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LIFA - Liceu Filosófico de Avola

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14 Nov 2016 23:35 #34421 por Líryan Umbria (liryan)
LIFA - Liceu Filosófico de Avola foi criado por Líryan Umbria (liryan)
LIFA
Liceu Filosófico de Avola

Aproveitando o ambiente de pluralidade que aqui encontramos e construímos para, na Comuna de Avola, fundar este Liceu que objetivará propagar idéias, filosofias e debates de natureza filosófica e, também, religiosa, cujo objetivo está em sinergia com a possibilidade de construção de uma humanidade mais crítica, racional e em direção à uma melhoria efetiva.

Para esta abertura escolhi um trecho do livro História das Crenças e das Ideias Religiosas, volume II, “De Gautama Buda ao Triunfo do Cristianismo” do historiador das Religiões Mircea Eliade.

“O budismo é a única religião cujo fundador não se declara nem profeta de um deus nem seu enviado, e que, além disso, rejeita até a ideia de um deus-ser supremo. Mas ele se proclama "desperto" (buddha), e, por conseguinte, guia e mestre espiritual.”

Aqui, em minha interpretação do trecho, a maior possibilidade declarada pelo budismo é justo a possibilidade de ascensão do praticante ao estado de “desperto” (Buda). Ao se posicionar, como se posiciona Sidarta, ele apresenta a todos os que podem se interessar por budismo, um sistema ao alcance de todos, indistintamente. E talvez seja esta uma das maiores possibilidades e diferenciais do budismo enquanto sistema religioso, que possa apresentar uma visão de melhoria do Ser em quanto Ser baseado, sobretudo, na sua condição prática. E não no restrito exercício da crença.

Nesta interpretação o budismo se aproximará da filosofia, que busca, a partir do fortalecimento da razão e do desenvolvimento da lógica, permitir, a quem quer que seja, indistintamente, melhorar-se enquanto Ser.

Assim, ao alcance de todos, indistintamente, abro e mantenho abertas as portas deste Liceu, nas terras de Avola, precisamente na parte posterior do Castelo de Avola, para que nele se possa dialogar, debater e construir práticas que possam não só construir questionamentos críticos como, e sobretudo, construir possibilidades de uma prática cotidiana que nos permita, efetivamente, melhorar enquanto Ser.

Sobre a possibilidade e apoiada nos pilares da lógica e da razão, abro as portas deste Liceu.

Profª. Líryan Kawsttryänny

Vostra Altezza Líryan Lourdes Kawsttryänny Umbria
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15 Nov 2016 13:02 #34422 por Líryan Umbria (liryan)
Respondido por Líryan Umbria (liryan) no tópico LIFA - Liceu Filosófico de Avola
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O mito da destruição como possibilidade de melhora

Diversos pensamentos religiosos, e talvez, de forma mais proeminente aquelas desenvolvidas no ocidente, abordam o mito da destruição como possibilidade de melhora, sendo comum encontrarmos estruturas de mitos “fim de mundo” como motores motivadores para a possibilidade de um “mundo melhor”. São diversos mitos que contextualizam a possibilidade de um “mundo melhor” somente a partir de um ponto de “destruição completa”. Somente após um cataclismo, e seguindo a ele a manifestação do divino, que passa a surgir a possibilidade de uma civilização “melhor”, porém, composta apenas pelos “integrantes salvos”. E aqui se declara uma unilateralidade ao pensamento: todo o mundo precisa ser destruído para que “meu mundo” possa ser construído, e assim ser o mundo, um mundo melhor.

Exterior à esfera religiosa a aceitação do mito da destruição como possibilidade de melhora se mantém, em diversas culturas populares, seja no ocidente ou oriente, se observa o aparecimento de pensamentos que compartilham com a idéia de se precisar ter uma destruição completa para então termos a possibilidade de construção de um “mundo melhor”. Fora das manifestações do pensamento religioso podemos observar esta manifestação de pensamento, especialmente, na cultura globalizada dos filmes apocalípticos. De Godzila às incontáveis invasões alienígenas, do aspecto local “uma cidade” ao aspecto global “todo o planeta”, a cultura cinematográfica apresenta centenas de filmes que trazem o contexto de que o mundo precisa ser destruído ou passar por uma grande catástrofe para poder ser “reconstruído” como “lugar melhor”. Nesta estrutura, fortemente endossada pelos sucessos dos filmes, continuamos a ver a estrutura unilateral do que seria “mundo melhor”, assim como o “flerte” social para com a concepção de que o mundo precisa ser destruído para ser “feito melhor”. Os filmes apocalípticos abordam, em comum, a ideia de que o “mundo melhor” será construído por aqueles que sobreviveram à catarse, quase sempre, “os que lutaram visualmente por seu mundo”. E ainda que esta abordagem mostre um contexto “mais plural” extrapolando a idéia de coletivo unido pelo pensamento religioso, ela matem a estrutura de “mundo sendo destruído” e isso como possibilidade única para a construção de “mundo melhor” por aqueles poucos que sobreviveram, centrando, ainda, a responsabilidade de construção do mundo naqueles que “assumem lideranças”.

