×
Edite sua assinatura

Para identificação automática em seus posts, use a assinatura do perfil. Para isso vá em Seu Perfil (menu de usuário, a direita no portal) e depois em Editar e Atualizar Perfil. Ali, na guia "Informações de Contato", ao final, há um campo de assinatura. Crie a sua e mantenha ela sempre atualizada!

Se você for um súdito da coroa, use o seguinte formato:

SEU NOME COMPLETO
Súdito da Coroa Italiana.

** Para personalizar sua assinatura, dispomos de um rápido tutorial em "Ajuda" >> "Tutorial Ilustrado", no menu principal do Portal.

[Estudo] Livro Nosso Lar - André Luiz

  • Julio Cesar Julio Cesar Januzzi Logos (Julio_Cesar)
  • Avatar de Julio Cesar Julio Cesar Januzzi Logos (Julio_Cesar) Autor do Tópico
  • Desconectado
  • Muito Experiente II
  • Muito Experiente II
Mais
08 Jul 2016 11:24 #32780 por Julio Cesar Julio Cesar Januzzi Logos (Julio_Cesar)
[Estudo] Livro Nosso Lar - André Luiz foi criado por Julio Cesar Julio Cesar Januzzi Logos (Julio_Cesar)
Atividade Doutrinaria: Estudo do Livro Nosso Lar - André Luiz, Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Toda Sexta-Feira as 14:00 Hs


Olá caros amigos de doutrina.

É com imensa felicidade que damos inicio ao estudo do livro Nosso Lar.

Bom primeiro precisamos entender que Nosso Lar é um dos livros psicografados pelo médium brasileiro Chico Xavier, o primeiro livro da coleção intitulada A Vida no Mundo Espiritual, atribuída ao espírito André Luiz. No movimento espírita brasileiro essa coleção é também conhecida como Série Nosso Lar.

Clássico da literatura espírita brasileira, Nosso Lar é um romance que versa sobre os primeiros anos do médico André Luiz após sua morte, numa "colônia espiritual", espécie de cidade onde se reúnem espíritos para aprender e trabalhar entre uma encarnação e outra. O romance levanta questões acerca do sentido do trabalho justo e dignificante e da Lei de causa e efeito a que todos os espíritos, segundo o espiritismo, estariam submetidos.

O livro Nosso Lar* é formado por cinquenta capítulos. Cada um deles traz esclarecimento sobre o outro lado da vida, ou melhor dizendo, o plano espiritual.

Abaixo a Série André Luiz para quem quiser ampliar seus estudos
Série André Luiz

I - Nosso Lar
II - Os Mensageiros
III - Missionários da Luz
IV - Obreiros da Vida Eterna
V - No Mundo Maior
VI - Agenda Cristã
VII - Libertação
VIII - Entre a Terra e o Céu
IX - Nos Domínios da Mediunidade
X - Ação e Reação
XI - Evolução em Dois Mundos
XII - Mecanismos da Mediunidade
XIII - Conduta Espírita
XIV - Sexo e Destino
XV - Desobsessão
XVI - E a Vida Continua...

Link para baixar o livro Nosso Lar
Pois bem iniciemos nosso estudo.

Prece Inicial:

Realize sua prece.

Que assim seja!

ÍNDICE

Novo Amigo 9

Mensagem de André Luiz 13

1 - Nas zonas inferiores 17
2 - Clarêncio 21
3 - A oração coletiva 26
4 - O médico espiritual 31
5 - Recebendo assistência 36
6 - Precioso aviso 41
7 - Explicações de Lísias 45
8 - Organização de serviços 50
9 - Problema de alimentação 54
10 - No bosque das águas 59
11 - Notícias do plano 64
12 - O Umbral 69
13 - No gabinete do ministro 74
14 - Elucidações de Clarêncio 80
15 - A visita materna 85
16 - Confidências 90
17 - Em casa de Lísias 95
18 - Amor, alimento das almas 100
19 - A jovem desencarnada 105
20 - Noções de lar 110
8
21 - Continuando a palestra 115
22 - O bônus-hora 120
23 - Saber ouvir 126
24 - O impressionante apelo 131
25 - Generoso alvitre 136
26 - Novas perspectivas 141
27 - O trabalho, enfim 146
28 - Em serviço 152
29 - A visão de Francisco 157
30 - Herança e eutanásia 162
31 - Vampiro 168
32 - Notícias de Veneranda 175
33 - Curiosas observações 180
34 - Com os recém-chegados do Umbral 185
35 - Encontro singular 190
36 - O sonho 195
37 - A preleção da ministra 200
38 - O caso Tobias 207
39 - Ouvindo a senhora Laura 214
40 - Quem semeia colherá 219
41 - Convocados à luta 225
42 - A palavra do Governador 231
43 - Em conversação 237
44 - As trevas 242
45 - No campo da música 247
46 - Sacrifício de mulher 253
47 - A volta de Laura 259
48 - Culto familiar 264
49 - Regressando à casa 270
50 - Cidadão de "Nosso Lar" 276


