Os vídeos do Rei: as dicas de Sua Majestade

Ha que se pensar e criticar a nocividade, também, da identidade cultural. Porquê é a partir da identidade cultural que determinadas culturas sobrevivem, e não é por ser cultural que, automaticamente, vai ser algo bom, ou benéfico.

Tomemos o machismo como exemplo, o machismo não é genético - pelo menos até o momento - ele é cultural, vem da cultura que estabelece a soberania do homem sobre a mulher. Esta cultura sobrevive pois, há homens e mulheres que se identificam com ela e a repassam a seus descendentes. O sentimento de "patriotismo" também é algo complicado pois e a partir dele que nasce o pensamento de que uma cultura é superior à outra. E ai tudo surge em uma complexidade significativa pois superior é diferente de melhor, e pior é diferente de inferior.

O sentimento de patriotismo, de paixão pela pátria, é algo próximo, por exemplo, do amor a um time. E esta paixão, nas sociedades humanas, tende a estar associada a violências muito grande.

Consideramos que só existe uma identidade a respeito de algo quando alguém se identifica, e é nesse pressuposto que continuo defendo a descriminalização desse conceito de identidade, por fazerem relação a questões raciais e genéticas é que tudo se generaliza e se torna condenável.
Entra algo que respeito muito, o direito de liberdade, seja em alguém defender o Dep Bolsonaro ou defender o Dep Jean Wyllys, seja em se sentir totalmente gaúcho ou totalmente mineiro, de direita ou esquerda, em ser aluno/aluna ou alunxs.

No caso do Machismo, entra o que falei anteriormente, é cultural sim para quem se identifica com essa prática, eu que não acredito nessa supervalorização do Homem na sociedade, não me identifico, portanto, não é cultural para mim.
Se alguém se identifica, é necessário desenvolver um conceito antropológico, como você mesma disse, de pai para filho e etc. Vale ressaltar que existem comunidades indígenas, com suas particularidades e culturas únicas, que supervalorizam um e outro. É necessário condenar? Na minha opinião sim, apenas aqui no Brasil e na sociedade que vivo, considero nociva e prejudicial aos direitos das mulheres. Mas sou obrigado a respeitar e cuidar para que a sociedade em que vivo não permita que o filho de alguém que se identifica com a cultura do machismo não o seja também. Educadores, essa é a peça chave.

Sobre patriotismo, não vejo como porta de entrada para a construção dessa tal ''supremacia''. Talvez seja para você e outros. Eu amo meu país, amo minha família e parafraseando o poeta Mano Brown ''Amo minha raça, luto pela cor. O que quer que eu faça é por nós, por amor. '' rs

São opiniões diferentes, entendo o que quis dizer, sei que existe uma tendência forte a essa relação, mas vejo de forma diferente e conscientizo as pessoas ao meu redor para que façam o mesmo.

Já que é pop pensar: