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FORMAÇÃO LITÚRGICA

  • nei.bionaz (nei.bionaz)
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02 Ago 2016 23:55 #33395 por nei.bionaz (nei.bionaz)
FORMAÇÃO LITÚRGICA foi criado por nei.bionaz (nei.bionaz)


Cari fratelli e sorelli,


Uma das funções, ou melhor, uma das dimensões do ministério episcopal é o ensino do povo que me foi confiado, por isso, aos poucos vou trazendo para todos, não somente aos católicos italianos, alguns aspectos da formação e vida litúrgica da Igreja.

Através destas pequenas palestras, quero mostrar, apresentar a riqueza cultural e litúrgica da Igreja. Uma das justificativas para tal é, que precisamos conhecer para poder fazer bem. No micronacionalismo, mais ainda, precisamos conhecer para poder "postar" o que é certo, o que é permitido.

Também vou falar sobre a Missa, que é a mais importante de todas as ações litúrgicas, mesmo não podendo "postar" este tipo de celebração no ambiente virtual, e adaptarmos com uma Celebração da Palavra, não vejo problema em conhecermos as partes da Missa, seu significado e valor para os católicos.

Começo então, hoje com o que é liturgia. Espero que gostem. Comentem e vivam em suas comunidades (macro), experienciem da melhor forma possível o mistério pascal de nosso Senhor Jesus Cristo.



O que é Liturgia?



O vocábulo "Liturgia", em grego, formado pelas raízes leit- (de "laós", povo) e -urgía (trabalho, ofício) significa serviço ou trabalho público. Para os cristãos, Liturgia, é, pois, a atualização da entrega de Cristo para a salvação. Cristo entregou-se duma vez por todas, na Cruz. O que a liturgia faz é o memorial de Cristo e da salvação, ou seja, torna presente, através da celebração, o acontecimento definitivo do Mistério Pascal. Através da celebração litúrgica, o crente é inserido nas realidades da sua salvação.

Liturgia é antes de tudo "serviço do povo", essa experiência é fruto de uma vivencia fraterna, ou seja, é o culto, é uma representação simbólica (que não se trata de uma encenação uma vez que o mistério é contemplado em "espírito e verdade") da vida cotidiana do crente em comunhão com sua comunidade.

A Liturgia tem raízes absolutamente cristológicas. Cristo rompe com o ritualismo e torna a liturgia um "culto agradável a Deus", conforme preceitua o apóstolo Paulo em Romanos 12,1-2.


NO CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA



Por que a Liturgia?

1066. No Símbolo da Fé, a Igreja confessa o mistério da Santíssima Trindade e o seu "desígnio admirável" (Ef 1, 9) sobre toda a criação: o Pai realiza o "mistério da sua vontade", dando o seu Filho muito amado e o seu Espírito Santo para a salvação do mundo e para a glória do seu nome. Tal é o mistério de Cristo, revelado e realizado na história segundo um plano, uma "disposição" sabiamente ordenada, a que São Paulo chama "a economia do mistério" (Ef 3, 9) e a que a tradição patrística chamará "a economia do Verbo encarnado" ou "economia da salvação".

1067. "Esta obra da redenção humana e da glorificação perfeita de Deus, cujo prelúdio foram as magníficas obras divinas operadas no povo do Antigo Testamento, realizou-a Cristo Senhor, principalmente pelo mistério pascal da sua bem-aventurada paixão, Ressurreição dos mortos e gloriosa ascensão, em que, "morrendo, destruiu a morte e ressuscitando restaurou a vida". Efetivamente, foi do lado de Cristo adormecido na cruz que nasceu "o sacramento admirável de toda a Igreja"". É por isso que, na liturgia, a Igreja celebra principalmente o mistério pascal, pelo qual Cristo realizou a obra da nossa salvação.

1068. É este mistério de Cristo que a Igreja proclama e celebra na sua liturgia, para que os fiéis dele vivam e dele dêem testemunho no mundo. "A liturgia, com efeito, pela qual, sobretudo no sacrifício eucarístico, "se atua a obra da nossa redenção", contribui em sumo grau para que os fiéis exprimam na vida e manifestem aos outros o mistério de Cristo e a autêntica natureza da, verdadeira Igreja".

QUAL O SIGNIFICADO DA PALAVRA LITURGIA?



1069. Originariamente, a palavra "liturgia" significa "obra pública", "serviço por parte dele em favor do povo". Na tradição cristã, quer dizer que o povo de Deus toma parte na "obra de Deus". Pela liturgia, Cristo, nosso Redentor e Sumo-Sacerdote, continua na sua Igreja, com ela e por ela, a obra da nossa redenção.