Novo amigo

Os prefácios, em geral, apresentam autores, exaltando-lhes o mérito e comentando-lhes a personalidade.

Aqui, porém, a situação é diferente.

Embalde os companheiros encarnados procurariam o médico André Luiz nos catálogos da convenção.

Por vezes, o anonimato é filho do legítimo entendimento e do verdadeiro amor. Para redimirmos o passado escabroso, modificam-se tabelas da nomenclatura usual na reencarnação.

Funciona o esquecimento temporário como bênção da Divina Misericórdia.

André precisou, igualmente, cerrar a cortina sobre si mesmo.

É por isso que não podemos apresentar o médico terrestre e autor humano, mas sim o novo amigo e irmão na eternidade.

Por trazer valiosas impressões aos companheiros do mundo, necessitou despojar-se de todas as convenções, inclusive a do próprio nome, para não ferir corações amados, envolvidos ainda nos velhos mantos da ilusão. Os que colhem as espigas maduras, não devem ofender os que plantam a distância, nem perturbar a
lavoura verde, ainda em flor.

Reconhecemos que este livro não é único. Outras entidades já comentaram as condições da vida, além-túmulo...

Entretanto, de há muito desejamos trazer ao nosso círculo espiritual alguém que possa transmitir a outrem o valor da experiência própria, com todos os detalhes possíveis à legítima compreensão da ordem que preside o esforço dos desencarnados laboriosos e bem-intencionados, nas esferas invisíveis ao olhar
humano, embora intimamente ligadas ao planeta.

Certamente que numerosos amigos sorrirão ao contacto de determinadas passagens das narrativas. O inabitual, entretanto, causa surpresa em todos os tempos. Quem não sorriria, na Terra, anos atrás, quando se lhe falasse da aviação, da eletricidade, da radiofonia?

A surpresa, a perplexidade e a dúvida são de todos os aprendizes que ainda não passaram pela lição. É mais que natural, é justíssimo. Não comentaríamos, desse modo, qualquer impressão alheia. Todo leitor precisa analisar o que lê.

Reportamo-nos, pois, tão-somente ao objetivo essencial do trabalho.

O Espiritismo ganha expressão numérica. Milhares de criaturas interessam-se pelos seus trabalhos, modalidades, experiências. Nesse campo imenso de novidades, todavia, não deve o homem descurar de si mesmo. Não basta investigar fenômenos, aderir verbalmente, melhorar a estatística, doutrinar consciências alheias, fazer
proselitismo e conquistar favores da opinião, por mais respeitável que seja, no plano físico. É indispensável cogitar do conhecimento de nossos infinitos potenciais, aplicando-os, por nossa vez, nos serviços do bem.

O homem terrestre não é um deserdado. É filho de Deus, em trabalho construtivo, envergando a roupagem da carne; aluno de escola benemérita, onde precisa aprender a elevar-se. A luta humana é a sua oportunidade, a sua ferramenta,
o seu livro.

O intercâmbio com o invisível é um movimento sagrado, em função restauradora do Cristianismo puro; que ninguém, todavia, se descuide das necessidades próprias, no lugar que ocupa pela vontade do Senhor.

André Luiz vem contar a você, leitor amigo, que a maior surpresa da morte carnal é a de nos colocar face a face com própria consciência, onde edificamos o céu, estacionamos no purgatório ou nos precipitamos no abismo infernal; vem lembrar
que a Terra é oficina sagrada, e que ninguém a menosprezará, sem conhecer o preço do terrível engano a que submeteu o próprio coração.

