- Postagens: 963
- Karma: 12
- Obrigados Recebidos: 341
Edite sua assinatura
Para identificação automática em seus posts, use a assinatura do perfil. Para isso vá em Seu Perfil (menu de usuário, a direita no portal) e depois em Editar e Atualizar Perfil. Ali, na guia "Informações de Contato", ao final, há um campo de assinatura. Crie a sua e mantenha ela sempre atualizada!
Se você for um súdito da coroa, use o seguinte formato:
SEU NOME COMPLETO
Súdito da Coroa Italiana.
** Para personalizar sua assinatura, dispomos de um rápido tutorial em "Ajuda" >> "Tutorial Ilustrado", no menu principal do Portal.
Caverna Filosófica Night Pub
- Fernando Orleans (fernandoorleans)
- Desconectado
- Muito Experiente II
Outra grande velharia!!!!
SMR Louis-Philippe II Orleans-Umbrio MacLogos Pellegrini
Rei da França
Barão de Muggia, etc, etc, etc
Cavaliere dell´Ordine di Garibaldi
Cavaleiro Comendador da Real Ordem Italiana da Atividade Micronacional
Medalha da Ordem do Grifo no grau de Grão-Cavaleiro de Avola
Por favor Entrar ou Registrar para participar da conversa.
- Líryan Umbria (liryan)
- Autor do Tópico
- Desconectado
- Moderador
- Postagens: 3073
- Karma: 26
- Obrigados Recebidos: 1345
Anexo não encontrado
E ntão aqui estamos, infelizmente ninguém se habilitou a falar sobre dualismo e monismo de Platão, então, nosso simbólico prêmio de cinco mil liras fica para outra ocasião.
Enfim é sábado, dia de dar aquela descansada depois de ter feito quatro provas nada muito amistosas nas quais percebi que o Organon é um livro lindo que eu preciso continuar lendo assim como preciso, de maneira urgente, reler um outro livro lindo chamado República.
Cá estou tirando a poeira do balcão e resfriando minha companhia de mais tarde, e coloco aqui um som ambiente que, até ontem não conhecia, pode muito bem entrar no Avola Rock mas, sobretudo, é perfeito para noite de hoje.
Estou pensando em postar aqui umas breves considerações sobre a "ofensa", vamos ver quando.
E no ambiente rola um tal Roger Walters, em um disco solo singular é muito bom.
Até! Que venham para um drinque e se lembrem garotas, vocês não pagam!
Por favor Entrar ou Registrar para participar da conversa.
- Líryan Umbria (liryan)
- Autor do Tópico
- Desconectado
- Moderador
- Postagens: 3073
- Karma: 26
- Obrigados Recebidos: 1345
Se bem que nem a capa do disco do Roger deu o que falar...
Por favor Entrar ou Registrar para participar da conversa.
- Fernando Orleans (fernandoorleans)
- Desconectado
- Muito Experiente II
- Postagens: 963
- Karma: 12
- Obrigados Recebidos: 341
Vamos atacar de Rauzito.
SMR Louis-Philippe II Orleans-Umbrio MacLogos Pellegrini
Rei da França
Barão de Muggia, etc, etc, etc
Cavaliere dell´Ordine di Garibaldi
Cavaleiro Comendador da Real Ordem Italiana da Atividade Micronacional
Medalha da Ordem do Grifo no grau de Grão-Cavaleiro de Avola
Por favor Entrar ou Registrar para participar da conversa.
- Líryan Umbria (liryan)
- Autor do Tópico
- Desconectado
- Moderador
- Postagens: 3073
- Karma: 26
- Obrigados Recebidos: 1345
Juventude, boa tarde boa leitura!
Literatura como cura
Luiz Felipe Pondé
Hoje quero falar de dois sintomas que marcam nossa época. O primeiro sintoma é a falação ruidosa de nosso mundo; o segundo é a ideia de que o mundo sofre porque não nos amamos e que tudo se resolveria se nos abraçássemos e parássemos de sermos gananciosos.
