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INSTITUTO HISTÓRICO E CULTURAL DI MÉDICI

  • Fernando Orleans (fernandoorleans)
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20 Nov 2013 18:49 #21294 por Fernando Orleans (fernandoorleans)
Respondido por Fernando Orleans (fernandoorleans) no tópico INSTITUTO HISTÓRICO E CULTURAL DI MÉDICI
Me diz que sou rídiculo,
Nos teus olhos sou mau visto,
Diz até tenho má indole
Tu me achas bonito, lindo!

Negro é sempre vilão
Até meu bem provar que não
É racismo meu? Não




Todo dia 20 de novembro há sempre uma grande discussão sobre temática do negro no Brasil, sua história, cultura, religião e sua inserção na sociedade. Alguns até aproveitam para curtir uma praia ou dormir até mais tarde onde é feriado, mas o que não muda é o cenário onde vivemos.

Muito pouco mudou nos últimos 50 anos, o negro nos parece um ser de outro hemisfério, exótico, contraditório, tendo uma capacidade para alçar os mais altos cargos da nação, mas sempre tendo a triste inclinação para ocupar os guetos, os subempregos, servir de meio de entretenimento nas arenas futebolísticas, nos shows de samba ou de sexo.

O triste é essa leniência dos mais interessados: os negros. Não há mais um movimento de superação das barreiras existentes, mas uma busca incessante de aceitabilidade social assumindo o papel que lhe é imposto. Uma renegação de suas origens, de sua estética, de sua cor, de sua identificação no censo do IBGE como sendo: moreninho, cabo verde, etc.

Gosto mais da canção eternizada por Sandra de Sá:

Os meus olhos coloridos
Me fazem refletir
Eu estou sempre na minha
E não posso mais fugir...

Meu cabelo enrolado
Todos querem imitar
Eles estão baratinado
Também querem enrolar...

Você ri da minha roupa
Você ri do meu cabelo
Você ri da minha pele
Você ri do meu sorriso...

A verdade é que você
(Todo brasileiro tem!)
Tem sangue crioulo
Tem cabelo duro
Sarará, sarará
Sarará, sarará
Sarará crioulo...


SMR Louis-Philippe II Orleans-Umbrio MacLogos Pellegrini 
Rei da França
Barão de Muggia, etc, etc, etc

Cavaliere dell´Ordine di Garibaldi
Cavaleiro Comendador da Real Ordem Italiana da Atividade Micronacional
Medalha da Ordem do Grifo no grau de Grão-Cavaleiro de Avola
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20 Nov 2013 19:53 #21297 por Líryan Umbria (liryan)
Respondido por Líryan Umbria (liryan) no tópico INSTITUTO HISTÓRICO E CULTURAL DI MÉDICI
Penso sermos, sobretudo, um país de preconceitos, de discriminações. Não é coisa de negro; se tem preconceito contra negros, contra ruivos sardentos, contra louras, contra cabelos compridos, curtos, preconceito contra pobres e contra muito ricos, contra mulheres, contra gays, lésbicas, transexuais, contra comunistas, socialistas, marxistas, enfim, preconceituosos e discriminatórios. E a diferença do sofrer destes preconceitos vai estar interligada ao poderio econômico de cada um.

E não poderia ser diferente já que somos uma cultura formada por humanos, e toda cultura humana se caracteriza pela não aceitação do diferente, daquilo que não está na “média”, que não é mediano e igualitariamente ordinário. Seja como for, em que meio for, aquilo que se desenvolve enquanto minoria, em qualquer extremo, será discriminado, sofrerá preconceito.

No Brasil, a hipocrisia cotidiana nossa de cada dia, permite, o que talvez seja muito nosso, aquele preconceito diário disfarçado de “não sou preconceituoso” e que se torna evidente no famoso diálogo: “não tenho nada contra negros, desde que minha filha lourinha, lindinha, não queira se casar com um negão.” Ou: “nada contra gays, desde que meus filhos não o sejam”.
E este tipo de pensamento é absolutamente comum no Brasil.

Da mesma maneira que o negro é “melhor aceito” na sociedade quando abdica de suas origens. Quando é católico e não umbandista, quando está de terno e não de bata, quando troca o penteado afro por um cabelo lisinho, quando consegue uma projeção econômica um pouco diferenciada positivamente e quebra, com isso, um pouco do preconceito contra o pobre. Ai se tem um contexto de diferenciação. Mas não por ter se deixado de ser discriminatório, mas por motivo daquele indivíduo estar se empenhando em romper com a minoria a qual pertence para participar do meio mediano.