Guarde a experiência dele no livro dalma. Ela diz bem alto que não basta à criatura apegar-se à existência humana, mas precisa saber aproveitá-la dignamente; que os passos do cristão, em qualquer escola religiosa, devem dirigir-se verdadeiramente
ao Cristo, e que, em nosso campo doutrinário, precisamos, em verdade, do ESPIRITISMO e do ESPIRITUALISMO, mas, muito mais, de ESPIRITUALIDADE.
EMMANUEL

Pedro Leopoldo, 3 de outubro de 1943.


E assim iniciamos o estudo com a mensagem de Emmanuel, sobre como devemos interpretar tal obra e principalmente os princípios que a mesma trás.

Abro espaço para debate sobre o estudo.


Julio Cesar Januzzi Logos
CHANCELER
DUQUE DE KALAMÁRIA
Membro da Soberana Ordem Militar Joana D'Arq
Cavaleiro da Soberana Ordem do Grão Ducado da França
CIDADE DE NOVA CORINTHIUS
Família Logos

Por favor Entrar ou Registrar para participar da conversa.

  • Julio Cesar Julio Cesar Januzzi Logos (Julio_Cesar)
  • Avatar de Julio Cesar Julio Cesar Januzzi Logos (Julio_Cesar) Autor do Tópico
  • Desconectado
  • Muito Experiente II
  • Muito Experiente II
Mais
15 Jul 2016 11:08 #32902 por Julio Cesar Julio Cesar Januzzi Logos (Julio_Cesar)
Respondido por Julio Cesar Julio Cesar Januzzi Logos (Julio_Cesar) no tópico [Estudo] Livro Nosso Lar - André Luiz
Atividade Doutrinaria: Estudo do Livro Nosso Lar - André Luiz, Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Toda Sexta-Feira as 14:00 Hs


Olá caros amigos de doutrina.

E vamos dando continuidade ao estudo do livro Nosso Lar, como todo espirita sabe, um livro se começa por seu prefacio e introdução, portanto não podemos pular as mensagens deixadas no começo dos livros, ricas em ensinamentos e preparando nosso espirito para a leitura que se seguirá.


Link para baixar o livro Nosso Lar
Pois bem iniciemos nosso estudo.

Prece Inicial:

Realize sua prece.

Que assim seja!

ÍNDICE

Novo Amigo 9

Mensagem de André Luiz 13

1 - Nas zonas inferiores 17
2 - Clarêncio 21
3 - A oração coletiva 26
4 - O médico espiritual 31
5 - Recebendo assistência 36
6 - Precioso aviso 41
7 - Explicações de Lísias 45
8 - Organização de serviços 50
9 - Problema de alimentação 54
10 - No bosque das águas 59
11 - Notícias do plano 64
12 - O Umbral 69
13 - No gabinete do ministro 74
14 - Elucidações de Clarêncio 80
15 - A visita materna 85
16 - Confidências 90
17 - Em casa de Lísias 95
18 - Amor, alimento das almas 100
19 - A jovem desencarnada 105
20 - Noções de lar 110
8
21 - Continuando a palestra 115
22 - O bônus-hora 120
23 - Saber ouvir 126
24 - O impressionante apelo 131
25 - Generoso alvitre 136
26 - Novas perspectivas 141
27 - O trabalho, enfim 146
28 - Em serviço 152
29 - A visão de Francisco 157
30 - Herança e eutanásia 162
31 - Vampiro 168
32 - Notícias de Veneranda 175
33 - Curiosas observações 180
34 - Com os recém-chegados do Umbral 185
35 - Encontro singular 190
36 - O sonho 195
37 - A preleção da ministra 200
38 - O caso Tobias 207
39 - Ouvindo a senhora Laura 214
40 - Quem semeia colherá 219
41 - Convocados à luta 225
42 - A palavra do Governador 231
43 - Em conversação 237
44 - As trevas 242
45 - No campo da música 247
46 - Sacrifício de mulher 253
47 - A volta de Laura 259
48 - Culto familiar 264
49 - Regressando à casa 270
50 - Cidadão de "Nosso Lar" 276


Mensagem de André Luiz

A vida não cessa. A vida é fonte eterna e a morte é jogo escuro das ilusões.

O grande rio tem seu trajeto, antes do mar imenso. Copiando-lhe a expressão, a alma percorre igualmente caminhos variados e etapas diversas, também recebe afluentes de conhecimentos, aqui e ali, avoluma-se em expressão e purifica-se
em qualidade, antes de encontrar o Oceano Eterno da Sabedoria.

Cerrar os olhos carnais constitui operação demasiadamente simples.