1070. No Novo Testamento, a palavra "liturgia" é empregada para designar, não somente a celebração do culto divino mas também o anúncio do Evangelho e a caridade em ato. Em todas estas situações, trata-se do serviço de Deus e dos homens. Na celebração litúrgica, a Igreja é serva, à imagem do seu Senhor, o único " Liturgo", participando no seu sacerdócio (culto) profético (anúncio) e real (serviço da caridade): "Com razão se considera a liturgia como o exercício da função sacerdotal de Jesus Cristo. Nela, mediante sinais sensíveis e no modo próprio de cada qual, significa-se e realiza-se a santificação dos homens e é exercido o culto público integral pelo corpo Místico de Jesus Cristo, isto é, pela cabeça e pelos membros. Portanto, qualquer celebração litúrgica, enquanto obra de Cristo Sacerdote e do seu corpo que é a Igreja, é ação sagrada por excelência e nenhuma outra ação da Igreja a iguala em eficácia com o mesmo título e no mesmo grau".

A LITURGIA COMO FONTE DE VIDA

1071. Obra de Cristo, a Liturgia é também uma ação da sua Igreja. Ela realiza e manifesta a Igreja como sinal visível da comunhão de Deus e dos homens por Cristo; empenha os fiéis na vida nova da comunidade, e implica uma participação "consciente, ativa e frutuosa" de todos.

1072. "A liturgia não esgota toda a ação da Igreja". Deve ser precedida pela evangelização, pela fé e pela conversão, e só então pode produzir os seus frutos na vida dos fiéis: a vida nova segundo o Espírito, o empenhamento na missão da Igreja e o serviço da sua unidade.

ORAÇÃO E LITURGIA



1073. A liturgia é também participação na oração de Cristo, dirigida ao Pai no Espírito Santo. Nela, toda a oração cristã encontra a sua fonte e o seu termo. Pela liturgia, o homem interior lança raízes e alicerça-se no "grande amor com que o Pai nos amou" (Ef 2, 4), em seu Filho bem-amado. É a mesma "maravilha de Deus" que é vivida e interiorizada por toda a oração, "em todo o tempo, no Espírito" (Ef 6, 18).



Na próxima palestra conheceremos um pouco da Missa e suas partes.

Um forte abraço a todos e que Deus vos abençoe!

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07 Ago 2016 00:51 #33435 por nei.bionaz (nei.bionaz)
Respondido por nei.bionaz (nei.bionaz) no tópico FORMAÇÃO LITÚRGICA
Nesta segunda palestra quero apresentar um pouco do que é a Santa Missa. Sei que aqui no micro não podemos simular Santo Sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo e, por isso, que quero apresentar algumas considerações e mostrar formas para que os católicos possam participar verdadeiramente de sua comunidade macro aproveitando bem este momento de encontro entre irmãos com o Pai.

Bom proveito!


A MISSA

A missa, ou celebração da Eucaristia, não é a oração de uma só pessoa, pois já não basta rezar só em casa; a Igreja sempre foi e continua sendo a casa de Deus e o lugar de oração em comunidade. Jesus frequentava o Templo em Jerusalém com Maria, José e os Apóstolos. Jesus já dizia: “se dois de vós se unirem sobre a terra para pedir, o que seja, conseguirão de meu Pai que está nos céus. Porque onde dois ou três estão reunidos em meu nome, ai estou eu no meio deles” (Mt 18,19-20).

É bom que cada fiel católico entenda bem cada parte da missa a fim de que a Santa Eucaristia não se constitua em um mero rito mecânico, onde as pessoas só “copiam” o que as outras fazem (gestos, sinal da cruz, genuflexão, etc.) sem entender exatamente o que está acontecendo. A missa é igual para toda a Assembleia, mas a maneira de cada um participar pode ser diferente, pois depende da fé que as pessoas têm e também do grau de formação na religião. Às vezes vamos fazendo muitas coisas sem saber “por quê”. Para participar da missa com fé e alegria, além da sua formação catequética básica, o fiel deve conhecer todas as etapas da liturgia da missa, pois ninguém ama o que não conhece.
O objetivo desta palestra é de apresentar alguns fundamentos básicos da liturgia da missa a fim de que o fiel católico tire todo o proveito espiritual que a Santa Eucaristia oferece para todos nós, há quase dois milênios a fio. O fiel católico deve ser, sobretudo, um fiel bem informado; se não nos salvarmos a culpa é nossa, já dizia São João Crisóstomo.

PARTES DA MISSA

A missa é composta pelas seguintes etapas:
X Ritos Iniciais;
X Liturgia da Palavra;
X Liturgia Eucarística;
X Rito da Comunhão;
X Ritos Finais.


RITOS INICIAIS
Observando-se a Liturgia da Missa, vemos que ela inicia-se com o canto e a procissão de entrada. A seguir, o sacerdote dialoga com a comunidade, acolhendo-a em nome de Deus. Segue-se o ato penitencial, as aclamações e súplicas e a oração conclusiva.

Estes ritos têm por finalidade:
X Reunir os fiéis, possibilitando-lhes uma comunhão;
X Dispô-los a ouvir com proveito a Palavra de Deus;
X E a celebrar frutuosamente a Eucaristia.

