Incerteza, Salvadorismo e Tragédia

Aliás, na minha opinião, eu vou até além da "opinião"... (deram espaço para um narcisista ficar falando de si, aguentem!) pois, pensando em Descartes, como que a dúvida pode superar um "fato". Porquê, além da opinião, muito além da opinião e do fundamento - qualquer que seja - como; aqui uma pergunta, como uma mente racional pode aceitar tirar um ladrão de galinhas para colocar um ladrão de banco? Ou como uma mente ética e racional pode pensar "soberania de maioria" num contexto social no qual a maior parte da sociedade é conduzida e influenciada pelo meio midiático? Como se pode observar na analogia do vaqueiro. Pois ou eu escolho ignorar o contexto, ou sei lá... suprimo a razão? Como que eu jogo isso numa tabela da verdade e tiro algo diferente de uma falsidade? Eu tenho que contrariar a matemática para fazer um negócio destes! É como falar que 1 é diferente de 1 e a soma disso é melhor que 2. É um assombro! Ou assumir que 1 tenha maior valor que 1!

Ai vem a dúvida de Descartes que podemos utilizar para duvidarmos de nós mesmos, dos nossos fundamentos e ai, como vamos explicar, à razão, "a maioria"? Que maioria? Que soberania que há no pensamento conduzido? Sem conhecimento? Precisamos criticar o que é maioria, e duvidar do que nos disseram para sabermos o que de fato vamos concluir sobre maioria e com base em quê. Ah, mas isso ai é minha opinião... Que coisa! Então acreditemos que 1 possa ser melhor que 1, e que o contexto não seja importante para precisar um entendimento de maioria. A gente deixa a ética de fora, coloca a razão para dormir, desconsidera a matemática e segue firme!

Mas ai vamos ter como problema o ato de fundamenta a crítica à maioria a uma mente que sustenta que sim, que existe uma maioria delimitada, que ela é soberana... E que isso se dá por "fatos", por "dados"? Como explicar para a ética e para a razão a situação dos dois ladrões? Não há argumento, ou se conhece de ética e de razão e portanto se concebe a situação como um todo, ou se aponta como opinião, apega-se à crença e, novamente, segue firme.

Até aqui, uma reflexão pessoal que curtir ter comigo mesma! Mas é minha opinião, tal como o contrário será uma opinião contrária. Exceto a parte da matemática, 1 é igual a 1 e pronto!

Voltando a falar de mim, e de como eu gosto da discórdia, não fosse ela eu não teria juntado Descartes e sua dúvida, ao problema da razão e da ética na sociedade atual que, por não duvidar, não se percebe na analogia do vaqueiro. E por quê esta concepção é importante para mim - além de eu ficar relendo isso depois e me achando o máximo - por isso poder declarar a importância da dúvida cartesiana num cenário atual em um contexto, sequer, imaginado por Descartes! E isso é de uma beleza incrível... Claro, beleza é gosto estético de opinião! A concepção do Belo será sempre de opinião, e talvez este seja o maior legado da Estética. E claro, é minha opinião que isso seja belo. Mas é consenso estético que o Belo seja uma opinião.

Cara... não li
Desculpa, mas é como eu disse.

Sem crise! Eu geralmente escrevo para mim mesma!
Na verdade é só a minha opinião, assim como a sua é, só, a sua opinião... Então não perde nada não!
Mas eu fiz um negócio bacana ali da dúvida cartesiana com relação à razão e a lógica!

Vou ler, mas por respeito precisava falar a verdade. Mais cedo ou mais tarde, eu sempre leio.

Mas é sem crise mesmo! E realmente ali eu falo só de opinião, aliás, eu já quase considero pesquisar e compor um artigo sobre o "fetiche da opinião" (o termo me surgiu agora).

Acredito, sinceramente, que a única coisa que precisamos meio que abordar é sobre a "desimportância" que damos às opiniões. Porquê tudo é meio que opinião. E não temos que mudar a de um ou de outro. Porquê convenhamos, "brigar" por causa de opinião é dose né?