Enquanto existir, na massa, no mediano, a cultura de necessidade de igualdade. Ou a não aceitação do que lhe é diferente, existirá preconceito. O que se tem feito é disfarçar isso e criar algumas lei que coíbem maiores violências contra estes grupos minoritários. Que há algum avanço nisso, claro que há! Mas não é uma evolução de fato. Creio, de uma maneira bastante pessoal e íntima, que os humanos vão se extinguir antes de conseguir mudar isso. Há aqueles que pensem diferente, tomara que eles estejam certos e eu não.

Att.

Vostra Altezza Líryan Lourdes Kawsttryänny Umbria
Duchessa d´Avola
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Immortale

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21 Nov 2013 00:56 #21298 por Marli Bionaz (Marli)
Respondido por Marli Bionaz (Marli) no tópico INSTITUTO HISTÓRICO E CULTURAL DI MÉDICI
Boa iniciativa, Fernando. E que lúcida reflexão, Líryan.
Aqui trago, apenas para acrescentar, uma ideia bacaninha sobre o tema discriminação racial (ou talvez seja melhor dizer discriminação de cor).


Faça o 'teste do pescoço' e saiba se existe racismo no Brasil

Luh de Souza
Francisco Antero

1. Andando pelas ruas, meta o pescoço dentro das joalherias e conte quantos negros/as são balconistas;

2. Vá em quaisquer escolas particulares, sobretudo as de ponta como; Objetivo, Dante Alighieri, entre outras, espiche o pescoço pra dentro das salas e conte quantos alunos negros/as há . Aproveite, conte quantos professores são negros/as e quantos estão varrendo o chão;

3. Vá em hospitais tipo Sírio Libanês, enfie o pescoço nos quartos e conte quantos pacientes são negros, meta o pescoço a contar quantos negros médicos há, e aproveite para meter o pescoço nos corredores e conte quantos negros/as limpam o chão

4. Quando der uma volta num Shooping, ou no centro comercial de seu bairro, gire o pescoço para as vitrines e conte quantos manequins de loja representam a etnia negra consumidora. Enfie o pescoço nas revistas de moda, nos comerciais de televisão e conte quantos modelos negros fazem publicidade de perfumes, carros, viagens, vestuários e etc

5. Vá às universidades públicas, enfie o pescoço adentro e conte quantos negros há por lá: professores, alunos e serviçais;

6. Espiche o pescoço numa reunião dos partidos PSDB e DEM, como exemplo, conte quantos políticos são negros desde a fundação dos mesmos, e depois reflitam a respeito de serem contra todas as reivindicações da etnia negra.

7. Gire o pescoço 180° nas passeatas dos médicos, em protesto contra os médicos cubanos que possivelmente irão chegar [já chegaram], e conte quantos médicos/as negros/as marchavam;

8. Meta o pescoço nas cadeias, nos orfanatos, nas casas de correção para menores, conte quantos são brancos, é mais fácil;

9. Gire o pescoço a procurar quantas empregadas domésticas, serviçais, faxineiros, favelados e mendigos são de etnia branca. Depois pergunte-se qual a causa dos descendentes de europeus, ou orientais, não são vistos [com frequência] embaixo das pontes ou em favelas ou na mendicância ou varrendo o chão;

10. Espiche bem o pescoço na hora do Globo Rural e conte quantos fazendeiros são negros, depois tire a conclusão de quantos são sem-terra, quantos são sem-teto. No Globo Pequenas Empresas& Grandes Negócios, quantos empresários são negros?

11. Nas programações das Tvs abertas, acessível à maioria da população, gire o pescoço nas programações e conte quantos apresentadores, jornalistas ou âncoras de jornal, artistas em estado de estrelato, são negros. Onde as crianças negras se veem representadas?


MARLI BIONAZ
Ex-Presidente da Associação Feminina de Micronacionalistas
Ex-Amazona da Real Ordem da Atividade
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Comuna de Treviso
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21 Nov 2013 12:26 #21301 por Líryan Umbria (liryan)
Respondido por Líryan Umbria (liryan) no tópico INSTITUTO HISTÓRICO E CULTURAL DI MÉDICI
Marli,

Há aproximadamente quinze dias entrei em uma clinica de estética que abriu em um shopping que freqüento. Eu entro em todas destas clinicas que vejo, fui ver sobre depilação definitiva no rosto. Bom, foi a primeira vez que entrei em uma clínica assim ou em uma loja “mais chique” em um shopping e fui atendido por uma negra. Mas, era uma negra com cabelos lisinhos, com traços fininhos, e muito mais bonita (neste ideal de beleza europeizada de traços finos) que a média.

