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LIFA - Liceu Filosófico de Avola

  • Líryan Umbria (liryan)
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11 Dez 2016 01:19 #34545 por Líryan Umbria (liryan)
Respondido por Líryan Umbria (liryan) no tópico LIFA - Liceu Filosófico de Avola
LIFA
Precisamos falar sobre os novatos.

Nem só de assuntos macronacionais vive nosso Liceu, afinal, é um Liceu Filosófico situado na Comuna de Avola, e se levantamos questionamentos sobre questões macronacionais, por que não levantar questionamentos micronacionais?

Hoje me chamou atenção a publicação de mais uma declaração de solicitação de cidadania. Olhando rapidamente as ultimas páginas do tópico destinado à solicitação de microcidadania observei um significativo número de pretensos súditos que, apesar de solicitarem microcidadania, nunca vimos – ou nunca vi, se for melhor assim – por ai.

Não posso ser ingênua ou me ausentar de minha experiência micro, já tendo passado por aqui uma pessoa que cria que fossemos um movimento macro italiano, e objetivando dupla cidadania macronacional, realizou inscrição no portal e se tornou brevemente súdito por achar que isso pudesse lhe ajudar em conseguir cidadania macro italiana, não posso virar os olhos para casos que sempre vão acontecer de pessoas que vão, simplesmente, por algum motivo torpe, perder tempo realizando um cadastro, um juramento, sem ter nenhuma noção do que está fazendo. Afinal, assim é o homem que quer mas “não sabe o que diabos o quê”.

Fora estes casos “excêntricos” temos aquelas pessoas que vão ver nosso portal, vão se sentir as pessoas mais nerd´s do mundo, vão pensar que o “the nerd´s is a new black”, mas vão perceber que aqui é “hardcore” e nunca mais vão aparecer. E fora estes “noobs” temos aqueles que realmente estão intencionados a fazer parte desta maravilha que é o país modelismo. Pois bem, são estas as almas que nos interessa! E claro que, aqui, falando disso, sempre me lembro do ilustre Duca de Catanzaro em uma de suas célebres frases: “micronacionalismo é para poucos”.

Pois bem, “noobs” fora, vamos focar naqueles que entram, possuem um interesse real, sabem que estão entrando em uma rede social que pretende manter a construção de uma nação – coisa complexa – mas que, por – ai sim – falha nossa, não consegue iniciar atividade por algum motivo que desconhecemos. E eis o ponto sobre o qual precisamos dialogar, eis o ponto sobre o qual precisamos interrogar os novatos, eis o ponto sobre o qual precisamos pensar e mudar e trabalhar até que “upemos de nível”.

Aqui surgem as perguntas: o que podemos fazer para nos aproximarmos mais dos pretensos cidadãos que entram mas não conseguem engajar atividade? O que podemos fazer para ajudar estas pessoas? O que podemos fazer para atender às dúvidas destes pretensos súditos que perdem o tempo deles fazendo inscrição em nossa nação?

O que lhes falta? O que nos falta? São sem dúvidas uma série de questionamentos que nos fazemos há mais de uma década e não encontramos respostas. Já tentamos cartilhas, já tentamos ação conjunta, já tentamos manuais, já tentamos esforços coletivos, já tentamos incentivos, já tentamos uma série de coisas sem êxito algum! Sim, estou assumindo, afirmando, declarando – desgostosamente – falhamos ano após ano, mediocremente, em conseguirmos segurar aquelas pessoas que fazem suas inscrições no nosso Glorioso Reino.

Me ocorreu, entretanto, que ainda não exploramos de todo as iniciativas individuais em direção a buscarmos uma reversão da situação. Porém, não estou falando de “brigarmos” por súditos, não estou falando de disputarmos – como fazíamos – os pretensos que apareciam no micronacionalismo à mais de uma década – talvez quase duas – pois o público mudou, a juventude mudou, nós mudamos, a atividade de micronacionalismo mudou – felizmente – para muito melhor e não tenho dúvidas de que o Reino da Itália tem iniciativa nisso.

Assim, construo aqui mais uma pergunta – talvez a mais importante para nós que todas as que fiz – o que podemos fazer para transformar pretensos cidadãos em súditos deste Reino? E como a noite é de aventuras e eu estou linda e maravilhosa bebendo uma Red Ale, pela primeira vez, esboço uma resposta: como sempre, Avola sai à frente!

