DISCURSO DA COROA PELOS 10 ANOS DO REINO DA ITÁLIA

Roma, 17 de Novembro de 2012.


Meus leais súditos,
Autoridades e demais membros da lusofonia:


Não é preciso discorrer, aqui, o que significam 10 anos de existência de uma micronação. Todos entendem, tenho certeza, a dimensão de uma comemoração como esta que, em absoluto é apenas italiana mas, antes, é lusófona. Todos estamos em festa. Embora o Reino da Itália tenha se unificado plenamente em 2008, contamos o nascimento da Sicilia, em 2002, como o surgimento da Itália micronacional, pois desde o surgimento daquela, o objetivo sempre foi a unificação, logo, festejamos mais do que o nome deste reino, mas a própria ideia de uma micronação genuinamente italiófila dentro do micronacionalismo de língua portuguesa.

Desde aquele 17 de Novembro de 2002, enfrentamos guerras, desconfiança, ódios, inveja e rancores. Mas não! Não me deterei em assuntos menores por que esta data é grande demais, a Itália se tornou grande demais. Sinceramente, como um dos fundadores e monarca desta micronação, é até estranho pensar que de lá para cá se passaram 10 anos, uma década inteira. Estranho e ao mesmo tempo especial, emocionante em todos os aspectos. Sim, é uma vitória pessoal, mas tenho certeza de que é, muito mais, coletiva, pois não fosse a qualidade de todos que por aqui passaram até os que aqui estão, a Itália não seria o modelo de profissionalismo e excelência que ela é hoje.

Tenho tido o privilégio de, há 10 anos no trono microitaliano, presenciar o surgimento de novos e grandes micronacionalistas, formados nativamente italianos ou transformados pelo modelo italiano micronacional, razão que me enche de orgulho. Sim, sou conhecido pela rigidez extrema com que concedo títulos e honrarias, geralmente somente em ocasiões muito especiais como esta, em que novos nobres foram formados e outros majorados, porém sou rígido, não insensível ao que meus leais súditos apresentam. Os vejo de forma imparcial ao mesmo tempo que completa, e o faço por que não me interessa apenas liderá-los mas, sim, permitir o ambiente ideal para que possam dar o seu melhor.

A Itália micronacional, agora com seus 10 anos, não tem nada a provar, nada a pedir, mas tudo a festejar. Inauguramos na lusofonia um novo jeito de fazer o micronacionalismo, modelo esse já exportado a outras micronações. Representamos, desde nosso nascimento, a vanguarda, porém não uma vanguarda tola ou arrogante que esquece o valor fundamental da tradição. Somos uma nova via, porém com olhos respeitosos e admirados ao passado, a tudo que já foi feito, porém ansiosos por tudo o que ainda pode ser feito.

A lusofonia está em crise? Sim, está! Porém não está morta, longe disso. Prova é que uma nação festeja seus 10 anos com saúde e ativa, somos o fiel da balança de que a lusofonia tem sim o que apresentar e pode, sem dúvida alguma, se levantar do atual estado. Contem sempre com a Itália na luta por dias melhores.

Porém, nesses 10 anos, agradeço imensamente a cada um que fez parte desta história, a cada súdito, a cada amigo e a cada inimigo (se tivemos algum), todos foram singularmente importantes. Agradeço ainda às nações que passaram por esta história. Ao Reino de Pathros e ao Império Alemão, que dividem com a Itália a Dinastia Peregrina, ao Cordial Reino de Kelterspruf, que primeiro nos reconheceu e ao Grão-Ducado de Chuberry e ao Reino Unido de Portugal e Algarves (hoje Repúblicas Unidas), que nos reconheceram ainda em meio à Guerra da Sicília (2002 – 2003). Agradeço ao Sacro Império de Reunião, que nos mostrou a importância de manter uma política externa própria, assim como agradeço a República de Porto Claro, que nos serviu de modelo sobre como funciona uma República micronacional. Gratidão também a Havana, Normandia, Valquíria, Califado, Sayed, Açores, França, Guanabara, Maurício, Orange, Marajó e Pasárgada, de cuja história tanto aprendemos. Nossa gratidão imensa e eterna ao Magno Império de Hibernia, berço micronacional dos Peregrinos.

Porém, além de nosso agradecimento, também envio nossa saudação esperançosa a todas as jovens nações da lusofonia. Que cresçam e sigam seu caminho e que os 10 anos da Itália possam servir como exemplo de que, com insistência, competência e fé, é possível.

Enfim, não irei me delongar mais, quero viver a emoção deste dia com o mesmo espírito jovem de quando, há 10 anos atrás, era anunciada a realização deste sonho. Hoje a festa é italiana, sem dúvidas, mas ela é, igualmente, lusófona. A Itália vive, a lusofonia vive!

LONGA VIDA AO REINO DA ITÁLIA !

LONGA VIDA AO MICRONACIONALISMO LUSÓFONO!

Atenciosamente