesus, filho de David, tem piedade de mim» (cf. Lc 18, 38). E os apóstolos: “Mas cala-te, cala-te, é o Senhor que passa, não o incomodes”. E Jesus diz: «Mas quem é? Deixai que se aproxime» (cf. Lc 18, 35-43). Mais uma vez o Senhor [os corrige]. E assim ensinava-os a estar perto do povo de Deus.
É verdade que o povo de Deus faz cansar o pastor: quando há um bom pastor, as tarefas multiplicam-se e, por um motivo ou por outro, as pessoas vão sempre ter com o bom pastor. Um grande pároco de um bairro simples e humilde da minha diocese tinha a habitação como uma casa normal, como as outras, e as pessoas batiam à porta ou à janela a qualquer hora... E certo dia ele disse-me: “Tenho vontade de murar a porta e a janela para que me deixem descansar”. Contudo, sabia que era pastor e tinha que estar com o povo! Jesus forma, ensina aos discípulos, aos apóstolos, esta atitude pastoral, que é a proximidade ao povo de Deus. E o povo de Deus cansa, porque nos pede sempre coisas concretas; pede-nos sempre algo concreto, talvez de forma errada, mas coisas concretas. E o pastor tem de se ocupar disto.
A versão dos outros Evangelistas sobre este episódio mostra que as horas passaram e o povo teve que partir porque a noite caía... e os apóstolos diziam: «Despede a multidão para que, indo aos lugares e aldeias ao redor, se agasalhem e encontrem o que comer», justamente no momento da escuridão, quando a noite caía... (cf. Lc 9, 12-13) Mas o que pensavam? Pelo menos para celebrar a sós, aquele egoísmo não malvado, mas compreende-se, para estar com o pastor, com Jesus, que é o grande Pastor, mas para os testar Jesus responde: «Dai-lhes vós mesmos de comer» (cf. v. 13). E é isto que Jesus diz também hoje a todos os pastores: “Dai-lhes vós mesmos de comer. Estão angustiados? Dai-lhes consolo. Estão perdidos? Dai-lhes uma saída. São enganados? Dai-lhes ajuda para resolver os problemas... Dai-lhes, dai-lhes vós mesmos...”. E o pobre apóstolo sente que deve dar, dar, dar... mas de quem recebe? Jesus ensina-nos: d'Aquele de quem o próprio Jesus recebia. Depois deste evento, despede os apóstolos e vai rezar, vai ter com o Pai na oração. É esta dupla proximidade do pastor que Jesus procura levar os apóstolos a entender, para que se tornem grandes pastores.
Mas muitas vezes a multidão erra e aqui cometeu um erro, não é verdade? «Vendo, pois, aqueles homens o milagre que Jesus tinha feito, diziam: “Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo”. Sabendo, pois, Jesus que tinham vindo arrebatá-lo, para o fazer rei, voltou a retirar-se sozinho para o monte» (Jo 6, 14-15). Talvez, talvez, mas... o Evangelho não o diz, alguns dos apóstolos talvez lhe tenham dito: “Mas Senhor, aproveitemos isto e tomemos o poder”. Outra tentação. E Jesus mostra-lhes que aquele não era o caminho. O poder do pastor é o serviço, ele não tem outro poder e quando comete um erro ao tomar outro poder danifica a sua vocação e torna-se, talvez, gestor de empreendimentos pastorais, mas não pastor. A estrutura não faz pastoral: é o coração do pastor que desempenha o trabalho pastoral. E o coração do pastor é o que Jesus nos ensina agora.
Peçamos hoje ao Senhor pelos pastores da Igreja, para que fale sempre com eles, porque os ama muito: fale sempre connosco, diga-nos como está o mundo, explique-nos e sobretudo ensine-nos a não ter medo do povo de Deus, a não ter receio de estar perto d'Ele.
Meu Jesus, creio que estais presente no Santíssimo Sacramento. Amo-vos acima de tudo e a minha alma suspira por Vós. Mas dado que agora não posso receber-vos no Santíssimo Sacramento, vinde, pelo menos espiritualmente, ao meu coração. Abraço-vos come se já estivésseis comigo: uno-me inteiramente a Vós. Ah! Não permitais que eu volte a separar-me de Vós!
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Rezemos hoje pelos artistas, que têm esta grande capacidade de criatividade e através da via da beleza mostram-nos o caminho a seguir. Que o Senhor nos conceda a todos a graça da criatividade neste momento.
O povo que ouviu Jesus ao longo do dia, e depois obteve a graça da multiplicação dos pães e viu o poder de Jesus, queria fazê-lo rei. Foram primeiro ter com Jesus para ouvir a palavra e também para pedir a cura dos doentes. Ficaram o dia inteiro a ouvir Jesus sem se aborrecer, sem se cansar: estavam lá, felizes. Então, quando viram que Jesus lhes dava de comer, o que não esperavam, pensaram: “Mas Ele seria um bom governante para nós e certamente poderá libertar-nos do poder dos romanos e levar o país em frente”. E, entusiasmados, queriam fazê-lo rei. A sua intenção mudou, porque viram e pensaram: “Bem... uma pessoa que realiza este milagre, que alimenta o povo, pode ser um bom governante” (cf. Jo 6, 1-15). Mas naquele momento tinham esquecido o entusiasmo que a palavra de Jesus suscitara nos seus corações.