Permutar a roupagem física não decide o problema fundamental da iluminação, como a troca de vestidos nada tem que ver com as soluções profundas do destino e do ser.

Oh! caminhos das almas, misteriosos caminhos do coração! É mister percorrer-vos, antes de tentar a suprema equação da Vida Eterna! É indispensável viver o vosso drama, conhecer-vos detalhe a detalhe, no longo processo do aperfeiçoamento
espiritual!...

Seria extremamente infantil a crença de que o simples "baixar do pano" resolvesse transcendentes questões do Infinito.

Uma existência é um ato.
Um corpo - uma veste.
Um século - um dia.
Um serviço - uma experiência.
Um triunfo - uma aquisição.
Uma morte - um sopro renovador.

Quantas existências, quantos corpos, quantos séculos, quantos serviços, quantos triunfos, quantas mortes necessitamos ainda?

E o letrado em filosofia religiosa fala de deliberações finais e posições definitivas!

Ai! por toda parte, os cultos em doutrina e os analfabetos do espírito!

É preciso muito esforço do homem para ingressar na academia do Evangelho do Cristo, ingresso que se verifica, quase sempre, de estranha maneira - ele só, na companhia do Mestre, efetuando o curso difícil, recebendo lições sem cátedras visíveis e ouvindo vastas dissertações sem palavras articuladas.

Muito longa, portanto, nossa jornada laboriosa.
Nosso esforço pobre quer traduzir apenas uma idéia dessa verdade fundamental.

Grato, pois, meus amigos!

Manifestamo-nos, junto vós outros, no anonimato que obedece à caridade fraternal. A existência humana apresenta grande maioria de vasos frágeis, que não podem conter ainda toda a verdade. Aliás, não nos interessaria, agora, senão a experiência profunda, com os seus valores coletivos. Não atormentaremos alguém com a idéia da eternidade. Que os vasos se fortaleçam, em primeiro lugar. Forneceremos, somente,
algumas ligeiras notícias ao espírito sequioso dos nossos irmãos na senda de realização espiritual, e que compreendem conosco que "o espírito sopra onde quer".

E, agora, amigos, que meus agradecimentos se calem no papel, recolhendo-se ao grande silêncio da simpatia e da gratidão. Atração e reconhecimento, amor e júbilo moram na alma. Crede que guardarei semelhantes valores comigo, a vosso
respeito, no santuário do coração.

Que o Senhor nos abençoe.

ANDRÉ LUIZ
[/size]



Abro espaço para debate sobre o estudo.


Julio Cesar Januzzi Logos
CHANCELER
DUQUE DE KALAMÁRIA
Membro da Soberana Ordem Militar Joana D'Arq
Cavaleiro da Soberana Ordem do Grão Ducado da França
CIDADE DE NOVA CORINTHIUS
Família Logos

Por favor Entrar ou Registrar para participar da conversa.

  • Julio Cesar Julio Cesar Januzzi Logos (Julio_Cesar)
  • Avatar de Julio Cesar Julio Cesar Januzzi Logos (Julio_Cesar) Autor do Tópico
  • Desconectado
  • Muito Experiente II
  • Muito Experiente II
Mais
15 Jul 2016 11:23 #32903 por Julio Cesar Julio Cesar Januzzi Logos (Julio_Cesar)
Respondido por Julio Cesar Julio Cesar Januzzi Logos (Julio_Cesar) no tópico [Estudo] Livro Nosso Lar - André Luiz
Como podemos observar, André Luiz, já em sua mensagem de abertura, nos trás seu espanto com as descobertas em seu desencarne, nas entrelinhas fica claro seu arrependimento em não ter feito mais enquanto vivo, ficando mais claro esse arrependimento nessa passagem;

"Quantas existências, quantos corpos, quantos séculos, quantos serviços, quantos triunfos, quantas mortes necessitamos ainda?"

Mas logo em seu final ele nos tranquiliza deixando claro que é aos poucos que vamos aprendendo e evoluindo;

A existência humana apresenta grande maioria de vasos frágeis, que não podem conter ainda toda a verdade. Aliás, não nos interessaria, agora, senão a experiência profunda, com os seus valores coletivos. Não atormentaremos alguém com a idéia da eternidade. Que os vasos se fortaleçam, em primeiro lugar.