Vostra Altezza Líryan Lourdes Kawsttryänny Umbria
Duchessa d´Avola
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22 Dez 2016 23:26 #34579 por SMR Francesco III Pellegrini (Francesco)
Respondido por SMR Francesco III Pellegrini (Francesco) no tópico LIFA - Liceu Filosófico de Avola
que venham mais textos de nosso duque filósofo :)

att


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Re Costituzionale e Difensore Perpetuo d'Itália
Protettore della Serenissima Repubblica di San Marino e dell'Ordine di Malta.
Duca di Bologna, Catania, Palermo, Torino, Napoli,
Reggio Calabria, Firenze, Taranto, Perugia, Benevento, Aquila e Cagliari.
Duca di Smirna, in Pathros
Duca di Dumfries, nella Scozia
Duca di Cimiez, nella Francia
Duca di Hohendorf, nella Prussia
Markgraf von Greifenberg, nella Germânia
Conte di Porto Alegre, in Piratini
Gran Maestro dell'Ordine di Palermo
Gran Maestro dell´Ordine di Garibaldi
Gran Maestro della Reggia Ordine Italiana dell´Attività Micronazionale
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Cavaliere Gran Croce dell'Ordine della Perla Nera, Pathros
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24 Dez 2016 12:21 #34588 por Líryan Umbria (liryan)
Respondido por Líryan Umbria (liryan) no tópico LIFA - Liceu Filosófico de Avola
LIFA
Nossa criação particular de monstros

Nesta semana vi uma matéria sobre a situação de uma criança negra, vítima de ódio e racismo, por ter sido adotada por um casal famoso. Uma das pessoas que destinou seu tempo a criar um perfil falso, com foto de alguém de verdade, e destilar ódio, tem quatorze anos. Até aqui tudo muito claro: uma pessoa com quatorze anos que não liga para a falsidade ideológica, não liga para incriminar outra pessoa, não liga para o próximo, usa seu tempo para propagar ódio, em tom de uma brincadeira de quem quer, “apenas”, zoar.

Se conseguiu, zoou! A criança negra foi vítima de racismo e ódio, os pais da criança sofrem com isso, a pessoa envolvida no perfil falso pode ser linchada a qualquer momento por algo que não fez, e assim caminha o Brasil, religioso, moral, coronelista, machista...

O tempo todo estamos alertando: existem pessoas, existem políticos, existem indivíduos ligados à religião e as ligando ao Estado se ocupando de construir uma atmosfera de ódio, de repressão e de manutenção do machismo coronelista, que é o cerne de nossa cultura. Mas as pessoas não estão querendo aceitar, pensam que é só “opinião deles”, que dentro da “religião deles” é assim e precisa ser aceito... Que isso é bom, que isso é o correto! Se não dá para viver a ditadura, que se viva o coronelismo escravocrata!

Nas escolas uma realidade cruel: todo e qualquer projeto, por menor que seja, que vise a formação e a construção humana é temido, odiado e repudiado pela sociedade! Se busca ensinar que a mulher tem valor e pode ser livre, se está a promiscuí-las. Se ensina que a comunidade LGBT não precisa ser odiada, violentada, se está a transformar crianças em gays. Se combate o racismo, não existe racismo no Brasil... Se ensina que existem várias religiões e todas devem ser respeitadas, não é papel da escola interferir nisso apesar das professoras rezarem o “Pai Nosso” antes da aula... Dia a dia, ano a ano, nos esforçamos incondicionalmente na criação de monstros!

Estamos conseguindo com muito êxito! Quase todo jovem é machista, muitos jovens flertam com sistemas ditatoriais, quase ninguém percebe a atmosfera de violência que se sustenta! Gostam de políticos violentos, gostam dos coronéis! Não acreditam na existência do racismo, não acreditam na existência do machismo, mas acreditam na “ditadura gay” um tipo de “plano demoníaco iluminati” que pretende transformar héteros em gays...

A religião dominante compactua, não podemos livrar a cara dela, sua interpretação por aqui calha ao coronelismo e ao machismo. As religiões que vem crescendo com a venda de indulgência, também, e cada vez mais buscam a ligação com poder político. O pensamento fundamentalista já vê tudo como inimigo, e os jovens, sem conhecimento e experiência, que nunca foram ensinados a conviver, batem o pé!

Birrentos, burros, incoerentes e imaturos, os criamos assim! Não teria como ser diferente, boa parte da população nada mais é que um “massivo produto do meio”. E os que “despertaram” e puderam ver a “falha na matrix”, hoje já nem são mais “família”. Acreditar no supérfluo do inexistente e pensar que tudo que é diferente de si mesmo precisa deixar de existir por estar errado é muito mais fácil e simples que se desconstruir e virar gente!

