AAH - Clube de Debate Político

A não... daí eu vou ter que discordar hahaha

Pera lá... dizer que a social democracia européia tenha algo de marxista talvez fosse válido até os anos 80. Vá olha pra França, pra grande coalizão a serviço da Troika na Grécia, pra Portugal, pra Alemanha, Itália (!) e me aponte UM partido social democrata agindo como partido social democrata, a única exceção, talvez, talvez, seja o que está pro vir na República Tcheca, onde os sociais-democratas parecem mais pensos a governar com os comunistas do que com a direita. Duvido que vá pra frente essa ideia... Essa crise está tratando de matar a social-democracia européia, tão desonesta e vendida quanto a tupiniquim.

Essa descaracterização ideológica entre direita e esquerda é um dos efeitos do mundo sem alternativas, onde ou se abraça o neo liberalismo OU se abraça o neo liberalismo. Toda alternativa é logo taxada de radical, fanática, despótica, e não tem força financeira pra se impor politicamente, principalmente em países mais estáveis como os europeus e o Brasil.

Honestamente, acho que é melhor sair de casa pra lutar contra algo que não se tem plena consciência do que seja do que permanecer eternamente no berço esplendido do comodismo da casa. Esse jovens tem causa, só não sabem se apropriar devidamente dela ainda, e eu não acho que devam ser tratados como massa de manobra passiva de reprovação. Só acho.

Alo longe avistam uma figura exótica; cabelos compridos, óculos estranhos, roupas pretas. Nas costas um escudo preto com uma chama ao centro, e uma espada elfica na cintura. Vem puxando, com algum considerável esforço, uma carretinha cheia de barris. Ele para aonde deve parar, sobre sobre a carretinha. As luzes revelam o símbolo de "inflamável" nos barris. Ele então abre o primeiro e o tomba. E sem se preocupar em estar sobre os demais, como se o fogo não lhe consumisse, acende uma pequena tocha...

Todos estes manifestantes brasileiros, todos eles, pacifistas ou não, vândalos ou não, que se acham politizados ou que possuem a consciência de que não possuem causa e estão ali por serem vagabundos, precisam morrer para que possamos construir uma sociedade melhor. Não só eles precisam morrer, suas ideias precisam morrer, suas ignorâncias, suas preguiças mentais, sua apatia e, sobretudo, sua luta e seu fervor. É fundamental que morram, eles e suas ideias e seus fervores, é fundamental que deixem a existência e que, talvez, a eles seja aplicadas todas aquelas coisas condenáveis pelos tais direitos humanos. Eles precisam, sobretudo, deixar de existir. Mas não podemos nos esquecer deles, quando se esquece um erro o comete novamente...

Só depois que todas estas pessoas não existirem mais, estes fervorosos ambientalistas, estes fervorosos políticos, estes fervorosos jovens empenhados em causas que nem sabem quais são, é que se poderá, talvez, apenas talvez, traçar um nível para começar a nivelar o alicerce de uma sociedade realmente evoluída. E nada há de justificar os atos e a existência destes formidáveis babacas! Em um país livre, de voto livre, revolução se faz em urnas e protestos úteis são aqueles que acontecem dentro de uma biblioteca sobre uma constituição ou um exemplar do código civil. Todo o contrário é apenas preguiça mental aliada a fervor, não trará nada de bom, nunca trouxe, serve apenas para rodar a roda da zona de conforto ideológico.

No mundo, é fundamental que não exista fervor. Enquanto fervor existir, mundo não há!

Quanto a massa, a massa sempre será moldada! Sempre! A massa é moldada, sobretudo, por ela mesma! O homem da massa é aquele homem que quer a liberdade só para escolher a que sistema escravocrata irá se entregar. Claro, ele não admite ser meramente escravizado, ele precisa escolher a qual senhor seguir. E é esta a noção de liberdade do homem comum moderno contemporâneo. Esta massa, sempre e eternamente, será moldada! E será sempre por ela mesma! É a massa que molda a massa, que busca seus moldes, que os mantém, que os sustenta e paga, sem nem mesmo perguntar o preço. Se quisermos acabar com o molde da massa, só se acabarmos com a própria massa. E não ha conversa, ou se acaba com a massa ou se fica nesta de que é moldada pela burguesia, pelo capitalismo, pelo marxismo, pelo socialismo, pela ditadura, pelas novelas da globo, pelo programa de domingo, pela impressa tendenciosa, pelas redes sociais...

Isso é a massa, uma "massa", literal talvez... Mas é só o que é, uma proporção ambulante que independente do tempo histórico, cultura, momento, condição, posição e cor do esmalte, será apenas e tão somente, massa. Para alguns algo que tem que deixar de existir, para outros "ganha pão", para muitos "ideias e igualdade".

Um esboço de sorriso alucinado irrompe nos lábios, um brilho de ceticismo sádico reflete nas lentes circulares dos óculos. E a tocha cai vagarosamente sobre o líquido derramado.

Ps. estou poético hoje

Hahaha me fez morder bonito.

Bom, eu até entraria neste debate, se há ou não esquerda organizada no Brasil e atuando na esquerda, mas isso daí é outro debate.

O judas a ser malhado desta vez é o anarquismo, que por ser tão desorganizado e ter tanto filisteu em suas fileiras, não é capaz de organizar grupos com a expressão e eco que tem/encontram grupos de origem/influência marxista....