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QUEM CONTO SEUS MALES EM CRÔNICA
- Fernando Orleans (fernandoorleans)
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A ESTRADA
Adriano Docconi
Ele conseguiu as botas em troca de um pote de gordura de rato. A gordura era boa para proteger a pele do sol e o rato era bom para matar a fome. Por isso, sem a gordura, a sua pele rachava e sangrava enquanto ele gastava suas botas novas na estrada.
A estrada se estendia até onde conseguia ver. Atrás dele, a um dia de caminhada, estava o posto de troca onde conseguiu as botas novas. À sua frente, estava a estrada.
Ele não tinha pouso certo. O lugar onde nasceu ficava ao largo de outra estrada parecida com esta. Era uma pequena fazenda com uma horta ainda menor atrás da casa de um quarto. Quando se tornou homem feito, seu pai lhe deu uma faca, uma moringa cheia e um adeus curto. A horta não poderia sustentar três, então ele devia ir. E foi.
Na noite anterior, ele tinha visto luzes ao longe. Não luz de fogo, luz antiga, dos tempos em que a estrada tinha sido feita. Quando amanheceu, ele continuou viagem, esperando ver de onde vinha a luz. Em alguns lugares da estrada, existe luz e, às vezes, outras coisas do passado.
Ele avistou a construção alguns minutos atrás. Ela ocupava toda a estrada, de um lado ao outro. Pequenas casas idênticas, uma ao lado da outra e, entre elas, a estrada continuava. De algumas casas, pedaços de madeira se estendiam sobre a estrada. Em outras, a madeira apodreceu e caiu.
Ele se aproximou com o cuidado que as coisas do passado mereciam. Da casa mais próxima veio um som agudo e distorcido, seguido pela voz de uma mulher.
- Boa tarde. O valor do pedágio é de 4 créditos. Por favor, deposite no coletor.
- Cadê você? – perguntou
- Por favor, deposite o valor do pedágio no coletor e siga o seu caminho, evite filas para a conveniência de todos.
- Eu não tenho nenhum desse “créditos”. – respondeu
A casa clicou, chiou e estalou antes da voz continuar.
- Sem créditos. Por favor, pegue o retorno.
- Eu não posso voltar. – argumentou
- O valor do pedágio é de 4 créditos.
Ele olhou para baixo, procurando uma resposta.
- Eu tenho minhas botas… elas são novas. Elas valem os seus créditos. – disse, sem nenhuma dúvida na voz
A casa clicou, chiou e apitou. Desta vez, a voz demorou para voltar. Quando tinha quase certeza de que estava sozinho de novo, a voz falou novamente.
- Boa tarde. O valor do pedágio é um par de botas novas. Por favor, deposite no coletor.
Em um momento, a parede da casa estava lisa e no outro havia um quadrado perfeito cortado na parede. Ele se sentou, tirou suas botas novas e colocou no buraco que desapareceu novamente. O pedaço de madeira que saia da casa subiu lentamente, liberando passagem para a estrada à frente.
O caminho ondulava com o calor. A sua pele rachava e sangrava sob o sol, os seus pés queimavam sobre a estrada.
