- Postagens: 3073
- Karma: 26
- Obrigados Recebidos: 1345
Edite sua assinatura
Para identificação automática em seus posts, use a assinatura do perfil. Para isso vá em Seu Perfil (menu de usuário, a direita no portal) e depois em Editar e Atualizar Perfil. Ali, na guia "Informações de Contato", ao final, há um campo de assinatura. Crie a sua e mantenha ela sempre atualizada!
Se você for um súdito da coroa, use o seguinte formato:
SEU NOME COMPLETO
Súdito da Coroa Italiana.
** Para personalizar sua assinatura, dispomos de um rápido tutorial em "Ajuda" >> "Tutorial Ilustrado", no menu principal do Portal.
Caverna Filosófica Night Pub
- Líryan Umbria (liryan)
- Autor do Tópico
- Desconectado
- Moderador
Então, na época da abertura do Caverna eu pensei em abrir um Liceu de Filosofia, e até comecei a fazer as duas coisas, mas o ambiente do Caverna se tornou mais adequado a nossa realidade promovendo uma possibilidade de maior debate.
Aqui podem ser postados textos de questões bastantes básicas e introdutórias na filosofia, o que até posso fazer caso exista interesse. E também pode ser um ambiente de descontração, para postagem de questionamentos, de textos, vídeos... Enfim, em um ambiente de "pub" que traz a descontração e a reflexão de "café filosófico".
O grande problema que acabei encontrado nas aberturas de faculdades micro e afins é que tecnicamente são coisas complexas e com o pouco contingente fica tendo pouca gente, e ai fica complicado estabelecer grade curricular, formas de avaliação... Então penso que assim como uma coisa mais fluida e dinâmica fica mais viável.
Por favor Entrar ou Registrar para participar da conversa.
- Líryan Umbria (liryan)
- Autor do Tópico
- Desconectado
- Moderador
- Postagens: 3073
- Karma: 26
- Obrigados Recebidos: 1345
Similar a este movimento autista temos a situação das pessoas com down, de toda comunidade LGBT+, das pessoas com necessidades especiais, surdos, cegos... E como um primeiro exemplo vou citar a abordagem dada às crianças supostamente com TDH (a coqueluche infantil do momento). Quando, em uma escola, alguém encaminha uma criança para um diagnóstico de TDH, geralmente, algum profissional que não tem especialização nisso mas que observando o comportamento da criança em comparação com um “padrão idealizado”, começa um tratamento/medicamento que tem por função tornar a criança mais confortável para o meio onde ela está! A gravidade deste posicionamento que é uma “cultura do pensar” é que, a nossa sociedade, em função de vários aspectos culturais e morais, sempre tende a querer pegar o que lhe é diferente e tornar mais confortável para si.
Em momento algum uma criança com TDH hoje é “tratada” priorizando seu conforto, ela é tratada para se tornar mais confortável para o meio. O mesmo princípio de pensamento vai desde trazer problemas para os altistas como ser base de obscenidades éticas como a tal “cura gay”.
A grande questão é: nossa sociedade não quer fazer contato! Somos assim um sociedade colonizadora, que quer dominar, extinguir o diferente e ser impor, aniquilando as possibilidades de existências diferentes. E isso acontece não só em “ápices históricos” como no caso do Nazismo como também em “micro atividades” que é o contato de cada um com cada um.
Há umas três, quatro semanas, presenciamos onde trabalho um exemplo excelente. Uma aluna, criança, do fundamental anos iniciais, evangélica, disse para uma colega algo mais ou menos como: “você tem que tirar seu esmalte, pois ele é lindo, mas como eu não posso usar, você tem que tirar porque eu te odeio”. Esta frase forte até para uma adulta foi dita sem cerimônias por uma criança. E retrata o cerne do que hoje existe enquanto educação religiosa de massa no país.
Dentro disso tudo meu questionamento a todas e todos é: nós estamos mesmo cientes de nossos atos e estamos mesmo interessadas em nos comunicarmos com o outro em sua realidade, ou apenas queremos o conforto de não ver nada que nos desagrade? Há alguma ética em nós, ou apenar mora? Há nas pessoas o princípio do amor que o cristianismo tanto fala da boca para fora, ou apenas a subversão do cristianismo adaptado para um movimento colonizador?
Por favor Entrar ou Registrar para participar da conversa.
- Líryan Umbria (liryan)
- Autor do Tópico
- Desconectado
- Moderador
- Postagens: 3073
- Karma: 26
- Obrigados Recebidos: 1345
- Na Austrália estão incluindo nas escolas educação de gênero e sexo para a igualdade e diminuindo violência contra a mulher.