Há alguns anos, ali por volta do ano de dois mil e quatro, eu andava com dois “amigos” pelo centro de Belo Horizonte. Entramos em uma unidade do Carrefour recém aberta sob um shopping. A primeira coisa que um deles falou ao entrarmos na loja: “olha, uma atendente negra! Difícil em irmão, uma atendente da cor num lugar destes, as coisas estão melhorando mesmo...” Ilusão dele, não estão. Igualmente, era uma atendente negra, mas linda nos padrões da época (praticamente mesmos de hoje), com cabelos alisados no que se tinha de alisamento na época, com físico que a inseria neste contexto de “mediano-aceitável”.

Há uns seis meses entrei em uma loja de bijuterias e que vendia também as peças para fazer em casa, e lá estava uma “gerente” transex. Pela raridade da coisa não me contive, puxei assunto, “investiguei”, ela era uma das donas do lugar. De outra maneira, jamais estaria trabalhando ali. Os únicos lugares em que transex realmente conseguem trabalho sem sofrimento absurdo é em alguns nichos de salões de beleza, ou em lojas de cosméticos focadas no público de baixa renda. Agora, além de ser uma das donas, era linda (risos). E no Brasil, a estética: alta, loura, de olhos azuis e pele branca, muda muitas coisas. Mais uma vez, não por não existir o preconceito, mas por aquela pessoas, que provavelmente muitos nem se tocavam de ser transex, se inseria no contexto “mediano” de igualdade estética à média.

Atualmente entramos em shoppings e grandes lojas de departamentos, supermercados e vemos atendentes de todos os tipos. Gays (ou, melhor, visualmente gays), negros, tatuados, com cabelos compridos, alargadores, piercings... Com exceção única de lojas de jogos eletrônicos (que se lixam para sua aparência se você for dar R$ 200,00 em um jogo) e algumas lojas que possuem em sua proposta atrair este tipo de consumidor (algumas de óculos, por exemplo), isso não se dá por quebra de paradigmas ou preconceitos. O que existe hoje é que as lojas se vêem obrigadas a aceitar estes jovens pois, simplesmente, não há outros para fazer este trabalho. Ai, se seleciona entre os candidatos os “menos” chamativos e os emprega. A sociedade ainda não mudou sua forma de ver as minorias, ela apena as engole pois não tem podido vomitá-las.

Esta inclusão por necessidade de pessoas pertencentes a minorias tem um lado negativo: cria a ilusão de que estamos vencendo o preconceito. Mas não estamos, o que isso está realmente fazendo é construindo uma esfera de pensamento sobre o tema, que impede as pessoas a vêem como realmente é. Ou seja, indiretamente, mais uma ferramenta para aquele preconceito velado que sempre existiu no Brasil.

Entretanto temos que ressaltar um ponto nisso: a classe pobre, pobre, não estou falando de classe média “b”, “c”, “d”... Estou falando realmente da classe das empregadas domésticas, das faxineiras, dos ajudantes de pedreiro, dos biscates e de todas as pessoas que sobrevivem com salário médio de um a um salário e meio por família. Nesta classe de pessoas se encontra sempre uma curva menor de preconceito. O motivo é a necessidade, a necessidade força a maioria das pessoas a aceitar minorias, ou diferentes. Até por estas pessoas hoje estarem já em um “quase ponto” de minoria. E também nos ricos, realmente ricos, se vê uma curva menor. O motivo é que estes não ligam mesmo, não precisam ligar. Possuem uma visão de mundo modificada pela visão que possuem do exterior mesmo indo lá apenas como turistas. Mas curtem posar de que não são preconceituosos, e muitas vezes até acabam não se tornando ou quebrando preconceitos. Pois é fácil, basta ligar o “foda-se” e seguir. O preconceito desta classe seria mais direcionada a quem não tem dinheiro, mas como para eles quase ninguém tem, a realidade é realmente diferente.

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22 Nov 2013 00:23 #21305 por Marli Bionaz (Marli)
Respondido por Marli Bionaz (Marli) no tópico INSTITUTO HISTÓRICO E CULTURAL DI MÉDICI
É isso aí, Líryan.
Os negros, apesar de maioria no Brasil, não estão nos lugares, nem nos papeis mais “cômodos” da sociedade. Claro que essa realidade é resultado da história do negro no Brasil e de como se deu, ou de como não se deu de fato, o processo de libertação dos escravos.

