MENSAGEM DO REI DA ITÁLIA SOBRE A PRÁTICA MICRONACIONAL E DIPLOMACIA

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Roma, 04 de Janeiro de 2018.

Meus leais súditos e súditas,
Membros da Comunidade Intermicronacional Lusófona:


No último dia 02 de Janeiro, em São Paulo, a Coroa Italiana foi recebida para um agradabilíssimo almoço com a Coroa Alemã, a qual acompanhada de seu chefe da diplomacia e do embaixador alemão em Roma. Deste breve, porém profícuo encontro, saímos com a convicção de que é urgente uma reorientação sobre a práxis micronacional lusófona na atualidade.

Nesse sentido, o Reino da Itália, desde a Era Siciliana, nos idos de 2002, tem se dedicado incansavelmente à promoção do verdadeiro bom micronacionalismo, baseado na promoção de bons projetos e no compartilhamento irrestrito de nosso know-how oferecendo, gratuitamente, toda nossa plataforma, banco, etc. Somos proprietários da lista O Informante, do Portal do Micronacionalismo, promovemos o Tapatalk e, mais recentemente, conduzimos a formação de um campeonato de Fórmula 1, este sob a orientação de Sua Graça o Conde de Ímola que internacionalizou o projeto, como é uma característica da Itália.

Assim, não precisamos destacar o quanto efetivamente, e não apenas nos termos de discursos vazios e falsamente propositivos, realmente atuamos de modo pró-lusofonia. Contudo, não podemos deixar de observar que há aqueles que simplesmente estão a atacar frontalmente a boa prática micronacional, que há aqueles que não honram seus projetos e tampouco se comportam como verdadeiros líderes mas, antes, como irresponsáveis que, de toda sorte, se adonam de títulos cuja dignidade não garantem, mas antes, a destroem.

Nos grupos micronacionais, em redes sociais, o que se vê, verdadeiramente, é barbárie da pior espécie, verdadeira selvageria. Coroas, títulos, representações, tudo é jogado na lama aparentemente sem limites de ofensas de toda sorte. Pretensos "reis" jogam a dignidade de suas coroas em discussões pessoais fazendo uso de baixo calão, recorrendo inclusive ao expediente de ofensas que até hoje e não sei como, confesso, nunca renderam um processo no âmbito macronacional. Homofobia, racismo, tudo já se viu de mais baixo e vil por diferentes atores micronacionais que, só Deus sabe o porque, ainda recebem algum grau de atenção. Não é admissível, não pode ser tolerável a agressão pessoal, atendendo a termos proctológicos, ou atentando contra a honra deste ou daquele, não raro até de suas genitoras.

Seja como for, a partir de hoje, estou dando ordens a que a Chancelaria Real Italiana não reconheça, sob hipótese alguma, ou mantenha qualquer tipo de relação oficial com projetos micronacionais cujos líderes permaneçam a se utilizar de discussões públicas de caráter pessoal, ou que pratiquem qualquer atentado contra a honra e a dignidade de quem quer que seja. A Coroa Italiana acredita historicamente que um mínimo de decência e de dignidade no trato dos assuntos micronacionais deve ser mantido. Chefes de Estado, de Governo ou membros de Estado não podem se colocar sob a tentação da baixeza, da turba insana que confunde debater com bater.

Já foi dito que o micronacionalismo tem sim um lado agressivo e tem sim um lado duro, agreste, o que é uma verdade inconteste. Nem de longe a prática micronacional é um campo florido e lindo onde todos concordam com todos, prontos ao mais alto grau de fraternidade. Contudo, nenhum desses casos autoriza, quem quer que seja, a ser estúpido, violento ou deselegante em suas ações neste hobbie que, aliás, já foi inclusive usado no ataque macronacional a diferentes participantes.

Não posso esquecer, aliás, da total falta de pró-atividade e de dedicação real de pretensos jovens líderes a seus projetos. Esperam tudo pronto, tudo resolvido. Não criam, não inventam, e se recebem algo já pronto ainda esperam que os sirvamos em bandeja de prata. O Micronacionalismo é um aprendizado empírico. Não há um líder micronacional antigo que não tenha trabalhado, de modo autodidata, para aprender a, por exemplo, fazer uma constituição, montar um web site simples ou gerenciar um portal pelas próprias mãos. Aqueles que nunca o fizeram, ou já caíram ou seguem na total inatividade.

A Itália seguirá apoiando bons projetos micronacionais, tal qual um dia fomos apoiados, projetos que tenham de fato um princípio claro, sustentabilidade e seriedade. Porém abandonaremos por completo qualquer um que funde uma micronação apenas para ser chamado de Rei deste ou daquele território na tola crença de que assim será recebido. Não endossaremos, em hipótese alguma a usurpadores, megalomaníacos e nem negociaremos com aqueles que, diuturnamente, atentam contra o verdadeiro bom micronacionalismo, cultivado na ação positiva, na dignidade e no respeito a este hobbie.

O Reino da Itália, em sua tradição de mais de 15 anos, não irá colaborar com o desmonte da prática micronacional, e nem com as barbaridades feitas e ditas em nome desta prática.


PELA GLÓRIA DA ITÁLIA,

PELA GLÓRIA DO MICRONACIONALISMO LUSÓSOFONO