- Na Finlândia aulas mistas, alunos ficando no máximo umas 5 horas nas escolas, educação para lidar com as emoções, e baixos índices de violências sexuais, de gênero, e alto IDH.
- Na Suíça a educação obrigatória começa aos seis anos e a educação é descentralizada focando a socialização e eles vivem fechando cadeias.
- Na Islândia há constantes e massivos investimentos na educação e um dos mais baixo índices de violência do mundo.
No Brasil a gente segue com "escola sem partido", quase obrigando fantoches infantis a ficarem o dia todo na escola a partir dos quatro anos, proibindo os professores de abordarem qualquer tema que constranja fundamentalismo religioso, pagando os menores salários de nível superior e sonhando ser "zoropa". Eita lelê...
Por favor Entrar ou Registrar para participar da conversa.
- Rodrigo Bastos Aldobrandeschi (robastos)
- Desconectado
- Muito Experiente II
- Postagens: 668
- Karma: 4
- Obrigados Recebidos: 448
A escolha de palavras para lidar com a situação é o primeiro obstáculo encontrado para redigir sobre o assunto, quem não tem a experiência do convívio com os diversos pensamento e formações individuais pode cometer gafes durante a escrita.
A questão é tem-se por comum que os indivíduos se adaptem às sociedades e não o contrário, este pensamento engessado ainda é bandeira em países sub desenvolvidos como o que vivemos, no entanto assim como essa não deve ser a atitude acertada não é certo que a sociedade se adapte à um ou outrem. o "ceder" deve ser mútuo, nem um nem outro deverá prevalecer. A palavra chave para esta questão é RESPEITO. A partir do momento que um respeitar o direito humano do outro o caminho começará a ser trilhado.
É exatamente isso que começa a acontecer nas nações citadas, não estão obrigando ninguém a ser de uma forma ou de outra (até porque isto não é bem uma escolha), mas estão promovendo um entendimento, acatando que é cada indivíduo é um indivíduo existente e deve ser considerado da mesma forma que qualquer outro com os mesmo direitos.
A religião é base para o pensamento balizador que temos hoje (por isso tenho preferido as filosofias, principalmente as orientais). A religião tem um padrão do "seja assim ou sofrerá consequências(divinas)", quando o ideal para a boa convivência é o "viva e deixe viver". Em Thelema há duas frase que já foram cantadas por Raul Seixas que diz "cada homem, cada mulher é uma estrela" e "O amor é a lei, amor sob vontade", isso é o suficiente para que a vida não seja impedida ou mitigada de forma alguma.
Por favor Entrar ou Registrar para participar da conversa.
- Líryan Umbria (liryan)
- Autor do Tópico
- Desconectado
- Moderador
- Postagens: 3073
- Karma: 26
- Obrigados Recebidos: 1345
Há tanta coisa interessante para comentar na sua postagem que, neste momento, não sei bem nem por onde comentar. Primeiro, fui lendo o que escreveu, as ideias ali. E, me veio a ideia de como as famílias aqui no Reino "espelham" as casas de Hogwarts, e de como isso meio que se liga no macro e às afinidades que temos e construímos. Pois, ao ler, me veio a imagem do Augusto, de toda a história dos Aldobrandeschi, das posições históricas e os diálogos que seguem numa linha histórica. E isso é tão interessante, ver hoje, depois de tantos anos um Aldobrandeschi que "encarna" a família em si.
Vamos vendo nisso as afinidades que se ligam e constroem...
É interessante que nestas abordagens a gente vê que a pior propaganda de alguns pensamentos religiosos é ele próprio, pois, de fato o pensamento religioso é uma base da sociedade. Nossa sociedade nunca e ainda não se estruturou e baseou em pensamento científico ou filosófico, e a esta sociedade se vê ai o que é e sempre foi. A história não perdoa... E no fim é uma grande questão pois, na moral - que move a sociedade religiosa, nada há de religiosidade né? E ai alguns pensamentos orientais, e assim como africanos - a filosofia africana é bem interessante - surgem como uma "base ética" onde o Ser se volta para si. Diferente da base moral onde o Ser se volta para os demais.
É poderoso dizer que cada um é uma estrela, pois evoca o caminho do budismo em que pode levar qualquer um à iluminação, e isso desconstrói, absolutamente, toda a moral religiosa monoteísta onde se deve meramente crer e seguir uma moral social, e ter por certeza que assim "se salvou". O grande problema, talvez, esteja no fato de a ética não ser subjetiva e a moral ser.
Por favor Entrar ou Registrar para participar da conversa.