Pequenos gigantescos quatorze anos

Majestade
Concidadãos,

Sou uma pessoa que comemora poucas coisas, comemoro o capitalismo, no dia 25 de dezembro, comemoro o dia da toalha (25 de maio), pois né... Comemoro o orgulho gay (28 junho) afinal não quero ser apontada como traidora do movimento, e, ocasionalmente, comemoro a chegada do inverno. Claro, aliada a estas comemorações tem o nosso 17 de novembro.

E o que dizer da possibilidade de fazer parte de um projeto micronacional por... quatorze anos? Tudo que penso parece já ter sido dito treze vezes, pelo menos! Mas é impossível não dizer, tudo, novamente.

Quando comecei no micronacionalismo o fiz pelas pessoas, pela interação social. Naquela época, acho que 2000, ou 1999 para 2000 – sei lá onde está aquela investigação da minha origem perdida no tempo, no extinto Império de Hibérnia, eu via no ambiente micro a minha possibilidade de uma vida social. O que foi muito bom pois significou a socialização com pessoas bem interessantes, inteligentes e livres de preconceitos. Naquela época era a galerinha “gay” se libertando. Era a galera entusiasmada com ocultismo buscando trocar informação, era o pessoal que queria falar sobre Senhor dos Anéis e Oscar Wilde... Depois disso fiquei no micronacionalismo pela possibilidade da investigação do desenvolvimento de uma microsociedade em ambiente micropatriológico, ou seja, o tubo de ensaio da sociedade macro.

Em muitos aspectos eu me sinto uma parte deste Reino, estando aqui desde as Duas Sicílias, tendo participado da formação, tendo feito um pouco, parte desta história, não me vejo como uma parte melhor ou pior, mas, apenas uma parte. Durante estes quatorze anos eu vi pessoas entrando, saindo, pessoas que participaram do início sumindo, saindo do micro... Umas por terem cansado, outras por terem problemas macro, até falecimentos macro... Quem não perde para a vida, afinal? Quem não perde?

O Reino da Itália é um lugar mágico, e jamais seria sem a figura de seu idealizador que soube como, talvez nenhum outro no micro, colocar aqui sua paixão sem repassar a ela suas vaidades. E em partes é isso que permite a todos aqui presentes se sentirem parte igualitária do projeto.

É um presente, ou sinto como presente, entrar e ver duas manifestações de dois súditos, mais novos, fazendo suas reverências, lembrando do dia, postando, felizes, suas memórias e comemorações. Como isso é bom! Pois nos mostra a possibilidade da continunidade.

Com um vinho, uma boa noite para tod@s nós!