Julio Cesar Januzzi Logos
CHANCELER
DUQUE DE KALAMÁRIA
Membro da Soberana Ordem Militar Joana D'Arq
Cavaleiro da Soberana Ordem do Grão Ducado da França
CIDADE DE NOVA CORINTHIUS
Família Logos

Por favor Entrar ou Registrar para participar da conversa.

  • Julio Cesar Julio Cesar Januzzi Logos (Julio_Cesar)
  • Avatar de Julio Cesar Julio Cesar Januzzi Logos (Julio_Cesar) Autor do Tópico
  • Desconectado
  • Muito Experiente II
  • Muito Experiente II
Mais
22 Jul 2016 11:04 - 22 Jul 2016 11:07 #33114 por Julio Cesar Julio Cesar Januzzi Logos (Julio_Cesar)
Respondido por Julio Cesar Julio Cesar Januzzi Logos (Julio_Cesar) no tópico [Estudo] Livro Nosso Lar - André Luiz
Atividade Doutrinaria: Estudo do Livro Nosso Lar - André Luiz, Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Toda Sexta-Feira as 14:00 Hs


Olá caros amigos de doutrina.

E vamos dando continuidade ao estudo do livro Nosso Lar, hoje passamos para o primeiro capitulo, onde começa o relato de André Luiz no mundo espiritual.


Link para baixar o livro Nosso Lar
Pois bem iniciemos nosso estudo.

Prece Inicial:

Realize sua prece.

Que assim seja!

ÍNDICE

Novo Amigo 9

Mensagem de André Luiz 13

1 - Nas zonas inferiores 17
2 - Clarêncio 21
3 - A oração coletiva 26
4 - O médico espiritual 31
5 - Recebendo assistência 36
6 - Precioso aviso 41
7 - Explicações de Lísias 45
8 - Organização de serviços 50
9 - Problema de alimentação 54
10 - No bosque das águas 59
11 - Notícias do plano 64
12 - O Umbral 69
13 - No gabinete do ministro 74
14 - Elucidações de Clarêncio 80
15 - A visita materna 85
16 - Confidências 90
17 - Em casa de Lísias 95
18 - Amor, alimento das almas 100
19 - A jovem desencarnada 105
20 - Noções de lar 110
8
21 - Continuando a palestra 115
22 - O bônus-hora 120
23 - Saber ouvir 126
24 - O impressionante apelo 131
25 - Generoso alvitre 136
26 - Novas perspectivas 141
27 - O trabalho, enfim 146
28 - Em serviço 152
29 - A visão de Francisco 157
30 - Herança e eutanásia 162
31 - Vampiro 168
32 - Notícias de Veneranda 175
33 - Curiosas observações 180
34 - Com os recém-chegados do Umbral 185
35 - Encontro singular 190
36 - O sonho 195
37 - A preleção da ministra 200
38 - O caso Tobias 207
39 - Ouvindo a senhora Laura 214
40 - Quem semeia colherá 219
41 - Convocados à luta 225
42 - A palavra do Governador 231
43 - Em conversação 237
44 - As trevas 242
45 - No campo da música 247
46 - Sacrifício de mulher 253
47 - A volta de Laura 259
48 - Culto familiar 264
49 - Regressando à casa 270
50 - Cidadão de "Nosso Lar" 276


1 - NAS ZONAS INFERIORES


Eu guardava a impressão de haver perdido a idéia de tempo. A noção de espaço esvaíra-se-me de há muito.

Estava convicto de não mais pertencer ao número dos encarnados no mundo e, no entanto, meus pulmões respiravam a longos haustos.

Desde quando me tornara joguete de forças irresistíveis? Impossível esclarecer.

Sentia-me, na verdade, amargurado duende nas grades escuras do horror. Cabelos eriçados, coração aos saltos, medoterrível senhoreando-me, muita vez gritei como louco, implorei piedade e clamei contra o doloroso desânimo que me subjugava o
espírito; mas, quando o silêncio implacável não me absorvia a voz estentórica, lamentos mais comovedores, que os meus, respondiam-me aos clamores. Outras vezes gargalhadas sinistras rasgavam a quietude ambiente. Algum companheiro desconhecido estaria, a meu ver, prisioneiro da loucura. Formas diabólicas,
rostos alvares, expressões animalescas surgiam, de quando em quando, agravando-me o assombro. A paisagem, quando não totalmente escura, parecia banhada de luz alvacenta, como que amortalhada em neblina espessa, que os raios de Sol aquecessem de muito longe.