Jesus afastou-se para rezar (cf. v. 15). Aquelas pessoas ficaram lá e no dia seguinte estavam à procura de Jesus, “Ele deve estar aqui”, disseram, pois viram que não tinha embarcado com os outros. E lá havia um barco... (cf. Jo 6, 22-24). Mas não sabiam que Jesus tinha ido ao encontro dos outros caminhando sobre as águas (cf. vv. 16-21). Então decidiram ir para o outro lado do Mar de Tiberíades à procura de Jesus e, quando o viram, a primeira palavra que lhe disseram foi: «Rabi, quando chegaste aqui?» (v. 25), como se dissessem: “Não entendemos, isto parece estranho”.
E Jesus fá-los voltar ao primeiro sentimento, ao que tinham antes da multiplicação dos pães, quando ouviram a palavra de Deus: «Em verdade, em verdade vos digo que me buscais, não pelos sinais que vistes - como no princípio, os sinais da palavra, que os entusiasmavam, os sinais da cura - mas porque comestes dos pães e ficastes saciados» (v. 26). Jesus revela a intenção deles e diz: “Mas é assim, mudastes de atitude”. E eles, em vez de se justificar: “Não, Senhor, não...”, foram humildes. Jesus continua: «Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque nela Deus Pai imprimiu o seu sinal» (Jo 6, 27). E aquelas pessoas boas disseram: «Que faremos para praticar as obras de Deus?» (v. 28). «A obra de Deus é esta: que acrediteis n'Aquele que Ele enviou» (v. 29). Este é um caso em que Jesus corrige a atitude das pessoas, da multidão, porque a meio do caminho se desviou um pouco do primeiro momento, da primeira consolação espiritual, e empreendeu um caminho que não era certo, uma via mais mundana do que evangélica.
Isto faz-nos pensar que muitas vezes na vida começamos a seguir Jesus, a ir atrás de Jesus, com os valores do Evangelho, e no meio do caminho mudamos de ideia, vemos alguns sinais, afastamo-nos e conformamo-nos com algo mais temporal, mais material, mais mundano - talvez - e perdemos a memória daquele primeiro entusiasmo que tivemos quando ouvimos Jesus falar. O Senhor faz-nos regressar sempre ao primeiro encontro, ao primeiro momento em que Ele olhou para nós, em que nos falou e fez nascer em nós o desejo de o seguir. É uma graça a pedir ao Senhor, porque nós, na vida, teremos sempre esta tentação de nos afastar porque vemos outra coisa: “Isto vai correr bem, essa ideia é boa...”. Assim afastamo-nos. A graça de voltar sempre à primeira chamada, ao primeiro momento: não esqueçamos, não esqueçamos a nossa história, quando Jesus olhou para nós com amor e disse: “Este é o teu caminho”; quando Jesus, através de tantas pessoas, me fez entender qual é o caminho do Evangelho e não outros caminhos um pouco mundanos, com outros valores. Voltemos ao primeiro encontro.
Impressionou-me sempre - daquilo que Jesus diz na manhã da Ressurreição - a sua afirmação: «Ide dizer aos meus irmãos que vão à Galileia, pois é lá que me verão» (cf. Mt 28, 10); a Galileia foi o lugar do primeiro encontro. Lá eles tinham encontrado Jesus. Cada um de nós tem dentro si a sua “Galileia”, o momento em que Jesus se aproximou de cada um de nós e disse: “Segue-me”. Na vida acontece o que ocorreu àquelas pessoas - boas, porque depois lhe dizem: “Mas o que devemos fazer?” e obedecem imediatamente - acontece que nos afastamos e procuramos outros valores, outras hermenêuticas, outras coisas e perdemos o frescor da primeira chamada. Também o autor da Carta aos Hebreus nos remete para isto: «Lembrai-vos dos primeiros dias» (cf. Hb 10, 32). A memória, a memória do primeiro encontro, a memória da “minha Galileia”, quando o Senhor olhou para mim com amor e me disse: “Segue-me”!
Meu Jesus, creio que estais presente no Santíssimo Sacramento. Amo-vos acima de tudo e a minha alma suspira por Vós. Mas dado que agora não posso receber-vos no Santíssimo Sacramento, vinde, pelo menos espiritualmente, ao meu coração. Abraço-vos come se já estivésseis comigo: uno-me inteiramente a Vós. Ah! Não permitais que eu volte a separar-me de Vós!
Extraído do site: [ w2.vatican.va/content/francesco/pt/cotid...ontro-concristo.html ] em 27/04/2020.
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Neste tempo, em que começamos a ter orientações para sair da quarentena, peçamos ao Senhor que conceda ao seu povo, a todos nós, a graça da prudência e da obediência às disposições, para que a pandemia não se agrave.
