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O ANCIÃO E O JOVEM
- LucasMedici (LucasMedici)
- Autor do Tópico
- Visitante
Há alguns dias conversei com Sua Majestade o Rei Francisco III no Fórum Público do Reino e manifestei meu desejo de publicar um conto que escrevi há alguns anos atrás.
Essa história foi escrita a fim de homenagear um casal de amigos que me ajudaram em um momento crucial de minha vida. Após o apoio de Sua Majestade decidi finalmente publicá-lo. Não se trata de uma obra literária e certamente serão percebidos inúmeros deslizes quanto ao uso da norma culta de nossa Língua Portuguesa. Para além de minhas debilidades e limitações na arte de escrever gostaria de manifestar meu intuito de com todos partilhar um pouco do que sou e sinto e da forma com que creio que devem se manifestar as relações interpessoais. O conto será publicado em 8 fascículos com postagem diárias a começar no próximo dia. Espero provocar um debate a cerca dos valores humanos que baseiam ou deveriam basear nossa sociedade, permeado pelo respeito, bom senso e livre manifestação do pensamento.
Abraços e a todos uma ótima leitura!
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- Líryan Umbria (liryan)
- Desconectado
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Aguardando pelos capítulos!
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- LucasMedici (LucasMedici)
- Autor do Tópico
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FASCÍCULO I
Há muitos anos atrás, em uma manhã bastante úmida e fria um jovem rapaz, de no máximo 21 anos, baixo, moreno, de olhos vivos, alegres e curiosos foi procurar um sábio ancião em sua humilde cabana, fora das muralhas da cidade onde morava, localizada em algum lugar remotamente belo e escondido por densas florestas, caudalosos rios, lagos profundos e montanhas maciças que formavam um vale chamado O Caminho de Deus. O curioso rapaz o fez, pois gostaria de ver resolvida uma dúvida quem embora ingênua aos olhos de muitas pessoas a ele era muito intrigante. Após ter andado por mais de duas horas sob o frio e a fina garoa que teimosamente caída naquela fria manhã chegou à morada do ancião e teve a impressão de que ele pouco ou nada poderia ajudar. Pois em sua mente uma pessoa sábia jamais se sujeitaria a viver em um lugar tão repugnante. Mesmo assim decidiu chamar pelo velho. Afinal de contas ele havia andado tantos quilômetros que ao menos uma xícara de chá e alguns minutos sob o impacto do calor de uma lareira já valeriam a pena e o permitiriam regressar à sua casa.
Quando empunhou seu pulso a fim de bater a porta ouviu em suas costas uma voz bastante serena, porém firme:
Bom dia, meu jovem! Não se assuste com a aparência de minha singela cabana. Ela realmente não é nada atraente aos olhos. No entanto, as mais belas e sublimes maravilhas desse mundo não se encontram disponíveis aos olhos dos incautos. Ficam escondidas. Justamente para nos levar ao exercício da busca que nos torna mais astutos e preparados para a vida.
Assustado com a perspicácia daquele homem, cujas feições já demonstravam que ele viverá longos anos, mas que tinha em seus olhos um brilho só encontrado em quem possui um sincero desejo por viver, ele fica um tanto embaraçado por ter tido seus pensamentos descobertos sem que ao menos tivesse dito uma palavra se quer. O anfitrião, chamado Alfred, convidou seu visitante, David a entrar e conforme esperava foi lhe oferecida uma xícara de um quente, espesso e delicioso chá preparado com algumas ervas e folhas frescas que embora as tivesse tentando identificar não obtivera êxito. Assim como o chá Alfred também o convidou a se sentar ao lado de sua lareira que também era utilizada para preparar as refeições na casa. Após algum tempo de conversa, o ancião pergunta ao jovem o que o havia impelido a caminhar tanto sobe condições tão inóspitas até sua isolada cabana. David um tanto tímido, embora essa não fosse sua postura habitual, diz ao senhor, confortavelmente sentado a sua frente, que ele tinha uma dúvida que permeava sua mente há alguns anos e que por diversos meios tentou decifrá-la, mas nenhuma resposta apresentada o havia deixado satisfeito. O velho ouvia atento à narrativa do rapaz bastante interessado no modo sincero que ele lhe falava, mas percebia nele uma leve desconfiança se realmente descobriria naquele lugar a resposta para a dúvida que há muito tempo o incomodava. Por fim, Alfred perguntou qual era esse tão grande questionamento.
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- Líryan Umbria (liryan)
- Desconectado
- Muito Experiente II
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Muito bom ter terminado deixando a dúvida no ar, estou ansiosa para ler o segundo fascículo!
Excelente iniciativa!
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- LucasMedici (LucasMedici)
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- Visitante
Contudo, uma inquietação havia sido habilidosa e inesperadamente plantada e já crescia em seu coração. Graças a ela, quatro dias depois, antes mesmo do alvorecer, havendo claros indícios de que aquele seria um dia quente e ensolarado ele se levantou, vestiu-se apressadamente, mal quebrou seu jejum e mesmo sob os protestos de Maria, sua zelosa e amorosa mãe, saiu apressadamente rumo à longínqua cabana da floresta e se sentiu surpreso por sua mente guardar tão viva lembrança dos diversos e bons aromas que havia sentindo dentro daquele lugar que, mas surpreendentemente ainda já não lhe parecia tão repulsivo. Ao aproximar-se da cabana encontrou a porta aberta e na soleira um também velho, mas imponente cão que mais tarde veio a saber, se tratar de Merlim, um São Bernardo que acompanhava o velho Alfred por 11 anos e que em sua visita anterior estava bastante ocupado em passear pela floresta. Ele latiu forte e poderosamente o que fez David retroceder alguns passos bastante preocupado com o que lhe poderia acontecer. Foi nesse momento que Alfred chama o cão pelo nome e disse para que o rapaz ficasse calmo, pois o velho São Bernardo estava apenas o cumprimentando e que não o faria mal algum. Receoso David entrou na cabana e o mesmo aroma que o havia encantado na visita anterior, certa mistura de romã, maça, canela e erva doce com mais algumas coisas que ele certamente desconhecia era nítido no ar e novamente ele se enchia do mesmo desejo de buscar respostas e sentiu que dessa vez ele conseguiria uma satisfatória para seus questionamentos.
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