Mas também tem outro fenômeno que acentuou ainda mais essa dura realidade. Trata-se da ideia de democracia racial, que promoveu um preconceito velado e uma discriminação disfarçada em suas várias formas e nuances. Não é proibida a inserção do negro, mas diversas barreiras são erguidas, “despropositalmente”, é claro, para que essa inserção não se efetive. E quando fazemos o ‘teste do pescoço’ conseguimos visualizar isso.

Além disso, o poder aquisitivo não acaba, nem mesmo ameniza, a discriminação. A título de exemplo, conheço um casal “bem posicionado” financeiramente, sendo o homem branco e a mulher negra (esta com cabelos naturalmente lisos), que sentem diariamente a discriminação. Na verdade ele presencia e ela sente. Quase sempre, ao entrarem numa loja, ou algo do tipo, ela entra na frente, mas a atendente/vendedora se dirige ao marido. Ele é desses que não se importam muito com a imagem, adotando, quase sempre, o estilo largadão, ao contrário dela, que anda sempre elegante. Moram num apartamento em local mediano, mas os vizinhos quase nunca dirigem a palavra a ela. E se esta cumprimenta algum, recebe, quase sempre, o silêncio da indiferença. Seus filhos, uma mocinha e um rapazinho, são negros. E quando nos finais de semana a família resolve usufruir da enorme piscina, na maioria das vezes tem o "privilégio" de somente eles desfrutarem de todo aquele espaço.

Esse não é um caso isolado. Eu poderia citar muitos outros. Isolada mesmo é a posição de destaque de alguns negros e negras, que, considerando seu quantitativo no país, deveria ser algo recorrente. Enfim, a discriminação de cor, ou racial, é algo que se sente na pele, mesmo.

E falando nisso, eis uma crônica de Luís Fernando Veríssimo que retrata essa nossa democracia racial.

Racismo
Luis Fernando Veríssimo

- Escuta aqui, ó criolo...

- O que foi?

- Você andou dizendo por aí que no Brasil existe racismo.

- E não existe?

- Isso é negrice sua. E eu que sempre te considerei um negro de alma branca... É, não adianta. Negro quando não faz na entrada...

- Mas aqui existe racismo.

- Existe nada. Vocês têm toda a liberdade, têm tudo o que gostam. Têm carnaval, têm futebol, têm melancia... E emprego é o que não falta. Lá em casa, por exemplo, estão precisando de empregada. Pra ser lixeiro, pra abrir buraco, ninguém se habilita. Agora, pra uma cachacinha e um baile estão sempre prontos. Raça de safados! E ainda se queixam!

- Eu insisto, aqui tem racismo.

- Então prova, Beiçola. Prova. Eu alguma vez te virei a cara? Naquela vez que te encontrei conversando com a minha irmã, não te pedi com toda a educação que não aparecesse mais na nossa rua? Hein, tição? Quem apanhou de toda a família foi a minha irmã. Vais dizer que nós temos preconceito contra branco?

- Não, mas...

- Eu expliquei lá em casa que você não fez por mal, que não tinha confundido a menina com alguma empregadoza de cabelo ruim, não, que foi só um engano porque negro é burro mesmo. Fui teu amigão. Isso é racismo?

- Eu sei, mas...

- Onde é que está o racismo, então? Fala, Macaco.

- É que outro dia eu quis entrar de sócio num clube e não me deixaram.

- Bom, mas pera um pouquinho. Aí também já é demais. Vocês não têm clubes de vocês? Vão querer entrar nos nossos também? Pera um pouquinho.

- Mas isso é racismo.

- Racismo coisa nenhuma! Racismo é quando a gente faz diferença entre as pessoas por causa da cor da pele, como nos Estados Unidos. É uma coisa completamente diferente. Nós estamos falando do crioléu começar a freqüentar clube de branco, assim sem mais nem menos. Nadar na mesma piscina e tudo.

- Sim, mas...

- Não senhor. Eu, por acaso, quero entrar nos clubes de vocês? Deus me livre.

- Pois é, mas...

- Não, tem paciência. Eu não faço diferença entre negro e branco, pra mim é tudo igual. Agora, eles lá e eu aqui. Quer dizer, há um limite.

- Pois então. O ...

- Você precisa aprender qual é o seu lugar, só isso.

- Mas...

- E digo mais. É por isso que não existe racismo no Brasil. Porque aqui o negro conhece o lugar dele.

- É, mas...

- E enquanto o negro conhecer o lugar dele, nunca vai haver racismo no Brasil. Está entendendo? Nunca. Aqui existe o diálogo.

- Sim, mas...

- E agora chega, você está ficando impertinente. Bate um samba aí que é isso que tu faz bem.


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MARLI BIONAZ
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