Na primeira leitura destes dias, ouvimos o martírio de Estêvão: um evento simples, como aconteceu. Os doutores da Lei não toleravam a clareza da doutrina, e assim que ela foi proclamada, foram perguntar a alguém que disse ter ouvido uma pessoa narrar que Estêvão blasfemava contra Deus, contra a Lei (cf. At 6, 11-14). E depois disso, foram contra ele e apedrejaram-no: assim, simplesmente (cf. At 7, 57-58). É a primeira estrutura de ação: eles fizeram o mesmo com Jesus (cf. Mt 26, 60-62). As pessoas que lá estavam procuravam convencer que era um blasfemador e gritavam: «Crucifica-o!» (Mc 15, 13). Trata-se de uma irracionalidade. Uma agressão, começar pelos falsos testemunhos para chegar a “fazer justiça”. Este é o esquema. Também na Bíblia há casos como este: fizeram o mesmo a Susana (cf. Dt 13, 1-64), a Nabote fizeram o mesmo (cf. 1 Rs 21, 1-16), então Hamã procurou fazer o mesmo com o povo de Deus (cf. Est 3, 1-14). Falsas notícias, calúnias que inflamam o povo e exigem justiça. É um linchamento, um verdadeiro linchamento.
E assim, levam-no ao juiz, para que dê forma jurídica: mas já tinha sido julgado; o juiz deve ser muito, muito corajoso para ir contra um julgamento “tão popular”, feito de propósito, preparado. É o caso de Pilatos: Pilatos viu claramente que Jesus era inocente, mas vendo o povo, lavou as mãos (cf. Mt 27, 24-26). É uma forma de fazer jurisprudência. Ainda hoje vemos isto: em alguns países, quando se quer fazer um golpe de Estado ou “eliminar” algum político para que não vá a eleições, faz-se isto: falsa notícia, calúnia, depois confia-se a um juiz daqueles que gostam de criar jurisprudência com este positivismo “situacionalista” que está na moda, e depois condena-se. É um linchamento social. E assim procederam com Estêvão, assim foi feito o julgamento de Estêvão: levam a julgamento alguém já julgado pelo povo enganado.
Isto também acontece com os mártires de hoje: os juízes não têm qualquer hipótese de fazer justiça porque já foram julgados. Pensemos em Asia Bibi, por exemplo, que vimos: dez anos na prisão porque foi julgada por uma calúnia e por um povo que quer a sua morte. Perante esta avalanche de falsas notícias que criam opinião, muitas vezes nada pode ser feito: nada pode ser feito.
Penso muito, nisto, no Shoah. O Shoah é um destes casos: a opinião foi criada contra um povo e depois era normal: «Sim, sim: têm de ser mortos, têm de ser mortos». Uma forma de proceder para “eliminar” pessoas que estão a assediar, que incomodam.
Todos sabemos que isto não é bom, mas o que não sabemos é que há um pequeno linchamento diário que procura condenar as pessoas, criar uma má fama para as pessoas, descartá-las, condená-las: o pequeno linchamento diário da tagarelice que cria uma opinião; muitas vezes ouve-se a conversa de alguém e diz-se: “Mas não, esta pessoa é justa!” - “Não, não: dizem que ...”, e com esse “dizem que” se cria uma opinião para acabar com uma pessoa. A verdade é outra: a verdade é o testemunho do verdadeiro, das coisas que uma pessoa crê; a verdade é clara, é transparente. A verdade não tolera pressões. Olhemos para Estêvão, mártir: primeiro mártir depois de Jesus. Primeiro mártir. Pensemos nos apóstolos: todos deram o seu testemunho. E pensemos nos muitos mártires, também naquele que hoje celebramos, São Pedro Chanel: a tagarelice fez acreditar que ele era contra o rei... cria-se uma fama, e teve que ser eliminado. E pensemos em nós, na nossa língua: muitas vezes nós, com os nossos comentários, começamos um linchamento deste género. E nas nossas instituições cristãs, vimos tantos linchamentos diários que nasceram da tagarelice.
Que o Senhor nos ajude a sermos justos nos nossos julgamentos, a não começar nem seguir esta condenação maciça provocada pela tagarelice.
As pessoas que não podem receber a Eucaristia, agora fazem a Comunhão espiritual
Ó meu Jesus, prostro-me aos vossos pés e ofereço-vos o arrependimento do meu coração contrito que mergulha no vosso coração e na vossa santa presença. Adoro-vos no Sacramento do vosso amor, a inefável Eucaristia. Desejo receber-vos na pobre morada que o meu coração vos oferece. À espera da felicidade da Comunhão sacramental, quero possuir-vos em espírito. Vinde a mim, ó meu Jesus, e que eu venha a Vós. Que o vosso amor possa inflamar todo o meu ser, na vida e na morte. Creio em Vós, espero em Vós, amo-vos.
Extraído do site: [ w2.vatican.va/content/francesco/pt/cotid...latestimonianza.html ] em 28/04/2020.
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