Estamos criando monstros! Estamos rodeados de monstros! Estamos construindo uma sociedade de ódio baseada no pensamento fundamentalista, no fascismo. E estamos fazendo isso desde sempre! Não de agora, não de hoje... Mas de sempre! Hoje apenas tomamos conta de uma forma inegável que construímos, assim, a sociedade que nos rodeia. Nossas igrejas não criam seres humanos aptos a conviverem com as diferenças; as famílias, tradicionais, criam diabretes acéfalos que são incapazes de aceitar qualquer coisa que não seja o espelho; as escolas preparam para o concurso e só intervém quando dentro de seus interesses morais. E assim vamos seguindo, mudos, sem nos importar com golpes de Estado, sem questionar cortes na educação e saúde, sem perceber que educação é investimento e não, gasto. Sem notar as atmosferas que vamos deixando manter ao nosso redor.

Mas tudo bem; pois, então, é Natal! E a todos se vai desejar boas festas, felicidades, paz... Não há racismo, não há machismo, nada de cultura do estupro... É Natal! Boas festas!

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04 Jan 2017 23:02 #34605 por Líryan Umbria (liryan)
Respondido por Líryan Umbria (liryan) no tópico LIFA - Liceu Filosófico de Avola
LIFA
Pós-verdade e resposta da ignorância

Você quem lê, é uma pessoa racional? Você quem lê, é uma pessoa que se guia pelo pensamento lógico?

O termo “pós-verdade” existe, e se tornou pop em razão dos lexicógrafos do Oxford Dictionaries terem-no eleito como “palavra do ano”. Por definição “pós-verdade” é uma “meta-pós-verdade”, ou seja, algo é considerado como verdadeiro, simplesmente pela consideração que tem como sendo verdade. Em outras palavras é uma transformação da palavra – verbo (alguém?) –em verdade, por simplesmente ter sido dita. De forma simples e sem requinte, “Deus disse”, pronto é verdade! Assim a “pós-verdade” não discursará com dados, com fatos, não precisará ser corroborado por nada – nem mesmo falacioso – foi dito, e o dito é atribuído como verdade.

Já a “resposta da ignorância” (quem possui outros nomes por ai) é a situação onde a resposta que é aceita como verdadeira parte daquilo que se ignora sobre a pergunta. O exemplo estético e óbvio é aquela coisa sobre Objetos Voadores Não Identificados. É comum atribuir que OVNI´s sejam, precisamente, “Naves Intergalácticas Alienígenas”. Acontece que o termo em si desconstrói a resposta que recebe: ao se tratar de “não identificados”, não pode ser algo em particular assim como pode ser qualquer coisa, afinal, é não identificado, é desconhecido. Pegar algo desconhecido e, por não saber do que se trata, assumir ser algo específico é o que se identifica como “resposta da ignorância”. De forma simples, é quando se assume que algo que se desconhece é, precisamente, alguma coisa que se quer que seja. E apesar do exemplo OVNI ser “bobo” e “desimportante” temos que ter em mente que esta “resposta da ignorância” está diretamente relacionada com as bases dos pré-conceitos e das fobias sociais. Especialmente em uma cultura, como a nossa, que vem de um desenvolvimento religioso popular que sugere que o desconhecido é, por ser desconhecido, demoníaco, malévolo, usurpador, terrível...

De um lado temos a palavra (a opinião), a experiência pessoal, a vivência, sendo transformada em verdade. E pior, em verdade inconteste, afinal “Deus disse”, é o verbo que se torna carne, realidade, verdade. Do outro temos o que se ignora tomando contorno daquilo que se quer, muitas vezes, por indução sócio-cultural. Não sei o que é, é uma Nave Alienígena! Não sei quem é, mas não está nos padrões, está errado. Não sei o que é, não é igual a mim, é errado. Então se casam, “resposta da ignorância” com um longo véu, e “pós-verdade” com um lindo terno preto.

Tanto “pós-verdade” quanto “resposta da ignorância” não participam, em nenhum momento, de um conhecimento construído por uma estruturação lógica ou por uma estruturação racional. Nem um, nem outro, são construídos com dados, com estudo, pesquisa ou qualquer outra coisa similar que possa ser aferida e, principalmente, questionada. Aliás, para aqueles que as assumem, são dois princípios incontestáveis (medo) pois um é a “Palavra Viva”, e o outro “A Certeza”! E de seu casamento nasce um anjo obsceno: a palavra tida como certeza.