O Canto de entrada e "Sinal da Cruz"

O canto está a serviço do louvor de Deus e de nossa santificação. Quem canta, reza duas vezes. Não é apenas para embelezar a Missa, mas para nos ajudar a rezar. O canto de entrada deverá estar em plena sintonia com o momento litúrgico que se celebra. Ele tem a função de:
X Favorecer a união dos fiéis;
X Criar um clima festivo;
X Introduzir o povo no mistério ou festa celebrados;
X Acompanhar a procissão de entrada do celebrante e ministros.
Durante o Canto de Entrada, o celebrante que preside a Missa, acompanhado dos Ministros ou Acólitos, dirige-se para o altar. Faz uma inclinação profunda e depois beija o altar. O beijo tem um endereço: não é propriamente para o mármore ou a madeira do altar, mas para o Cristo, que é o centro de nossa piedade. A procissão de entrada deve ser solene, passando pelo meio do povo, especialmente nos dias festivos. Neste momento o Presidente faz o sinal da cruz e toda a Assembleia o acompanha, dizendo ao final, Amém. A expressão “Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”, tem um sentido bíblico: não quer dizer apenas o “nome”, como para nós, ocidentais. “Nome”, em sentido bíblico, quer dizer a própria pessoa (identidade). Isto significa dizer que iniciamos a Missa colocando a nossa vida e toda a ação nas mãos da Santíssima Trindade.

Saudação inicial do presidente da Missa
Estabelece uma comunicação inicial, criando a comunhão. Pela saudação, o celebrante significa à Assembleia a presença do Senhor no meio do seu povo. A resposta é o reconhecimento desta presença. O diálogo simboliza o mistério da Igreja reunida e vem atualizar o encontro de Cristo com o seu povo.

Ato Penitencial
Os fiéis, unidos pelos cantos e diálogos, conscientes de sua reunião em Cristo e de sua presença na assembleia confessam que são pecadores se reconciliam entre si e com Deus.
Após um momento de silêncio, usa-se uma das seguintes fórmulas:
I Formula
Confesso a Deus todo-poderoso / e a vós, irmãos, / que pequei muitas vezes / por pensamentos e palavras, / atos e omissões, / (e, batendo no peito, dizem) por minha culpa, minha tão grande culpa. / E peço à Virgem Maria, / aos anjos e santos / e a vós, irmãos, / que rogueis por mim a Deus, nosso Senhor.

II Formula
Senhor, que viestes salvar os corações arrependidos, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, que viestes chamar os pecadores, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, que intercedeis por nós junto do Pai, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.

Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna.
Amém!

Sempre se usa as expressões Kyrie Elèison e Christe Elèison, do grego, que significa Senhor e Cristo, tende piedade de nós.

Canto do Glória
É o hino pelo qual a Igreja louva, agradece e suplica ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. O Glória pode também ser recitado, como segue:

Glória a Deus nas alturas, / e paz na terra aos homens por ele amados. / Senhor Deus, rei dos céus, Deus Pai todo-poderoso: / nós vos louvamos, / nós vos bendizemos, / nós vos adoramos, / nós vos glorificamos, / nós vos damos graças / por vossa imensa glória. / Senhor Jesus Cristo, Filho unigênito, / Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai. / Vós que tirais o pecado do mundo, / tende piedade de nós. / Vós que tirais o pecado do mundo, / acolhei a nossa súplica. / Vós que estais à direita do Pai, / tende piedade de nós. / Só vós sois o Santo, / só vós, o Senhor, / só vós, o Altíssimo, / Jesus Cristo, / com o Espírito Santo, / na glória de Deus Pai. / Amém.

O Canto do Glória é um hino antiquíssimo e venerável, pelo qual a Igreja, congregada no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus Pai e ao Cordeiro, é cantado pela Assembleia dos fiéis ou pelo povo que o alterna com o grupo de cantores ou pelo próprio grupo de cantores. Se não for cantado, dever ser recitado por todos, juntos ou alternadamente.

O Canto do Glória é cantado ou recitado aos domingos, exceto no tempo do Advento e da Quaresma, nas solenidades e festas e ainda em celebrações especiais mais solenes.

Oração do dia (coleta)
O presidente da celebração, em nome de toda a Igreja reunida, se dirige a Deus, por intermédio de Jesus Cristo. Há sempre uma oração do dia para cada momento litúrgico, conforme estabelece o Missal Romano, cuja versão para a língua portuguesa, para o Brasil, foi aprovada pela Comissão Episcopal de Textos Litúrgicos (CETEL), da CNBB, em uso desde 25/09/91. A oração da coleta exprime a índole da celebração e dirige, pelas palavras do presidente, uma súplica a Deus Pai, por Cristo, no Espírito Santo.

Aqui todos os fiéis oram, em silêncio, por algum tempo. No fim da oração a Assembleia aclama com um Amém. Em seguida todos se sentam para ouvir com atenção a Liturgia da Palavra.

