Manifestos Umbrios

Dos últimos acontecimentos rotineiros deste Reino

Recentemente o Rei elegeu um Regente, pois o Rei é um ser humano e tem problemas pessoais macros, e micros, e como todo mundo precisa de um “respiro” para resolver as coisas.

Recentemente a Magistrada Maior se exonerou do cargo (em que nunca quis estar), saiu dos grupos de conversação do Reino, e passou a evitar certas coisas, pios a ex Magistrada parece um ser humano e tem problemas pessoais macros, e micros, como todo mundo.

Bom, primeiro vou falar do Reino, e depois de mim, estabelecendo assim uma ordem estética de importância. Ao longo do tempo nossa cultura vem construindo uma demasiada, desnecessária e arrisco a palavra “canalha” importância para a política, o Senado, a Magistratura, o jogo de interesses de egos que circula estes poderes. Nesta construção a nossa população abandonou completamente qualquer construção de empatia sócio cultural humana. Para boa parte aqui, importante é a roda política, é o Estado, e não o bem estar da população. Aliás, posicionamento muito sinérgico com a realidade macro. Muita gente aqui briga, agressivamente, que importante é Senado, que importante é a “roda eleitoral”, bom, sem população? Com toda a população desgastada? Com todo mundo à beira de sair?

Sempre vi no micro um espelho diminuto do macro, se uma pessoa não respeita um pensamento no macro, ele não o respeitará no micro. Se alguém não tem uma compreensão no macro, ela não a terá no micro... Entretanto o micro nos declara, mais significativamente que o macro, em razão do “maquetismo” que a sociedade é muito mais importante que o Estado, pois, no micro, se o cidadão se desgasta ele tem a opção de sair fora! E é claro que isso irá se refletir no macro.

Então para este câncer cultural eu só deixo uma dica: esqueçam Senado, Estado, Magistratura, Economia... Se insistirem nesta babaquice não vai ficar ninguém para o showzinho de ego de vocês.

Sobre mim, há algum tempo eu decidi que não preciso passar por certas coisas, direito meu. Há um câncer sócio-cultural neste Reino que é o seguinte, ninguém verdadeiramente respeita ninguém, a guerra de egos vai estourando, todo mundo sai errando mais que deveria, e depois vem a chuva de panos quentes pedindo calma no privado. E eu decidi que, eu, não preciso mais disso. Ninguém nunca me respeitou neste Reino, nem micronacionalmente, nem pessoalmente, nem sobre gênero, nem sobre opções, nem nunca respeitaram minhas opiniões... E eu não preciso estar em um ambiente onde alguns defendem que uma mulher “pode” ser violentada por causa das roupas e que cabe a esta mulher “converter-se ao evangelho” para ser perdoada (sério?) Eu não preciso estar em contato com alguém que não sabe a diferença entre gênero e sexo, porque se a pessoa não sabe, que vá estudar para saber que sexo é uma organização biológica (e que não está separada só em “macho e fêmea”) e gênero é uma manifestação ontológica do ser, e que portanto, é uma construção. Eu não preciso estar em um lugar onde, pateticamente, às luzes de uma ignorância religiosa, se propaga que “ser gay é pecado – para o outro”. Isso aqui preciso explicar melhor: estou totalmente de acordo que para uma dada religião X ser gay seja pecado, significa apenas que aquela pessoa daquela religião, não deva ser gay mas que não compete a ela medir o outro por isso. Exatamente igual alguém acreditar que quem acredita em Deus não tenha razão, uma pessoa pode acreditar nisso, mas não pode medir o outro ou dizer que ele é “insano” por crer em Deus. Então respeito é onde eu compreendo que a minha crença não deve julgar o outro, a minha crença deve julgar a mim. Por fim, eu não preciso ficar em um ambiente tão tóxico, tão falso, tão canalha como o que se construiu aqui.

Me mantenho aqui, me afastando ao máximo disso tudo, porque tenho estima por algumas pessoas, independente delas terem ou não por mim e sinto sim, ser amiga do Alan. Mas eu não preciso estar! Então entendam que ninguém precisa e se continuarmos a sustentar esta sociedade tóxica e hipócrita, não vai ficar ninguém aqui além de mim e do Alan, se é que ele aguenta (brincadeira).