Fora da abordagem dos mitos religiosos e das abordagens cinematográficas pudemos observar ao longo da história pensamentos e atos concretos de grupos que, acreditando no mito da destruição como possibilidade de melhora estruturaram sistemas de destruição em massa objetivando a construção de um “mundo melhor”. Como elemento mais próximo e significativo podemos citar o pensamento nazista e a estrutura de se movimento rumo à conquista e o objetivo de “melhora”. O nazismo nos traduz, fielmente, o impacto do pensamento de destruição para “melhora” aplicado em termos práticos na cultura humana. E ainda, declarando a unilateralidade do pensamento: apenas um grupo é digno de salvação, apenas uma cultura é digna de se manter, apenas uma idéia é passível de prosperar. E isso só será possível após a destruição de todo o restante. Na prática o movimento nazista vai instituir este pensamento e mostrar ao mundo o terror de sua sustentação. Ou seja, a destruição do mundo como possibilidade de arquitetura para um “mundo melhor” para aqueles “escolhidos” a ocupar o “mundo melhor”.

Um dos funis deste pensamento da destruição como possibilidade de melhora é, justo, a unilateralidade. Em todas as suas estruturas aparece presente e em comum a idéia de que apenas um grupo específico tem o direito de sobreviver: participantes deste ou daquele pensamento religiosos, integrantes deste ou daquela linha de pensamento e cultura, indivíduos com este ou aquele poderio econômico ou característica intelectual... O que declara que o mundo pós-apocalíptico não aceita a possibilidade de pluralidade. E esta declaração acaba por encontrar “coro” no que se vem observando enquanto falência dos sistemas globalizados. No mundo atual, no momento isento de grandes guerras globais, as linhas de pensamento globalizado começam a flertar com movimentos de segregação e destruição como resposta para a construção de um “mundo melhor”. Novamente, a estrutura de “melhor” estará intimamente relacionada ao “grupo dominante”, e como este grupo deseja e idealiza seu mundo. Assim como se matem a “arquitetura pela destruição”.

Aqui surge o questionamento central deste texto: é realmente preciso intolerabilidade, segregação e destruição para a construção de “mundo melhor”? E se sim, declarado que este “mundo melhor” nada mais será que o exercício de um grupo sobre os demais, que grupo? E ainda, dentro de um questionamento racional, lógico e ético: como aceitar qualquer um entre os diversos grupos? Ficam então os questionamentos, e a pergunta central: é preciso destruir para melhorar, ou se pode, meramente, racionalmente e dentro de uma postura ética, evoluir e buscar a construção e não a destruição como arquitetura de melhora de mundo?

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19 Nov 2016 12:16 - 19 Nov 2016 12:29 #34443 por Líryan Umbria (liryan)
Respondido por Líryan Umbria (liryan) no tópico LIFA - Liceu Filosófico de Avola
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O novo, o careta, a juventude e suas possibilidades a partir do desconhecimento

Em uma conversa informal com uma jovem de dezoito anos, que está a terminar o ensino médio, que já passou em alguns vestibulares e prestou ENEM, ouvi dela a declaração: “não sou careta”, seguida de uma ênfase na importância de não ser, careta. Outra professora presente comentou da estranheza apresentada pela juventude de hoje, e no assunto se desenvolvendo, observando a importância dada e à ênfase no “não sou careta”, convido todos a um “passo atrás”, assim como fiz com a aluna e a professora, para esclarecer a minha afirmação: sim moça, você é careta!

Careta, nos anos noventa, nas imediações da instituição em que estudei, naquele turno noturno, era gíria para “cigarro”. E aqui vemos declarada a necessidade de se conhecer os termos, ao menos, minimamente. Careta, por si mesmo, é um substantivo feminino que identifica uma provocação facial. Não é o sentido que queremos. Careta também é um substantivo e adjetivo de dois gêneros que declara o indivíduo tradicional, que é conservador. Apesar de “careta” ter outro sentidos, como o de ser gíria para cigarro, aqui encontramos o nosso, este “segundo bi-partidário” e é com ele que vamos seguir.