E a estranha viagem prosseguia... Com que fim? Quem o poderia dizer? Apenas sabia que fugia sempre... O medo me impelia de roldão. Onde o lar, a esposa, os filhos? Perdera toda a noção de rumo. O receio do ignoto e o pavor da treva absorviam-me todas as faculdades de raciocínio, logo que me desprendera
dos últimos laços físicos, em pleno sepulcro!

Atormentava-me a consciência: preferiria a ausência total da razão, o não-ser.
De início, as lágrimas lavavam-me incessantemente o rosto e apenas, em minutos raros, felicitava-me a bênção do sono.

Interrompia-se, porém, bruscamente, a sensação de alívio. Seres monstruosos acordavam-me, irônicos; era imprescindível fugir deles.

Reconhecia, agora, a esfera diferente a erguer-se da poalha do mundo e, todavia, era tarde. Pensamentos angustiosos atritavam-me o cérebro. Mal delineava projetos de solução, incidentes numerosos impeliam-me a considerações estonteantes. Em momento algum, o problema religioso surgiu tão profundo a meus olhos. Os princípios puramente filosóficos, políticos e científicos, figuravam-se-me agora extremamente secundários para a vida humana. Significavam, a meu ver, valioso
patrimônio nos planos da Terra, mas urgia reconhecer que a humanidade não se constitui de gerações transitórias e sim de Espíritos eternos, a caminho de gloriosa destinação. Verificava que alguma coisa permanece acima de toda cogitação meramente intelectual. Esse algo é a fé, manifestação divina ao homem.

Semelhante análise surgia, contudo, tardiamente. De fato, conhecia as letras do Velho Testamento e muita vez folheara o Evangelho; entretanto, era forçoso reconhecer que nunca procurara as letras sagradas com a luz do coração. Identificava-as através da crítica de escritores menos afeitos ao sentimento e à
consciência, ou em pleno desacordo com as verdades essenciais.

Noutras ocasiões, interpretava-as com o sacerdócio organizado, sem sair jamais do círculo de contradições, onde estacionara voluntariamente.

Em verdade, não fora um criminoso, no meu próprio conceito. A filosofia do imediatismo, porém, absorvera-me. A existência terrestre, que a morte transformara, não fora assinalada de lances diferentes da craveira comum.

Filho de pais talvez excessivamente generosos, conquistara meus títulos universitários sem maior sacrifício, compartilhara os vícios da mocidade do meu tempo, organizara o lar, conseguira filhos, perseguira situações estáveis que garantissem a tranqüilidade econômica do meu grupo familiar, mas, examinando
atentamente a mim mesmo, algo me fazia experimentar a noção de tempo perdido, com a silenciosa acusação da consciência.

Habitara a Terra, gozara-lhe os bens, colhera as bênçãos da vida, mas não lhe retribuíra ceitil do débito enorme. Tivera pais, cuja generosidade e sacrifícios por mim nunca avaliei; esposa e filhos que prendera, ferozmente, nas teias rijas do egoísmo destruidor.

Possuíra um lar que fechei a todos os que palmilhavam o deserto da angústia. Deliciara-me com os júbilos da família, esquecido de estender essa benção divina à imensa família humana, surdo a comezinhos deveres de fraternidade.

Enfim, como a flor de estufa, não suportava agora o clima das realidades eternas. Não desenvolvera os germes divinos que o Senhor da Vida colocara em minhalma. Sufocara-os, criminosamente, no desejo incontido de bem estar. Não adestrara
órgãos para a vida nova. Era justo, pois, que aí despertasse à maneira de aleijado que, restituído ao rio infinito da eternidade, não pudesse acompanhar senão compulsoriamente a carreira incessante das águas; ou como mendigo infeliz, que, exausto em pleno deserto, perambula à mercê de impetuosos tufões.

Oh! amigos da Terra! quantos de vós podereis evitar o caminho da amargura com o preparo dos campos interiores do coração? Acendei vossas luzes antes de atravessar a grande sombra. Buscai a verdade, antes que a verdade vos surpreenda.

Suai agora para não chorardes depois.




Abro espaço para debate sobre o estudo.


Julio Cesar Januzzi Logos
CHANCELER
DUQUE DE KALAMÁRIA
Membro da Soberana Ordem Militar Joana D'Arq
Cavaleiro da Soberana Ordem do Grão Ducado da França
CIDADE DE NOVA CORINTHIUS
Família Logos
Last edit: 22 Jul 2016 11:07 by Julio Cesar Julio Cesar Januzzi Logos (Julio_Cesar).

