Lealdade "alla italiana", nosso maior patrimônio

No micronacionalismo, muitos são os caçadores de títulos, verdadeiros mercenários micronacionais, cuja lealdade não reside em projeto algum senão sua própria ambição narcisista, ávida por um novo pronome de tratamento à frente de seus nomes. Talvez essa lealdade "líquida" seja parte da crise lusófona.

Todavia, a mensagem de hoje não tem como objetivo lembrar daqueles que só de si lembram, mas sim daqueles que sinceramente sentem fazer parte de algo, verdadeiramente.

Houve um tempo em que, por 6 meses, deixei o Micronacionalismo. A maior parte dos micronacionalistas não lembram dessa fase...foi quando ainda estávamos na Era Siciliana. Naquele momento me senti particularmente sozinho, não vi muito a fazer senão entregar o controle de nossos domínios sicilianos a meus filhos, o Rei de Pathros e o Imperador Alemão. Mas sobre minha solidão, eu estava ingenuamente errado.

Poucas nações possuem um verdadeiro "núcleo duro" um corpo de súditos totalmente leais e que não se veem em nenhuma Nação que não, esta. E assim o foi.

Lembro que um dia, estimulado por meus filhos micronacionais, decidi, seis meses após, retornar ao hobbie. Creio que foi uma fase importante na qual repensei algumas coisas sobre Labrus Peregrinus, meu nome micronacional. E ao decidir retornar o fiz dando um arriscado passo, recriando o Reino das Duas Sicílias anexando Nápoles, o que depois, me levaria à Unificação Italiana Micronacional.

Quando decidi retornar fiz algo: resolvi enviar emails a cada um dos antigos súditos sicilianos - Sua Alteza, o Duque de Avola, aliás, era um deles - e todos, todos sem exceção, responderam, todos vieram, todos estiveram comigo e aí percebi algo: quantas micronações podem contar que seu monarca chamou e todos atenderam?

Nesse dia aprendi algo novo: a lealdade "alla italiana", verdadeira, sincera, sempre pronta e em diferentes épocas. Quando precisei, ao longo dos últimos 14 anos, sempre fui atendido. Talvez isso seja o que realmente significa ter um sentimento micronacionalismo, o sentimento de que quando sua micronação precisar, você voltará e estará lá ao lado de seu líder, pronto, vivo, firme na convicção de que mais do que um hobbie, fazemos parte de um compromisso.

Então é assim a Itália micronacional, uma rocha micronacional, uma base sólida porque sólida é a lealdade que seus súditos dispensam à sua Coroa e ao projeto do qual fazem parte. Assim é o Reino da Itália porque seus leais filhos não saberiam ser, nada menos, do que verdadeiramente leais, filhos de Rômulo e Remo, filhos dos falcões, leais e verdadeiros entusiastas do micronacionalismo.

Atenciosamente