CAMPANHA PNPI - TRABALHOS E PROPOSTAS

Senhores,

Gostaria de pontuar algumas coisas.

A primeira vai diretamente a você Valdinei, acompanho sua trajetória desde que chegou, sempre fui muito próximo e incentivei seu trabalho micronacional, mas o liryan está certo, você age com extrema paixão, e paixão não pode andar lado a lado com a representação politica. Observei que o liryan, com a sua forma de falar que todos concordamos ser na maioria das vezes ácida, não que seja tolerável, mas que já passou a ser ignorado, disse algo realmente como eleitor, criticando uma postura que a campanha do PNPI levantou, algo que mais uma vez não é novo, pelo contrário, é velho e cansativo a postura de salvar tudo e jogar na história tudo que foi feito, como se não tivesse sido feito o bastante ou que não foi feito da forma que deveria. Tente agir com menos paixão, os exemplos que ele deu são verídicos e fazem todo sentido, não se caminha lado a lado a racionalidade com a paixão, a renascença não foi a volta da filosofia grega, foi uma nova visão sobre o que antes era visto apenas como formar de corroborar ou reafirmar o que se pensava. Se serve como conselho, nunca se debruce sobre os estudos clássicos ou contemporâneos com a simples iniciativa de provar o que sabe, encontrará de Paines a Condorcet razões que prove que está certo simplesmente porque leu com paixão em detrimento da razão.

Agora muitas coisas que o liryan disse são equivocadas, resultado de sua concepção paternal sobre os rumos que foram levados, estão sendo ou serão encaminhados no Reino. Leis não criam atividade, mas regulam e isso não é autoritarismo, isto é Estado.

Eu vi diversos equívocos, mas não vale ressaltar todos porque seria desperdício de um tópico para campanha politica.

Entretanto, sobre uma proposta de voto nominal, já ouvi outras vezes falarem sobre o assunto e registros sobre tal, porém, preciso fazer algumas considerações sobre o sistema representativo do Reino da Itália.

Parem o que estão fazendo, está errado.

Democracia não é apenas eleitoral, por favor, entendam isso.

A ideia de um governo representativo como intrinsecamente singular, produziu duas escolas distintas de pensamento que podem ser referidas, respectivamente, como modelo eleitoral e democracia e um modelo representativo. Isso é Urbinati!!

Nos caminhos tradicionalmente e culturalmente em um modelo eleitoral, que representa na nossa manifestação politica como modelo representativo democrático, um engano.
A eleição deveria ser a expressão do direito de participar de alguma forma ou em algum nível da produção das leis, não como um método de transferência ou incorporação de preferências idiossincráticas das pessoas a eleitos.

Sei que a representação politica é um processo complexo, bem suscetível ao atrito entre as instituições estatais e seu ordenamento e as práticas sociais, dia a dia, mas achar que representação é a pratica de legitimar o domínio a competência de um certo grupo.

Não quero me alongar muito em uma discussão que não cabe ao momento. Mas imploro que pensem se querem representar uma ideia que se legitime eleitoralmente ou que seja uma democracia que priorize a representação de forma distinta, com uma concepção moderna e que siga a realidade.

Cesare,

Me escapou onde eu possa ter equivocado sobre a minha posição sobre leis, autoritarismo e regulação, pois, o que disse é que leis não geram atividades, elas apenas regulam (especialmente as atividades ruins) e que uma coisa é regular outra é agir sobre o cotidiano. Então, até aqui: "Leis não criam atividade, mas regulam e isso não é autoritarismo, isto é Estado." É bem próximo do que estou dizendo, para não dizer a mesma coisa.

Com as explicações do Júlio eu apenas atentei, sobre este assunto, para o fato da redação que deve prever a interpretação para que uma lei criada para "regular atividade" (Estado) não vá ser usada para "regular cotidiano" (Autoritarismo).