Por favor Entrar ou Registrar para participar da conversa.

  • Julio Cesar Julio Cesar Januzzi Logos (Julio_Cesar)
  • Avatar de Julio Cesar Julio Cesar Januzzi Logos (Julio_Cesar) Autor do Tópico
  • Desconectado
  • Muito Experiente II
  • Muito Experiente II
Mais
22 Jul 2016 11:31 #33115 por Julio Cesar Julio Cesar Januzzi Logos (Julio_Cesar)
Respondido por Julio Cesar Julio Cesar Januzzi Logos (Julio_Cesar) no tópico [Estudo] Livro Nosso Lar - André Luiz
Como podemos perceber André Luiz, assim que fechou as cortinas do mundo material, adentrou as zonas que nós espiritas conhecemos como Umbral, uma especie de purgatório, de descontaminação, para que o Espirito tenha conhecimento dos erros que cometeu enquanto encarnado, todos nós passamos pelo Umbral, seria como uma faixa de radio, quando estamos procurando uma estação boa passamos pelas ruins. O tempo de passagem depende da evolução e desenvolvimento de cada um e principalmente de como desempenhou seu papel no plano físico. Á aqueles que simplesmente passam pelo Umbral em uma fração de segundo e nem se dão conta de terem passado, mas também há aqueles que sintonizam com aquela frequência e assim permanecem por dias, meses e anos por lá.

Podemos observar nessa parte...

" Em verdade, não fora um criminoso, no meu próprio conceito. A filosofia do imediatismo, porém, absorvera-me. A existência terrestre, que a morte transformara, não fora assinalada de lances diferentes da craveira comum.

Filho de pais talvez excessivamente generosos, conquistara meus títulos universitários sem maior sacrifício, compartilhara os vícios da mocidade do meu tempo, organizara o lar, conseguira filhos, perseguira situações estáveis que garantissem a tranqüilidade econômica do meu grupo familiar, mas, examinando
atentamente a mim mesmo, algo me fazia experimentar a noção de tempo perdido, com a silenciosa acusação da consciência.

Habitara a Terra, gozara-lhe os bens, colhera as bênçãos da vida, mas não lhe retribuíra ceitil do débito enorme. Tivera pais, cuja generosidade e sacrifícios por mim nunca avaliei; esposa e filhos que prendera, ferozmente, nas teias rijas do egoísmo destruidor.

Possuíra um lar que fechei a todos os que palmilhavam o deserto da angústia. Deliciara-me com os júbilos da família, esquecido de estender essa benção divina à imensa família humana, surdo a comezinhos deveres de fraternidade."


... que André Luiz cometeu seus deslizes durante sua vida, o mesmo não usufruiu de maneira correta as bençãos que o Senhor lhe deu.

Não estudou como devia as Escrituras e o Evangelho e com isso pagou alto preço.

Veremos mais a frente outros débitos que o mesmo contraiu que o fizeram parar no Umbral, de primeiro momento basta sermos apresentado as Zonas Inferiores (Umbral) e como a convivência nessa zona é totalmente sofrida, como visto nessa parte;

"Apenas sabia que fugia sempre... O medo me impelia de roldão. Onde o lar, a esposa, os filhos? Perdera toda a noção de rumo. O receio do ignoto e o pavor da treva absorviam-me todas as faculdades de raciocínio, logo que me desprendera
dos últimos laços físicos, em pleno sepulcro!

Atormentava-me a consciência: preferiria a ausência total da razão, o não-ser.
De início, as lágrimas lavavam-me incessantemente o rosto e apenas, em minutos raros, felicitava-me a bênção do sono.

Interrompia-se, porém, bruscamente, a sensação de alívio. Seres monstruosos acordavam-me, irônicos; era imprescindível fugir deles."


Quem pode assistir ao filme pode ter uma melhor noção de como essas zonas são sujas, escuras e com seres que sempre buscam o mal.


Julio Cesar Januzzi Logos
CHANCELER
DUQUE DE KALAMÁRIA
Membro da Soberana Ordem Militar Joana D'Arq
Cavaleiro da Soberana Ordem do Grão Ducado da França
CIDADE DE NOVA CORINTHIUS
Família Logos

Por favor Entrar ou Registrar para participar da conversa.

Moderadores: SA Neimar Bionaz (neibionaz)