SMR Louis-Philippe II Orleans-Umbrio MacLogos Pellegrini
Rei da França
Barão de Muggia, etc, etc, etc
Cavaliere dell´Ordine di Garibaldi
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Medalha da Ordem do Grifo no grau de Grão-Cavaleiro de Avola
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- Césare Ulhoa del Cintra e Bórgia (Césare Ulhoa del Cintra e Bórgia)
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E não conseguimos entender
Por que isso teria que acontecer
E passamos mais tempo tentando entender
Que lembrando o quanto já fomos felizes por ter esse amigo
Não importa como as coisas acontecem e nem por que elas acontecem
O que importa de verdade é o que esse amigo representa pra nossa vida
Os momentos que são eternos dentro de cada um de nós
Uma amizade é mais que um sentimento de tristeza ou saudade
Uma amizade é mais que uma ausência
Uma amizade é a essência da vida
Um motivo pra continuar a sorrir
É um aprendizado
E se aprendemos bem essa lição
Vemos um bom exemplo de que um sorriso pode tudo transformar
Não vou me lembrar de um amigo com saudade ou tristeza
Por que os meus amigos nunca morrem
Nunca se vão
Eles sempre vão viver dentro de mim
Na minha lembrança
Em cada palavra que conversamos
Em cada sorriso
E em cada olhar
Por isso nunca vou me esquecer de um amigo
Pois ele vive em mim a cada dia com tudo que ele sempre foi
E essa alegria e felicidade que ele sempre mostrou a cada dia
Eu quero mostrar também como uma forma de agradecer por tudo que ele é
Um amigo,
Diego Moura (Miojo)
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Quem Conto seus males em Crônica [/color]
O Catador
Manoel de Barros
Um homem catava pregos no chão.
Sempre os encontrava deitados de comprido,
ou de lado,
ou de joelhos no chão.
Nunca de ponta.
Assim eles não furam mais - o homem pensava.
Eles não exercem mais a função de pregar.
São patrimônios inúteis da humanidade.
Ganharam o privilégio do abandono.
O homem passava o dia inteiro nessa função de catar
pregos enferrujados.
Acho que essa tarefa lhe dava algum estado.
Estado de pessoas que se enfeitam a trapos.
Catar coisas inúteis garante a soberania do Ser.
Garante a soberania de Ser mais do que Ter.
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- Fernando Orleans (fernandoorleans)
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SANTO ANTÔNIO DO PEN DRIVE
January 2nd, 2012
Parte do 12º distrito da megalópole de São Rio, a história de Santo Antônio do Pen Drive é muito rica. Conta-se que um homem de origem baiana, chamado Cleydson Neymar da Silva, popularmente conhecido como “Bocão”, ao passar pelo edifício e ver que eram de grande beleza e com capacidades comerciais negociou com o então dono do 10º andar um aluguel. E o mais curioso dessa história foi que o objeto de pagamento era o chamado dinheiro, muito usado na época. Ali no andar adquirido por “Bocão” instalou um escritório de design com numerosos funcionários.
Ao passar dos anos um funcionário não apareceu no trabalho, no dia de entrega de um importante projeto. Assim, o filho de “Bocão” Chun Ni da Silva fez uma promessa a Santo Antônio, que voltava a ser popular graças às redes sociais, que se ele trouxesse de volta o funcionário, ele mudaria o nome da empresa em sua honra. Assim então, aconteceu e o funcionário apareceu contando que Santo Antônio o havia guiado. O nome da empresa foi alterado, conforme a promessa feita, e em torno dela foi crescendo o conjunto habitacional que se tornaria a arcologia.
Seu nome, Santo Antônio, deve-se ao milagre, e Pen Drive ao fato de que, na época, todos os trabalhos da empresa eram salvos em pequenos aparelhos armazenadores com este nome.
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ONDE ESTÁ?
January 6th, 2012
“Estamos no século XXI. Onde estão os carros voadores que prometeram pra gente?” – escreveu ele, de um computador portátil que mede 11cmx6cm, para leitores no mundo inteiro e usando apenas o dedão.
“Vivemos no século XXII. Porque não temos viagens espaciais ainda?” – pensou, transmitindo seu pensamento instantaneamente através de um simbionte biônico no seu cérebro, para outras pessoas no mundo inteiro.
“Este é o século XXIII. Quanto tempo mais até podermos viajar no tempo?” – disse, através da boca do quinto clone presencial que controlava, a mais de 100.000.000 km de distância de onde estava o corpo em que nasceu.
“Eu estou no século XV. Cadê os cavaleiros, donzelas e batalhas que tinham me prometido?” – falou para o camponês, que parou de arar o campo e olhava com medo para o estranho, em vestimentas prateadas.
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