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17 Ago 2016 01:33 - 17 Ago 2016 01:38 #33591 por nei.bionaz (nei.bionaz)
Respondido por nei.bionaz (nei.bionaz) no tópico FORMAÇÃO LITÚRGICA
Estimados irmãs, estimadas irmãs em Cristo, seguimos com a formação litúrgica da Arquidiocese de Treviso.

Bom proveito!


LITURGIA DA PALAVRA



A Liturgia da Palavra é composta por:

X Leituras: Antigo Testamento, Novo Testamento, e Evangelho.
X Cânticos Interlecionais: Salmo Responsorial e Aclamação ao Evangelho.
X Homilia
X Profissão de Fé
X Oração Universal (Prece dos Fiéis).


Através das leituras, Deus fala a seu povo. Como por tradição, o ofício de proferir as leituras não é função presidencial, mas ministerial, convém que via de regra o diácono, ou na falta dele outro sacerdote, leia o Evangelho; o leitor faça as demais leituras.

Através dos cânticos, a Assembleia responde a Deus. O salmo responsorial ou gradual é tirado do Lecionário, pois cada um de seus textos se acha diretamente ligado à respectiva leitura; assim a acolhida dos salmos depende das leituras.

O cântico de aclamação ao Evangelho é feito através do “Aleluia” ou outro canto de acordo com o tempo litúrgico, preparado pela Equipe de Liturgia. O “Aleluia” é cantado em todos os tempos, exceto na Quaresma.



A Homilia, que significa "conversa familiar", é a explicação das Palavras do Senhor. Convém que seja uma explicação de algum aspecto das leituras da Sagrada Escritura ou de outro texto do Ordinário ou próprio da Missa do dia, levando em conta tanto o mistério celebrado, como as necessidades particulares dos ouvintes.

A Profissão de Fé é a adesão da comunidade à Palavra do Senhor. Ela tem por objetivo levar o povo a dar seu assentimento e resposta à palavra de Deus ouvida nas leituras e na homilia, bem como recordar-lhe a regra da fé antes de iniciar a celebração da Eucaristia. Quando cantado, deve sê-lo por todo o povo, seja por inteiro, seja alternadamente.

A oração do Credo pode ser aquela do símbolo apostólico, que aparece normalmente em todos os jornais litúrgicos, ou a do símbolo Niceno-Constantinopolitano, a seguir:

Creio em um só Deus, / Pai todo-poderoso, / criador do céu e da terra, / de todas as coisas visíveis e invisíveis. / Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, / Filho unigênito de Deus, / nascido do Pai antes de todos os séculos: / Deus de Deus, / luz da luz, / Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; / gerado, não criado, / consubstancial ao Pai. / Por ele todas as coisas foram feitas. / E por nós, homens, e para nossa salvação, / desceu dos céus: (inclinação até “e se fez homem”) / e se encarnou pelo Espírito Santo, / no seio da virgem Maria, / e se fez homem. / Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; / padeceu e foi sepultado. / Ressuscitou ao terceiro dia, / conforme as Escrituras, / e subiu aos céus, / onde está sentado à direita do Pai. / E de novo há de vir, em sua glória, / para julgar os vivos e os mortos; / e o seu reino não terá fim. / Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, / e procede do Pai e do Filho; / e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: / ele que falou pelos profetas. / Creio na Igreja, / una, santa, católica e apostólica. / Professo um só batismo para remissão dos pecados. / E espero a ressurreição dos mortos / e a vida do mundo que há de vir. / Amém.

A Oração Universal ou Prece dos Fiéis é a súplica comunitária pelas necessidades da Igreja universal, do mundo e Igreja local. Ela encerra a Liturgia da Palavra. Os fiéis fazem essas orações confiando em Jesus, que disse: “Pedi e recebereis, buscai e encontrareis, batei e a porte se abrirá. Porque todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e a quem bate se abrirá” (Mt 7, 7-8). Convém que, normalmente, se faça esta oração nas Missas com o povo, de tal sorte que se reze pelas seguintes intenções:

X Pelas necessidades da Igreja;
X Pelos poderes públicos e pela salvação de todo o mundo;
X Pelos que sofrem qualquer necessidade;
X Pela comunidade local.

É bom que se faça preces curtas e bem objetivas, colocando-se em mente que não se trata de uma pequena homilia particular, com textos longos e verdades próprias. A participação do leigo, com orientação das Equipes de Liturgia, é de fundamental importância. Além das preces já preparadas previamente é importante que o celebrante incentive a Assembleia a fazer outras preces complementares, caso haja condições práticas para tal (Assembleias pequenas, etc.).

Na próxima formação: "Liturgia Eucarística".
Não perca!
Last edit: 17 Ago 2016 01:38 by nei.bionaz (nei.bionaz).

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23 Ago 2016 01:22 - 23 Ago 2016 01:24 #33659 por nei.bionaz (nei.bionaz)
Respondido por nei.bionaz (nei.bionaz) no tópico FORMAÇÃO LITÚRGICA
Nesta belíssima noite de segunda-feira, 22 de agosto, memória litúrgica de Nossa Senhora Rainha (instituída pelo papa Pio XII), prossigamos com nossa formação litúrgica.

