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Caverna Filosófica Night Pub
- Líryan Umbria (liryan)
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A resposta para a pergunta “o que é liberdade”, diferente de “o que é ser livre” ainda precisa de alguns bons ajustes. Schopenhauer é de fato brilhante e contundente, contudo, não podemos nos deixar levar por um vidro turvo: fazer o que se quer, não é ser livre.
O que se quer, o que quer, isso, de início, vem de um desejo. Saciar um desejo, em alguns pontos, não é ser livre, é justo o contrário: saciar um desejo é atestar a dependência que se tem daquele desejo. Há, mas então, o que ei de ser fora de meus desejos para saber o que de fato, racionalmente, quero? E aqui começamos em uma profunda investigação ontológica onde ninguém vai ter a resposta de alguém.
Há limites para uma idealização “porra-louquice dos anos oitenta” sobre liberdade. Limites físicos, biológicos, químicos... Então eu acredito que, ainda que a ideia de liberdade e ser livre passe, ao longo da história, por um leque de interpretações subjetivas (porque um escravo do século XVIII se colocado como um trabalhador braçal do século XXI, vai ter uma liberdade incrível) o “o que é liberdade?” pelo menos para mim, ainda é uma questão latente e que precisa ainda ser solucionada.
Claro que esta é uma tarefa para a filosofia, com uma ajudinha ali da antropologia, talvez... E precisa ser contextualizada né, porque, como é que eu poderia ser livre imergida no centro de uma sociedade violenta? Então, neste ponto, me parece que uma das questões da liberdade é: ou ela é para todo mundo ou ela não está para ninguém. Ai começamos a bater de frente com moral religiosa, com o desejo do outro que o domina, com a violência natural do ser humano, com a violência social (produzida a partir do ensino de conceitos violentos), então é uma coisa absolutamente complexa.
E ai morremos na questão que você deixa: que vive cento e poucos anos. E isso com uma esperança da sua parte, pois só uns ai muito afortunados, talvez 1% ou menos, é que chegam, verdadeiramente vivos, a cento e poucos anos.
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- Cesare (Cesare)
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Pelo que estou vendo você não chegou a ler o Pêndulo da Modernidade né?
Ele entraria bem nos conceitos levantados aqui.
Vou recomendar mais uma leitura: Instituição Imaginária da Sociedade - Castoriadis.
Precisamos passar a abordar os aspectos ontológicos da realidade histórico-social e principalmente o que volto a falar, o movimento pendular que ocasiona movimentos sociais no processo de evolução social.
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- Líryan Umbria (liryan)
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Pare de implicar com minhas confusões em nomenclaturas taxativas, sim?
Realmente não li, ainda, sobre o Pêndulo da Modernidade. Mas tendo por base o que você me contou, o que talvez seja o caso - e não discordo de que esta questão tenha muitos aspectos relacionados com a teoria do Pêndulo - é o fato de que, insistentemente, aqui, estamos assumindo uma situação onde, na história da humanidade, não houve evolução.
Não tenho dúvidas de que o pêndulo seja uma teoria bastante válida para nos nortear sobre questões políticas, sociais, que vão estar, a meu ver, inseridas no contexto de progresso - e não evolução - humano.
Agora, isso nos traz uma outra urgência: delimitarmos o que, diabos, é evolução humana. Talvez a maior confusão esteja nisso pois, pode ser e muito provável que, o que eu estou considerando como evolução humana, e que para mim nunca existiu, ainda. Para você pode ser outra coisa, assim como que para você tenha existido uma evolução humana e esta possa ser explicada pela teoria do Pêndulo.
Digo isso pois, eu concordo 100% sobre o que me falou sobre o Pêndulo, portanto em um contexto que eu chamo de "progresso humano" e não "evolução humana".
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- Julio Cesar Julio Cesar Januzzi Logos (Julio_Cesar)
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- Cesare (Cesare)
- Visitante
Eu entendi a sua concepção de evolução ontem, você me explicou muito bem.
No caso, acredito que evolução teria diversos significados, de teorias biológicas até concepções políticas, mas vou tentar explicar minha visão, o universo está em constante expansão, é impossível regredir, portando não ocorre uma involução, estamos em constante evolução, sempre em frente. Na questão histórico-social, o Ser humano faz parte dessa lógica, bem como tudo, V.A não é o mesmo de ontem, não pode voltar no tempo, portanto mesmo que cometa os mesmos erros hoje, não serão os mesmos ontem, existem sempre diferenciais.
Observe no ponto de vista político, o autoritarismo era regido na imagem um déspota que emprega de uma autoridade tirânica para dominar (concepção pré-medieval ou medieval), agora observe um tirano pós-medieval, o ornamento ao redor do poder absoluto é outro, porém a concepção de tirania e autoritarismo é a mesma, mas com ornamentos diferentes, porque negando ou não, tudo evoluí. O Pêndulo não nega que seja algo bom ou ruim, ao meu ver, mas ele diz que no processo de evolução da Sociedade, tendemos a adotar políticas pré-modernas na modernidade, o que não tira seu status de moderno, apenas gera uma realidade pré-moderna com ordenamentos modernos.
A minha ideia é de que evoluímos nesse sentido, porém se para você, evolução social é uma questão de chegarmos a um nível bom, de igualdade e etc, ai sim pode ficar difícil aceitar a ideia. Mas ela faz sentido e explica os movimentos sociais em uma lógica de observação, o que facilita os estudos, já que somos inseridos no contexto que devemos estudar, portanto, corremos o risco de nos envolver e influenciar o que devemos estudar com neutralidade.
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