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QUEM CONTO SEUS MALES EM CRÔNICA
- Fernando Orleans (fernandoorleans)
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Minha avó foi uma doceira de mão cheia. Arrumava a mesa de bolos, gelatinas e brigadeiros que ela própria fazia. Meu avô e eu ficávamos horas comendo as guloseimas, enquanto ela ficava a observar satisfeita. Preferia comer sozinha, para olhar o neto e o marido.
Todo final de semana ia visitá-los. Era muito bom. Mas, com o tempo, descobri que atrás de tanta doçura há o amargo. Meus avós, no final de suas vidas, ficaram com graves problemas de saúde.
O tempo passou. Fiquei diabético, obeso e com problema de coração. Comer, dava-me prazer imediato e era isso que almejava sempre.
Morri e tive que ir ao inferno. Mas, não fui para o lugar dantesco, que todos dizem. Voltei à casa dos meus avós. Eles estavam me esperando.
Voltei ao meu doce inferno.
SMR Louis-Philippe II Orleans-Umbrio MacLogos Pellegrini
Rei da França
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Cavaliere dell´Ordine di Garibaldi
Cavaleiro Comendador da Real Ordem Italiana da Atividade Micronacional
Medalha da Ordem do Grifo no grau de Grão-Cavaleiro de Avola
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Ele olhava para trás de tempos em tempos, tentando divisar na multidão por quem estava sendo seguido. Do outro lado da rua, eu estava seguro que não ia ser visto.
Eu olhei para trás exagerando o movimento. Sabia que isso deixaria meu perseguidor tranquilo, achando que não estava sendo visto. Aproveitava os reflexos das vitrines de lojas ocasionais para observá-lo do outro lado da rua. Esse jogo terminava hoje.
Ele seguia por um caminho novo, diferente do habitual. Não estava indo para o escritório e, muito menos, para a casa de alguma das “habituais”. Meu único receio era que pegasse um táxi. Isso iria dificultar as coisas para mim.
No meio de um caso eu percebi que estava sendo seguido. Tentei continuar meu trabalho, investigando o sujeito e lidar com isso depois, mas descobri que meu perseguidor estava fazendo perguntas ao meu respeito. Decidi que seria melhor conseguir algumas respostas eu mesmo.
Quando recebi a ligação achei que seria mais um marido pulando a cerca. A voz era feminina e tinha aquela rouquidão chorosa. Achei irônico quando descobri que o sujeito também era um detetive particular.
Quando parei a investigação, já tinha descoberto quase tudo sobre o alvo: nome Marcos Arantes do Nascimento, 38 anos, pé-rapado, expulso da polícia, largou a faculdade de direito, virou detetive particular. Irônico.
E perigoso, andava armado, suspeito de desaparecer com alguns clientes caloteiros. Nada contra. Também odeio clientes caloteiros.
Descobri que ele tinha mentido para algumas clientes sobre a fidelidade dos maridos para estimular a infidelidade delas. Talvez tenha sido algum desses maridos ou esposas que tenha me contratado para investigar o sujeito. Talvez tenha sido algum deles que tenha contratado esse cara para me seguir. Não importa, depois de hoje ele não seguia mais ninguém.
Um desses clientes inclusive era um velho conhecido meu. A esposa tinha pedido para eu descobrir se ele andava visitando outros galinheiros. Menti e acabei cantando de galo. Mundo pequeno. Por via das dúvidas, também passei a andar armado. Marcos Arantes do Nascimento não nasceu ontem.
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Daniel Jones é escritor. Quando tinha 18 anos assinou com uma editora. Recebeu adiantado. Comprou um carro e pagava cerveja para os amigos.
Daniel Jones é escritor. Se formou em letras aos 24. Durante a faculdade, não escreveu nada de importante mas mantinha um blog de contos.
Daniel Jones é escritor. Aos 27 anos, ainda morava com o pai e foi expulso de casa após uma discussão sobre quem tomou a última cerveja.
Daniel Jones é escritor. Com 30 anos, ele vendeu bicicleta, carro e, embaixo de um viaduto, atualiza seu blog na única coisa que ainda possui: seu velho laptop.
Daniel Jones é mendigo. Ele passa os dias nos sinais de trânsito pedindo para os motoristas clicarem nos anúncios do seu blog. Ele ganha 25 centavos por clique mas o Google só vai pagar depois que ele juntar 100 dólares.
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- Césare Ulhoa del Cintra e Bórgia (Césare Ulhoa del Cintra e Bórgia)
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Nesses dias os soteropolitanos (aqueles que nascem em Salvador), estão em uma discussão sobre se o único time que estar na primeira divisão do campeonato de futebol cairá ou não no fim do ano, desde que subiu, todos discutem se vai continuar ou vão descer para a segundona.
O último fim de semana produziu um verdadeiro escândalo para os torcedores, quando o time resolveu jogar sério, colocar o adversário na roda o juiz jogou água fria na fervura, deu gol impedido, anulou gol valido, deu prorrogação, expulsou, resultado: o time perdeu por 2 X 1.
Que comoção instalou-se na cidade, um absurdo, ladrão, filho de disso e daquela, ameaças e pragas até quarta geração do rapaz. Até os torcedores do time rival engrossarão o coro: tomara que caia por incompetência, mas não por roubo de juiz. Até a novela Nina X Carminha perdeu o posto de assunto favorito (diga-se de passagem, ficou chato logo após os 30 minutos da vingança, cópia mal feita do grande Eça de Queiroz), nada tem mais importância nesse momento, a turba grita enfurecida: crucifica, crucifica.
Para mim, chato de “galocha”, vem a sensação que o grande teatro jurídico na mais alta Corte da Nação passa “batido”, os 15 minutos dedicados pelo o Jornal das 20h00min horas, quer dizer, das 20h30min, não é suficiente para trazer qualquer sentimento a respeito dos fatos ali narrados, as atuações daqueles atores, cada um defendendo seu papel com unhas e dentes não produz no espectador nenhuma reação, o resultado pelo o visto também não trará nenhuma comoção a nação tricolor ou rubro negra soteropolitana, o que importa é quem vai subir ou descer ao fim da disputa futebolística, tal assunto só vai dar lugar ao último capítulo de Gabriela, o refrão tema do folhetim reflete muito o estar de coisas da minha cidade: eu nasci assim, eu cresci assim, eu vivi assim, vou ser sempre assim...
Veremos se ele reconhecerá!
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- Marli Bionaz (Marli)
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Quem Conto seus males em Crônica [/color]
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Marina Alves
Degustava o prato favorito, assistindo pela tv as explicações do professor de Educação Financeira: "Terceira idade com tranquilidade, 10% do salário na poupança, desde a juventude...". Sorriu satisfeito, pensando que sempre fizera o certo. Foi quando um ossinho de pescoço atravessou-lhe a garganta... Agonizante, caiu de borco sobre o prato de frango a passarinho...
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