No mundo das redes sociais, do ódio destilado, da aceitação da opinião por ser opinião, sem se dar conta de que é, meramente, opinião. Num mundo de fobias declaradas, de ódio declarado, de machismo, misoginia, busca de vínculo entre religião e Estado. Num mundo de verdades que o são por si mesmas, e de ignorâncias tidas como respostas, onde o senso crítico anda cada vez mais fora de moda, deixo ao leitor duas perguntas, íntimas e pessoais:

Você quem lê, é uma pessoa racional? Você quem lê, é uma pessoa que se guia pelo pensamento lógico?

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12 Jan 2017 13:09 #34623 por Líryan Umbria (liryan)
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LIFA
Sobre a manutenção do ódio

Na cultura da sociedade brasileira é relativamente difícil para um homem, hétero, cis gênero, cristão (especialmente se só o for de boca), caucasiano (e podemos colocar os “mulatos meio médios” nesta de caucasiano) que oscile entre as classes “baixa alta” e “média” se perceber em uma sociedade que sustenta e mantém o ódio. O motivo é simples: este grupo de indivíduos, que são minoria na nossa sociedade, se encontram, justamente, na faixa de “zona de conforto” que esta sociedade, machista e autoritária, constrói. Porém, apesar do motivo ser simples, a estruturação é complexa.

Justamente por isso há a necessidade de várias mídias insistirem no assunto e mostrarem, de diversas formas, que há uma cultura de ódio, que ela prejudica a todos e que, onde a ordem não pode ser questionada o absurdo faz sua morada.

Para este indivíduo, citado acima, a sua “normalidade” é, justamente, a cultura que mantém os pensamentos de ódio e fobias sociais. Quando imergidos nesta “normalidade” que é sustentada por pós-verdades e respostas da ignorância, este “homem brasileiro”, primeiramente, não consegue se perceber um agente da manutenção de diversas sub-culturas que propagam violência e ódio. Claro que, sempre haverão aqueles, como um vasto leque de pastores por ai, que são capazes de perceber esta estrutura e a utilizam em seu favor para ganhos pessoais. Assim como vão existir indivíduos, que mesmo se percebendo nesta estrutura social vão optar por ela, pois não são, eles mesmos, os alvos do ódio.

Este “homem brasileiro” não sofre a violência cotidiana sofrida por mulheres, negros, índios, trans, gays, lésbicas, e outros grupos. Não sofre as impossibilidades e dificuldades de se posicionar socialmente em função de particularidades intrínsecas aos grupos focos do ódio e, portanto, vistos a partir de uma perspectiva preconceituosa. O “homem brasileiro” não sente a possibilidade de ser violentado ao ir na padaria. Não tem emprego negado em razão da cor do cabelo ou da discrepância entre nome documentado e gênero. Não é agredido por andar com um short curto, não é assediado por estar com uma calça justa, ou por simplesmente estar andando na rua. Não é depreciado por ter a pele avermelhada e nem é visto de lado por ter a pele escura. É um elemento social que, simplesmente, não sente a sociedade que mantém à sua volta, mas, ainda assim, se precipita em defender a inexistência do que desconhece.

O “homem brasileiro” não acredita que exista uma cultura do estupro, não acredita que exista machismo, não acredita que exista racismo, não acredita na existência de uma cultura de fobias sociais e ódios às comunidades LGBT, desconhece as dificuldades da cultura surda, cega, indígena... E, nas redes sociais, tende a atacar fervorosamente tudo que é dito em contrário.

Nas redes sociais o ódio que surge a partir da cultura machista predominante no Brasil, que é estruturada por um pensamento partícipe da pós-verdade e resposta da ignorância encontrará o respaldo e a validação de indivíduos que, ou realmente participam dos mesmos pensamentos de ódio, ou estão “zoando”, ou ainda, focados em benefícios próprios buscando alimentar a manutenção da sociedade machista, em razão dos privilégios que possuem. Afinal, assim como os generais, os coronéis não querem ser questionados, os capatazes, assim como os sargentos, não querem “sair de cima” de uma pequena folha, fina e lisa, que acaba por sustentar um tipo quase estético de “superioridade”.

Em resumo, o homem que não sofre é o mesmo que defende a inexistência do sofrimento! Aqui, como sempre, deixo as perguntas: você é capaz de se ver como “homem brasileiro”? Você é capaz de ver somo “patrocinador” da cultura de ódio?

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