Boa aula!


LITURGIA EUCARÍSTICA



Na última Ceia, Cristo instituiu o sacrifício e a ceia pascal, que tornam continuamente presente na Igreja o sacrifício da cruz, quando o sacerdote, representante do Cristo Senhor, realiza aquilo mesmo que o Senhor fez e entregou aos discípulos para que o fizessem em sua memória.

É composta pelas seguintes partes:

X Preparação das Oferendas (ofertas);
X Oração Eucarística
X Rito da Comunhão.


Preparação das Oferendas (ofertas)



Na Preparação sobre as oferendas, levam-se ao altar o pão e o vinho com água, isto é, aqueles elementos que Cristo tomou em suas mãos. Em primeiro lugar prepara-se o altar ou mesa do Senhor, que é o centro de toda a liturgia eucarística, colocando-se nele o corporal, o purificatório, o Missal Romano e o cálice, a não ser que se prepare na credência (mesa junto ao altar, onde se colocam as galhetas e outros acessórios da missa). A seguir trazem-se as oferendas. É louvável que os fiéis apresentem o pão e o vinho que o sacerdote ou o diácono recebem em lugar conveniente e depõem sobre o altar, proferindo as fórmulas estabelecidas. Também são recebidos o dinheiro ou outros donativos oferecidos pelos fiéis para os pobres ou para a Igreja, ou recolhidos no recinto dela; serão, no entanto, colocados em lugar conveniente, fora da mesa eucarística. Em seguida o celebrante lava as mãos, exprimindo por esse rito o seu desejo de purificação interior.

Aqui, o celebrante levanta a patena com o pão dizendo:
CEL: Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo pão que recebemos de vossa bondade, fruto da terra e do trabalho do homem, que agora vos apresentamos, e para nós se vai tornar pão da vida.
Se não houver o canto do ofertório o povo poderá aclamar:
ASS: Bendito seja Deus para sempre!
O celebrante derrama vinho e um pouco de água no cálice, rezando em silêncio:
CEL: (reza em silêncio) Pelo mistério desta água e deste vinho possamos participar da divindade do vosso Filho, que se dignou assumir a nossa humanidade.
Em seguida o celebrante reza:
CEL: Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo vinho que recebemos de vossa bondade, fruto da videira e do trabalho do homem, que agora vos apresentamos e para nós se vai tornar vinho da salvação.
Se não houver o canto ao ofertório, o povo poderá aclamar:
ASS: Bendito seja Deus para sempre!
O celebrante, inclinado, reza em silêncio:
CEL: De coração contrito e humilde, sejamos Senhor, acolhidos por vós; e seja o vosso sacrifício de tal modo oferecido que vos agrade, Senhor, nosso Deus.
O sacerdote lava as mãos, dizendo em silêncio:
CEL: Lavai-me, Senhor, das minhas faltas e purificai-me do meu pecado.
Agora, o celebrante faz a oração sobre as ofertas:
CEL: Orai, irmãos, para que o nosso sacrifício seja aceito por Deus Pai todo-poderoso.
ASS: Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para glória do seu nome, para no nosso bem e de toda a santa Igreja.
O celebrante agora profere a oração sobre as ofertas, que é tirada do Missal Romano e é própria de cada celebração, de acordo com o momento litúrgico. No fim a Assembléia responde com “Amém”.

Oração Eucarística
Na Oração Eucarística rendem-se graças a Deus por toda a obra salvífica e as oferendas tornam-se Corpo e Sangue de Cristo. Pela fração do mesmo pão manifesta-se a unidade dos fiéis e pela comunhão os fiéis recebem o Corpo e o Sangue do Senhor como os Apóstolos o receberam das mãos do próprio Cristo.
É o ponto central da ação litúrgica: é a ação de graças e consagração.

Por ela os fiéis se unem a Cristo para proclamar as maravilhas de Deus e oferecer o verdadeiro sacrifício: oferecem o Cristo, pelo sacerdote; e unidos a Cristo, oferecem a sim mesmos ao Pai.

Inicia-se pelo prefácio do celebrante, que é sempre oração de ação de graças pela obra da salvação e de glorificação ao Pai. O prefácio é variável e há um ou mais para cada tempo da Liturgia, conforme o Missal Romano. Por exemplo: Prefácios do Advento, do Natal, da Epifania, da Quaresma, da Paixão, da Páscoa, da Ascensão do Senhor, do Pentecostes, de Cristo Rei, da Eucaristia, da Santíssima Trindade, de nossa Senhora, de São José, dos Apóstolos, dos Santos, dos Mártires, dos Pastores, das Virgens e Religiosos, dos Anjos, dos Mortos e diversos Prefácios do Tempo Comum, além de alguns Prefácios especiais que fazem parte da Oração Eucarística. O prefácio é um hino de “abertura” que nos introduz no Mistério Eucarístico. Por isso, o presidente convida a Assembleia para elevar os corações a Deus, dizendo: “Corações ao alto!”. É um hino que proclama a santidade de Deus e dá graças ao Senhor.