Cientes de que careta é aquele, ou aquela, que assume uma postura conservadora e tradicional, surge a segunda pergunta: o que é ser conservador e tradicional? Dentro do contexto que abordamos aqui o significado para “conservador” mais apropriado é: “o que preserva de alteração”, assim como o significado para “tradicional” é: “a manutenção dos costumes de tradição para tradição”. Assim nossa “equação” assumirá como resposta que: careta é aquele que busca preservar a manutenção dos costumes tradicionais. Até aqui, nada de novo, literalmente!

E até este ponto nada mais fizemos que nos situar linguisticamente. A importância disso se deu pois, aquela jovem, que está finalizando o ensino médio, que passou em alguns vestibulares, que espera a nota do ENEM, e que assim personifica a educação nacional, tinha por entendimento que “careta” era aquela pessoa que não abusava do álcool, não fazia sexo, não fumava, não ia a festas... E este pensamento sobre o que é “ser careta” nada mais é que um erro comum, continuado pela manutenção do costume de tradição para tradição. Ou seja, uma baita caretice! Nada mais careta que acreditar que ser careta é não beber! Pois a geração passada pensou assim! A geração antes dela, também...

Neste ponto, resolvemos o problema do termo, mas encontramos o problema da “geração”. Qual geração? Que geração? Se precisamos apontar a sustentação da geração para darmos significado ao termo “careta”, vamos ter que incursionar em uma breve investigação da geração. Comumente um humano perpassa por cinco gerações: a dos avós, a dos pais, a própria, a dos filhos e a dos netos. Claro que em alguns casos se acerta um bisavô ou bisneto, mas... Não sendo exatamente comum, vamos nos ater a “cinco gerações”. Destas cinco as que o indivíduo pode, de início, se basear para ter uma postura “careta” é a dos pais e a dos avós – a continuidade da tradição. Até por estarmos falando de jovens que, a menos que por caretice, não estão em idade de ter filhos!

É razoavelmente simples compreender – exceto pela má vontade intelectual, tema que pretendo abordar em breve – que os conhecimento e “tradições” de uma geração devem ser utilizados para melhorar as possibilidades das gerações vindouras, ao invés de serem simplesmente reproduzidos nelas. Se não há sentido em tratar a geração vindoura com os mesmos métodos e medicamentos das gerações passadas, se não há sentido em usar as mesmas ferramentas para um tratamento dentário, se não há sentido em usar os mesmos métodos de engenharia, e tudo o mais, não há sentido em usar os mesmos pensamentos, as mesmas respostas, as mesmas formas de conduta social. Pois tudo pode ser melhorado! E, especialmente, se houve o pensamento para a melhora, é caretice manter o velho.

E se é razoavelmente simples compreender que não se irá repetir os acertos, pois em evolução irão se tornar outras coisas novas, e os erros, por terem sido erros, das duas gerações imediatas, querer manter das gerações de cem, quinhentos, mil anos atrás, assume ares de insanidade.

Voltemos ao tema central: a caretice da jovem que não se percebe careta! Ao não se perceber careta a juventude declara um dos problemas centrais deste texto: as possibilidades desta juventude a partir do que ela desconhece. Ou seja, a juventude não se vê careta, mas por possuir um conceito equivocado do que é ser careta. Acreditar que ser careta é admitir um comportamento específico idealizado e fundamentalmente delimitado inibe o conhecimento do comportamento de sustentação da tradição, que por excelência vai ser o comportamento nativo do careta. O fenômeno do homem que é e não se vê, e que é observado em todos os grupos fundamentalistas ou “ultra” da atualidade.

O “não careta”, falando do jovem, é justamente aquele que não estará repetindo os comportamentos das gerações anteriores a ele! Este jovem é que possuirá a possibilidade do novo. Se o novo será melhor ou pior, outra história! O caso é que o novo é raro, e a sustentação da tradição tem, cada vez, se mostrado um erro, em razão das atmosferas sociais que vai arquitetando. E aqui terminamos com a pergunta fundamental deste texto: o que poderá uma juventude que se desconhece no contexto em que existe?

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Last edit: 19 Nov 2016 12:29 by Líryan Umbria (liryan).

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27 Nov 2016 13:40 #34456 por Líryan Umbria (liryan)
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Sobre a desonestidade intelectual

Este texto, apesar de também ser um texto de opinião, difere dos demais em razão de que, o conhecimento que fundamenta a opinião aqui exposta se deu a partir de observações do cotidiano da cultura brasileira. Mais especificamente, da cultura brasileira do Sudeste, de Minas Gerais, das famílias de classe média à baixa, da região metropolitana...