Fala-se demais hoje. Todos têm opinião. Até jovens de 20 anos são chamados a dar opinião sobre o mundo e a sociedade, quando mal sabem arrumar o quarto. E quando se elegem crianças de 25 anos como arautos da sociedade (adulto que faz isso, o faz, normalmente, para ter discípulos fiéis e fanáticos, ou porque é bobo mesmo), o resultado é que acaba se pensando que o mundo começou, como diz um amigo meu muito esquisito, em "Woodstock".
Quando se pensa isso, acaba-se imaginando que o problema do mundo é mesmo aprendermos que "all you need is love"... Infelizmente, a humanidade é mais complicada do que pensa nossa vã inteligência woodstockiana. Contra essa visão infantil da realidade (este é o segundo sintoma do qual falei acima), proponho a leitura da obra do grande crítico norte-americano Edmund Wilson. Vou a ele já; antes, quero voltar ao problema do ruído mais especificamente (o primeiro sintoma do qual falei acima).
Somos um grande mundo ridículo e falastrão. Decorrente dessa falação, um ruído infernal toma conta do dia a dia. O silêncio, às vezes, é um dos maiores indicativos de maturidade, não só de uma pessoa, mas de uma civilização.
Estou falando isso por conta de um breve ensaio que caiu na minha mão esses dias, parte integrante do volume "Best American Essays 2013", editado por Cheryl Strayed.
O ensaio ao qual me refiro foi escrito pela prêmio Nobel Alice Munro e chama-se "Night". Nele, a autora conta a operação que fez quando criança para tirar o apêndice e uma "coisa do tamanho de um ovo de peru". Munro compara o comportamento atual diante de casos como o dela e o comportamento de seus pais na época. A conclusão é que hoje se falaria como o diabo do risco que ela corria na época. Mas, ao contrário, pouco se falou do assunto, "respeitando o medo" sem falação. Conta Munro que, nessa época, ela dormia num beliche com sua irmã mais nova (moravam numa espécie de granja), e que numa noite olhou para a irmã e pensou em sufocá-la.
A partir daí, não conseguia mais dormir, pensando no ímpeto que tivera de matar sua irmã. Numa das manhãs seguintes a suas noites de insônia, encontrou com seu pai, todo vestido chique, saindo de casa de manhã muito cedo. Contou para ele o que pensara e o horror que sentira.
Seu pai simplesmente lhe disse que esquecesse aquilo e que essas coisas passam. Depois, adulta, lembra como o modo simples de falar do pai a acalmou profundamente. A pequena Alice nunca mais teve insônia.
Na sequência, a prêmio Nobel comenta que nunca perguntara ao pai para onde ele ia tão cedo e tão elegante. Perguntou-se se ele ia ao banco renegociar a dívida da família ou ver a mulher que amava, mas com quem não podia ficar porque amava sua família... Silêncio. Nem uma linha de rancor. Hoje, escreveriam uma tese sobre como seu pai poderia ter sido um homem desatento ou, quem sabe, infiel. Ao lembrar do seu pai no momento do reconhecimento em que recebera o prêmio, Munro pensa em como ele teria ficado orgulhoso de sua pequena filha insone.
Nessas horas, tenho saudade do passado e lamento como nos transformamos em adolescentes barulhentos que se levam demasiadamente a sério.
O segundo autor que quero comentar é Edmund Wilson, um dos últimos críticos literários, segundo Paulo Francis, a enfrentar a literatura sem se esconder atrás de grandes teorias abstratas (que se querem "concretas").
No volume editado por Francis pela Companhia das Letras em 1991, "Onze Ensaio - Literatura, Política, História", esgotado, aparece sua "visão de mundo": a história é um longo processo através do qual as civilizações se devoram, criando e destruindo, em círculos, indo para lugar nenhum. Concordo.
Pura coragem intelectual, que tanto faz falta hoje, nesta época de líderes adolescentes que creem em Woodstock como modelo de sociedade.
Por favor Entrar ou Registrar para participar da conversa.