O final do prefácio é sempre igual. Termina com esta aclamação “Santo, Santo, Santo, Senhor, Deus do universo! O céu e a terra proclamam a vossa glória. Hosana nas alturas! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!” Às vezes, quanto o “Santo” é cantado, mudam-se algumas palavras. Mas o sentido deve permanecer o mesmo. Em geral, é cantado nas Missas dominicais e recitado nas Missas simples do meio da semana. O “Santo” é tirado do profeta Isaías (6,3), o qual teve a seguinte visão: Serafins, no Templo, aclamavam em alta voz: “Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus dos exércitos! Toda a terra está cheia de sua glória!” A repetição, dizendo três vezes “Santo”, é um reforço de expressão para significar o máximo de santidade. É como se dissesse que Deus é “Santíssimo”. O que o profeta Isaías quer dizer é que ele é um homem de lábios impuros, indigno de falar em nome de Deus, e que, no entanto, viu a glória do Senhor no templo. Por isso estava atemorizado e dizia: “Ai de mim, estou perdido!” Então veio um anjo e purificou os seus lábios com uma brasa viva. Esta passagem é uma lição para nós, que participamos da Eucaristia. Também nós somos pecadores, de lábios impuros, e estamos nos preparando para receber o Corpo do Senhor em nossa boca.



O Missal Romano apresenta cinco Orações Eucarísticas básicas que contemplam os seguintes aspectos:
X A Igreja invoca o Pai para que sejam consagrados os dons oferecidos pela comunidade. (Orações Eucarísticas I e III)
X A Igreja invoca o Pai para que sejam consagrados os dons oferecidos pela comunidade. Os dons apresentados, pela ação do Espírito Santo, se tornarão corpo e sangue do Senhor (Orações Eucarísticas II e IV);
X A ação de graças se prolonga: a criação do homem a desobediência deste e o socorro salvífico, anunciado na esperança dos profetas, e na encarnação do Filho de Deus, que entregou-se à morte, mas ressuscitou glorioso, enviando o Espírito Santo para levar à plenitude a obra da redenção (Oração Eucarística IV, pag. 488 do Missal Romano)
X A Igreja intercede pelo santo padre, pelo bispo local e por todos os presentes (todas as Orações Eucarísticas);
X A Igreja da terra se une aos santos do céu (Oração Eucarística I, pág. 469);
X Os dons apresentados pela ação do Espírito Santo se tornarão corpo e sangue do Senhor (Orações Eucarísticas I e III);
X A narrativa da Instituição revive a última ceia na qual Cristo instituiu o sacramento de sua paixão e ressurreição (todas as Orações Eucarísticas);
X A Igreja rememora o oferecimento do próprio Cristo ao Pai, recordando sua paixão, ressurreição e ascensão ao céu. É o verdadeiro ofertório da missa (todas as Orações Eucarísticas);
X As intercessões são a prece pela qual se manifesta que a celebração eucarística é feita em união com toda a Igreja, a da terra e a do céu, pelos vivos e mortos (todas as Orações Eucarísticas);
X A doxologia (forma de louvor à glória de Deus) final é a expressão da glorificação de Deus, uno e trino, que a comunidade ratifica (todas as Orações Eucarísticas);
X A igreja reconhece a necessidade de louvar a Deus. Este louvor leva a Igreja a ser santa (Oração Eucarística V, página 495 do Missal Romano).

Um detalhe interessante a ser observado pela Assembléia é o anúncio, pelo celebrante, de “Tudo isto é Mistério da Fé!”, proferido logo após a narrativa da Instituição; nesse momento todos os que se ajoelharam deverão ficar de pé e recitar de alto e bom som a seguinte citação: Toda vez que se come deste pão, toda vez que se bebe deste vinho, se recorda a paixão de Jesus Cristo e se fica esperando a sua volta.

O Missal Romano apresenta ainda Orações Eucarísticas para diversas circunstâncias com Missas com crianças (I, II e III), sobre reconciliação (I, pág 866 e II, pág 871) entre outras.

Rito da comunhão
Visa preparar os fiéis para receberem o corpo e o sangue do Senhor como alimento espiritual.

Na Oração do Senhor, o Pai-Nosso, os fiéis vivenciam os seguintes aspectos:
X Todos sentem com filhos do mesmo Pai que está nos céus;
X Pedem o pão de cada dia e a vinda do reino de Deus;
X Imploram o perdão e perdoam seus irmãos.

A seguir a Assembleia pede paz e unidade para a Igreja. Saúdam-se todos, fraternalmente, no amor do Senhor. No abraço da paz, todos, segundo o costume do lugar, manifestam uns aos outros a paz e a caridade.