Então, "roubando você": Leis não criam atividade, regulam! Sim, este é o papel do Estado! Apenas cuidem para que a redação destas leis não venham a possibilitar a instituição do absolutismo. E atentem para o fato de que "leis não criam atividade".

Quanto a "Democracia não é apenas eleitoral, por favor, entendam isso." seria mesmo muito bom que entendessem - micro e macro! Mas eu confesso que deixei a esperança para o pessoal da Teologia...

Júlio,

Muitas vezes o que difere uma boa ideia de uma ideia ruim é a forma como ela é construída e praticada. Se bem construída a ideia de termos eleições para Primeiro Ministro seria uma das coisas mais legais, politicamente falando.

Precisaria-se apenas ajustar as formas, os meios e os comos. As possibilidades de eleição, a possibilidade de veto Real e até Senatorial, - caso o Primeiro Ministro desande... Possibilidades de processos de defesa, enfim, tudo isso bem construído podem fazer desta ideia muito significativa!

Podiamos pensar até em ter um vice ou um suplente caso algo ocorra com o primeiro ministro, vou esperar mais opiniões para elaborar algo.

Cesare, a nossa entrevista deixa bem clara a minha visão em relação ao trabalho desenvolvido até hoje no reino. Algo extremamente valoroso e importante que merece ser honrado com a manutenção e evolução constante. É preciso compreender isso. De qualquer forma, essa é a minha opinião. Agradeço a preocupação e a contribuição.

Eu acho engraçado ver o Líryan apaixonadamente falando sobre paixão. A paixão se não for bem conduzida vira obstinação e isso é muito prejudicial. Obstinação é o que faz a pessoa ficar presa ao passado, sempre que surgem propostas novas desenterrando lembranças como se algo tentado tempos atrás seja impossível de ter resultado diferente em outras circunstâncias e com outras pessoas. Obstinação é taxar uma pessoa como sempre errada e criticar e menosprezar tudo o que ela faz. Obstinação é repetir o tempo todo o mesmo papo mole sobre paixão. Veja eu falo sobre política macro ou micro, economia, monarquia, um pouco sobre religião, falo sobre qualquer assunto, mas a velha e chata lenga lenga sobre paixão persegue.

Sem falar na formatação do pensamento. Respeito seu enorme conhecimento sobre esta micronação, para mim você é um expoente e alguém que trás assuntos relevantes, mas não posso admitir que você com toda a sua desenvoltura, muito menos alguém sem a menor habilidade queira agora me ensinar como pensar ou não pensar. Não estou em análise, são minhas propostas políticas.

Peço a você e ao Duque que evitem o tecnicismo e mantenhamos uma convivência logicamente influenciada por nossas áreas de estudo e atuação, mas sem esse exagero. Me estranha muito ver vocês insinuarem que eu tenha feito isso ou que tenha me empenhado para mostrar o que sei. Aliás poucos aqui sabem em que trabalho ou o que eu estudo ou estudei. Essas coisas não significam o que eu sou mas fazem parte então a melhor forma de mostrar o que aprendi não é citar escritores, pensadores livros ou diplomas, mas é, no dia-a-dia aplicar meus conhecimentos. Àqueles que não gostam, meu mais profundo respeito. Àqueles que me contrariam, minha sincera atenção, desde que o façam de forma edificante. Te admiro, Cesare. Discordo em muitas coisas, mas você sabe ouvir e falar. Só que neste caso, você e Líryan cometem um erro pontual: estão tentando analisar minha mente sem o conhecimento sobre minha pessoa. O que sabem sobre mim são minhas propostas e elas estão sendo ignoradas.

Duque Líryan, caso seja eleito Senador, gostaria que o senhor nos auxiliasse na redação das leis. Eu devo ser um dos analfabetos funcionais formados nos últimos anos, por que não entendo duas linhas dos seus textos. Talvez o senhor possa traduzir as leis daqui pra frente. Quem sabe?