É onde insisto que, diante de tudo isso, diante de uma sociedade tóxica, desgastada por guerrinha de egos e aspirações de poderes estéticos, as pessoas se esquecem da sociedade, vira uma hipocrisia generalizada, todo mundo desgastado, só que ninguém, precisa, realmente, ficar por aqui. Então, novamente, se alguém aqui quer é ajudar o Reino, esquece Magistratura, Senado, Eleição, isso tudo pode resolver e o Senado é só uma bricandeira estética que na prática não melhora coisa alguma no Reino, e foquem na desconstrução desta sociedade tóxica e da construção de uma sociedade verdadeiramente respeitosa e agradável de se estar.

Sobre minha posição sobre o Senado, e eu não ia falar disso, mas como insistem tanto em me culpar de não participar de nada, de não fazer nada, ao mesmo tempo que adoram brigar quando eu falo qualquer coisa, por mais que isso pareça uma extensão da “guerra de egos” vou aproveitar para deixar claro que: o Senado teve toda uma legislação para cortar o sistema de impostos para desafogar o RBI (pois o sistema de impostos como estão não funciona – alguém avisou que não funcionaria), o Senado fez isso? O Senado teve toda uma legislatura para poder repensar a situação da Magistratura pois teve uma ex-Magistrada chatinha falando dia a dia não gostar do cargo, e, como disseram “não fazendo nada ali”. Resolveram? O Senado teve toda uma legislatura para repensar o modelo eleitoral que hoje permite que a pessoa entre com o próprio volto, e olhem que a “chatinha” falou e repetiu sobre isso infinitas vezes! O Senado teve toda uma legislação para reposicionar a economia (que não funcionou – alguém avisou que não funcionaria) para retirar o peso social dela pois, vimos que, provavelmente, qualquer modelo que seja, não funcionará sem um volume maior de cidadãos. Ele fez? O Senado teve toda uma legislação para trabalhar em favor de uma re-estruturação de sociedade pois é declarada a toxidade de nosso meio, o que dificulta a entrada de novatos e a manutenção deles, inclusive tivemos novatos reclamando da guerra de egos do lugar e de como isso é desagradável. Foi feito? O Senado teve toda uma legislação para repensar estas “sangrias” e bolar estratégias para as ir sanando, mas, insistiu em “aumentar o prazo da legislatura”...

Enfim, estamos em um momento de crise, a meu ver o maior problema aqui virou mesmo a sociedade e a posição social de cada um de nós (é claro que eu estou inclusa nas minhas críticas), não temos Magistrada, e agora não vamos ter mesmo, depois daquela postagem do Valdinei (ao menos não teremos eu). Não temos Senado, estamos em meio a período eleitoral – sim, é crise, e ai? Até o momento a única pessoa que apareceu buscando resolver o problema foi o Cesare ao apontar acertadamente que os prazos devem continuar - porque até que se tenha resultados de eleições a Magistratura não é necessária, então tudo pode ir seguindo. Temos um Regente e precisamos apoiá-lo na solução da crise, mas eu insisto que, sem uma re-estruturação de nossa sociedade, não adianta nada ter Senado, Magistratura, Economia... Se ninguém está bem, feliz, contente e se divertindo por aqui.

Alteza, já estávamos nos falando em outros lugares. Entendo e concordo totalmente com o que diz. Não poderia acrescentar em nada, tenho certeza que a maioria aqui sente o mesmo ou tem uma impressão de que a coisa realmente está bem ruim.

Agora se avisando, aconselhando e sugerindo fomos crucificados, tudo bem, eu farei diferente e V.A tenho certeza que já pensa da mesma forma.

Agora é se apoiar como Gramsci se apoiou em Maquiavel.

Ruir de dentro, mudar de dentro e fazer dentro do sistema.

Poxa, vendo aqui as Emendas aprovadas no Senado...

O que não é purpurina é lambança, ou má fé mesmo... Agora sim eu estou afim de largar isso aqui...

Dando um tempo, volto quando a vontade de sair passar.

Beijos para os que são de beijos.

Tudo bem minha amiga, entendo perfeitamente, no momento que recebi notificações das postagens aqui e sua mensagem no Facebook eu já sabia.


Eu entendo e concordo totalmente, infelizmente eu não posso ir pelo mesmo caminho, já fiz muito isso, agora eu vou é enfrentar a correnteza, trabalhar dentro da doença e não mais tentar resolver o sintoma.

Infelizmente não posso abrir os olhos de alguns, mas sei que no fundo eles vão se sentir envergonhados por não saber ouvir, principalmente aqueles que tiveram coragem de falar tanta coisa ruim de outra pessoa.


Fica em paz, nos vemos dentro da Filosofia Meio Rosa!

Att