Ao término todos voltam a fazer silêncio para que haja um clima de comunhão associado às orações do momento. Aqui o celebrante parte o pão e coloca um pedaço no cálice, rezando em silêncio: “Esta união do corpo e do sangue de Jesus, o Cristo e Senhor nosso, que vamos receber, nos serva para a vida eterna!” Enquanto isso a Assembleia canta ou recita o “Cordeiro de Deus”.

A seguir o celebrante reza em silêncio: “Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus vivo, que cumprindo a vontade do Pai e agindo com o Espírito Santo, pela vossa morte destes vida ao mundo: livrai-me dos meus pecados e de todo mal; pelo vosso corpo e pelo vosso sangue, dai-me cumprir sempre a vossa vontade e jamais separar-me de vós.” ou ainda: “Senhor Jesus Cristo, o vosso corpo e o vosso sangue, que vou receber, não se tornem causa de juízo e condenação; mas, por vossa bondade, sejam sustento e remédio para minha vida”.

Agora temos a comunhão propriamente dita, sendo o momento da participação mais perfeita: comunhão com Cristo após a comunhão com os irmãos. O sacerdote diz em voz alta: “Felizes os convidados para a ceia do Senhor! Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. Agora ele acrescenta, com o povo: “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo”. Em seguida ele reza em silêncio: “Que o corpo de Cristo me guarde para a vida eterna”. Ele comunga o corpo de Cristo e depois reza em silêncio: “Que o sangue de Cristo me guarde para a vida eterna.” Nesse momento ele comunga o sangue de Cristo. A seguir, o Celebrante e/ou Diácono(s) e Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão toma o cibório e diz a cada um dos que vão comungar: “O corpo de Cristo”. O que vai comungar responde: “Amém!”.



Ao final, enquanto faz a purificação o celebrante reza em silêncio: “Fazei, Senhor, que conservemos num coração puro o que nossa boca recebeu. E que esta dádiva temporal se transforme para nós em remédio eterno.” É aconselhável guardar um momento de silêncio ou recitar algum salmo ou cântico de louvor.

Enquanto o celebrante comunga o corpo de Cristo, inicia-se o canto da comunhão.

RITOS FINAIS

Conhecido como o Rito da Bênção, é o desfecho da Santa Eucaristia. Após os comunicados e avisos importantes a serem apresentados à comunidade é uma boa prática que a Equipe de Liturgia indique à Assembléia o compromisso da semana, baseada na liturgia que acaba de ser desenvolvida.



Ao dar a bênção, o celebrante traça uma cruz sobre a Assembléia, e todos podem inclinar a cabeça. Existem outras fórmulas de bênçãos mais solenes, de acordo com a festa litúrgica. Eis, por exemplo, a bênção que o Missal Romano traz para o primeiro dia do ano:
CEL: Que Deus todo-poderoso, fonte e origem de toda a bênção, vos conceda a sua graça, derrame sobre vós as suas bênçãos e vos guarde sãos e salvos todos os dias deste ano!
ASS: Amém!
CEL: Que vos conserve íntegros na fé, pacientes na esperança e perseverantes até o fim na caridade!
ASS: Amém!
CEL: Que Ele disponha na sua paz os vossos atos e vossos dias, atenda sempre vossas preces e vos conduza à vida eterna!
ASS: Amém!
CEL: A bênção de Deus todo-poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo, desça sobre vós e permaneça para sempre!
ASS: Amém!

O celebrante pode também abençoar com outras palavras, de acordo com as circunstâncias. Os franciscanos, por exemplo, utilizam muito a oração conforme Nm 6, 22-27, que diz: “O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e te seja benigno; o Senhor mostre para ti a sua face e te conceda a paz”.

Cada fiel deve se colocar pessoalmente sob aquela bênção, como seu nome e sua vida. Não saia da igreja antes da bênção final. A missa termina com a bênção e em seguida vem o canto final, que deve ser alegre, pois foi uma felicidade ter participado da Missa. E desejável também que a Assembleia só saia da igreja após a retirada do celebrante, acólitos e ministros. Exercite também o espírito de comunidade, conversando mais com seus irmãos. Ao chegar em casa, dê um abraço em todas as pessoas da sua família, saudando com “A Paz e Cristo”; mostre que você está em estado de graça pois acaba de vir da Santa Eucaristia, que representa um encontro com o Senhor e com os irmãos em Cristo.

Fonte de pesquisa:
Missal Romano, co-edição de Edições Paulinas e Editora Vozes, 1991.
A Missa Parte por Parte, Padre Luiz Cechinato, Editora Vozes, 1993.
Liturgia da Missa (Opúsculo), Edições Paulinas, 1979.


Na próxima formação conversaremos sobre objetos usados na liturgia.

Até a próxima!
Last edit: 23 Ago 2016 01:24 by nei.bionaz (nei.bionaz).

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12 Out 2016 22:58 - 12 Out 2016 23:01 #34074 por nei.bionaz (nei.bionaz)
Respondido por nei.bionaz (nei.bionaz) no tópico FORMAÇÃO LITÚRGICA
Cari fratelli e sorelli,


Neste dia em que no Brasil macro celebramos a Festa de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, quero dar continuidade as formações litúrgicas do Secretariado de Liturgia da Arquidiocese de Treviso.