Dito isso, o que venho a considerar aqui como “desonestidade intelectual” é um fenômeno observado na quase totalidade das pessoas que as permitirá a estas pessoas, dentre outras coisas, quantificar a honestidade. Neste sentido trata-se de um fenômeno que abordará questões éticas e ontológicas, além de impactos sociais. A quantificação da honestidade a partir da desonestidade intelectual irá possibilitar ao indivíduo não se perceber enquanto “ser desonesto”, no fenômeno a honestidade não é uma característica do ser e sim uma possibilidade gradual que sofrerá modificações de valores em razão dos desejos e aspirações do ser. Ao possibilitar ao ser não se perceber enquanto agende causador daquilo que afirma repudiar a desonestidade intelectual possibilitará também o surgimento de várias possibilidades sociais, como o racista que não se vê racista, o machista que não se vê agressor da mulher, o trabalhador de direita que não se percebe escravizado...

Grosso modo, assumir uma possibilidade de graduação para a honestidade trata-se de uma postura cultural e social onde a honestidade deixa de ser “a qualidade de honesto do Ser” para se tornar “a aceitação de atos de desonestidade em razão das possibilidades para o Ser”. Em exemplos é o fenômeno que permite o Ser realizar contravenções sociais sem sentimento de culpa por considerar que as mesmas são “permissíveis” em razão de serem “pequenas”. Contravenções no trânsito, descarte de lixo nas ruas, utilização de fogos e de outros artifícios sonoros em “datas específicas”, posturas sociais... De igual forma, o racista que não se vê racista pois apenas “não quer para si envolvimento com o outro em razão de sua raça”, o homofóbico que não se percebe assim pois “não é homofóbico, apenas não considera correto que as pessoas sejam gays, e não os quer ver por ai”, o machista que não se vê como tal “pois apenas entende que é cultural a postura – em razão de culturas de dois mil anos atrás...”.

Várias são as manifestações de posturas de conduta, ética e ontológica, que surgem na sociedade como possíveis e manifestadas e que vão encontrar na desonestidade intelectual a base de sua possibilidade. Pois será na posição de desonesto intelectualmente consigo mesmo que o Ser se permitirá realizador de contravenções e manutenções de culturas da violência, ao flexionar a honestidade – assim como posturas sociais – para sustentar seus pontos de observação e suas posturas de conduta social. Neste sentido o Ser desonesto intelectualmente não pode ser ético, apenas, moral.

O desonesto intelectual será, sobretudo, aquele que quer o mundo apenas conforme seu idealismo estético e cultural, não assumindo a possibilidade da pluralidade cultural. É o Ser que, pensa o mundo a partir de si, o mede a partir de si, o quer para si – somente. Inclusive não aceitando que o outro se valha do mesmo pensamento para justificar “seu outro mundo”. Como se pode ver na reação social à corrupção. A corrupção passa a ser condenada a partir apenas do que não está se beneficiando com ela, naquela abordagem específica do que se considerar, no momento específico, como sendo ato de corrupção. Ou seja, o desonesto intelectual condenará a corrupção do outro – um governo, uma figura política – mas atenuará a própria – o recebimento de um pequeno suborno, a aceitação da venda de indulgência... – em função de desonestidade que constrói no próprio intelecto para justificar a graduação da honestidade, conduzindo a visão de mundo para, unicamente, a manifestação de sua cultura própria, de seu Ser próprio e sua vontade.

Assim termino mais um texto deste Liceu deixando, como sempre, um questionamento: o que esperar de uma sociedade cujo intelecto formador é guiado pela desonestidade?

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  • Miguel Aldobrandeschi (MiguelSobrinho)
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28 Nov 2016 10:58 #34459 por Miguel Aldobrandeschi (MiguelSobrinho)
Respondido por Miguel Aldobrandeschi (MiguelSobrinho) no tópico LIFA - Liceu Filosófico de Avola
Eu acho que hoje em dia a sociedade classifica a desonestidade semelhante as multas de trânsito: Infrações leves, médias, graves e gravíssimas. Normalmente o EU está sempre nas infrações leves, enquanto que o OUTRO está em níveis mais altos, dependendo da forma que é praticado o ato ou os valores, além da sua classe social. Quanto maior a classe, mais grave é o seu deslize.

Essa classificação serve mais para não pesar na consciência do indivíduo. Esses dias vi no facebook uma postagem do tipo: O que é mais grave, roubar milhões ou roubar uma galinha pra matar a fome da família? Claro que houve várias respostas, mas a questão é o fato de complementarem com "para matar a fome da família" para tentar amenizar o ato praticado, e assim torná-lo tolerável pela sociedade. Independente do motivo, roubo é roubo e sua punição é prevista em lei, variando apenas na forma que é praticada.

Mas respondendo ao seu questionamento, eu não espero mais nada da sociedade. O que guia a sociedade hoje são os valores individuais, cada um pensando em si, torcendo apenas para que o EU não seja prejudicado pelo OUTRO.

S.G. Miguel Aldobrandeschi
Marchese di Monreale
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Pace e Speranza

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