Hoje conheceremos os objetos usados na liturgia. É conhecendo melhor a nossa Igreja que poderemos aproveitar mais e melhor as graças que Deus nos oferece. Pela liturgia, nossas comunidades espalhadas pelo mundo rendem culto ao Senhor preparando a chegada de seu Reino definitivo.

“A Eucaristia é um mistério altíssimo, é propriamente o Mistério da fé, como se exprime a Sagrada Liturgia: Nele só, estão concentradas, com singular riqueza e variedade de milagres, todas as realidades sobrenaturais. [...] Sobretudo deste Mistério é necessário que nos aproximemos com humilde respeito, não dominados por pensamentos humanos, que devem emudecer, mas atendo-nos firmemente à Revelação divina” (carta encíclica Mysterium Fidei).

As palavras do papa Paulo VI nos ajudam a compreender o papel da sagrada liturgia. Somos, por natureza, apegados aos sentidos. Diante de uma realidade sobrenatural, como o é a santa missa, a liturgia vem em nosso socorro, para que, através de símbolos e gestos concretos, alcancemos o entendimento daquilo que pela fé cremos. Não que se exija do fiel que o mistério seja plenamente entendido, pois este é, antes, para ser crido, mais que explicado; mas, iluminados pela sagrada liturgia, possamos dirigir a Deus o culto de adoração que lhe é devido, de modo que a nossa oração seja um espelho fiel da nossa fé.

Um símbolo litúrgico será necessariamente simples, pois a realidade que ele nos faz penetrar é também simples, como o é o Criador de todos os mistérios. Portanto, não desprezemos os gestos, as palavras ditas, as vestes, o sagrado rito, por sua simplicidade, para não corrermos o risco de desprezarmos também o mistério que esses símbolos escondem e apontam. Devemos nós, também, zelar para que a santa missa seja sempre honrada e respeitada, em toda a sua inteireza.


OBJETOS


Cálice: recipiente onde se consagra o vinho durante a missa.



Cibório ou Âmbula (ou ainda Píxede): é utilizada para a conservação e distribuição das hóstias consagradas aos fiéis.



Patena: pequeno prato, geralmente de metal, utilizado na consagração do pão. Também é usada na distribuição da comunhão, para prevenir a possibilidade de queda das partículas consagradas ou partes delas.



Teca: pequeno estojo, geralmente de metal, onde se leva a Eucaristia para os doentes.



Galhetas: dois recipientes para a colocação da água e do vinho, para a celebração da missa.



Jarro e Bacia: usados pelo sacerdote após oferecer pão e vinho antes da consagração.



Turíbulo: é o objeto utilizado na incensação. Nele é colocado o incenso, uma resina aromática, sobre a brasa. O incenso, que simboliza a oração elevada a Deus, é depositado no turíbulo, pelo sacerdote, e guardado na naveta, um pequeno vaso utilizado para o seu transporte.



Ostensório: é o objeto que serve para expor o Santíssimo para a adoração dos fiéis e também para dar a bênção eucarística. Nele há a parte central fixa, chamada de custódia, que contém uma parte móvel, transparente, circular, a luneta, onde se coloca a hóstia consagrada para adoração.



Caldeirinha e aspersório: a caldeirinha é o recipiente utilizado para colocar água benta para a aspersão. O aspersório é um pequeno bastão metálico com o qual a água benta é aspergida.



Cruz processional: que abre a procissão de entrada.



Círio Pascal: uma vela grande, benzida na missa solene da Vigília Pascal, no Sábado Santo. É utilizado nas missas celebradas durante o Tempo Pascal e também, no ano inteiro, nos batizados. Representa, na liturgia, a luz de Cristo Ressuscitado.



Hóstia: pão não fermentado (ázimo) circular. Ao pão maior chamamos hóstia, consagrada e consumida pelo sacerdote durante a missa. Aos menores, consagrados e distribuídos aos fiéis, chamamos partículas. Essas, uma vez guardadas no sacrário para adoração dos fiéis, e que são consumidas na missa seguinte, chamamos reserva eucarística.



Corporal: tecido em forma quadrangular sobre o qual se coloca o cálice com o vinho e a patena com o pão.



Pala: cartão quadrado, revestido de pano, utilizado para cobrir a patena e o cálice.



Sanguineo: ou purificatório. É um tecido retangular com o qual o sacerdote, depois da comunhão, limpa o cálice e, se for preciso, a boca e os dedos.



Manustérgio: toalha com que o sacerdote enxuga as mãos no rito do lavabo.




No próximo encontro daremos continuidade à formação sobre objetos litúrgicos: móveis e alfaias.

Que Nossa Senhora Aparecida interceda junto ao Pai por seus filhos!

Last edit: 12 Out 2016 23:01 by nei.bionaz (nei.bionaz).

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