O início do fim do pensamento

Então pessoal, o detentor da faixa presidencial nos amargou a seguinte perola:

Mais uma vez externo meu humilde comentário sobre essa ação estúpida:

Isso desvaloriza a filosofia e sociologia como se não fossem essenciais para a formação de uma sociedade consciente. É a origem de tudo. Este governo definitivamente não quer pessoas que pensem, quer os que carregam pedras.

Isso é uma é coisa perigosa, muito perigosa.
Não pela falta de verba para essas cadeiras, mas... a definição de um ser mais valioso que o outro, isso é muito errado.

att

Eu não tenho palavras para expressar minha angústia, dada a confusão em que se encontra minha mente.
Lá vamos nós, talvez, sermos protagonistas de bárbaros episódios que mancharão a História de toda a humanidade.
E eu afirmo isso pois, uma barbarie não se dá apenas com genocídios e mortes físicas, mas também com essa condução desastrosa que chega até nossa pátria macro.
Ah, mas o Japão está fazendo isso! Nós não estamos no Japão e para mim o Japão não é modelo de qualidade de vida, dado os altos índices de suicídio e as razões para tais.
Todo meu respeito aos japoneses macros, a história e cultura daquele povo, mas eu precisava me expressar!
Sua Graça Rodrigo, obrigado por iniciar esse espaço e obrigado Majestade, por dar a todos nós espaço de crescer e desafogar algumas mágoas agarradas na garganta, fazendo de todo modo nosso Reino crescer, sendo exemplo contra tudo isso de errado. Acho que o micronacionalismo tem um pouco essa vertente, mostrar que as coisas só não dão certo no macro por falta de vontade mesmo.

Respeitosamente,


Enviado do meu iPhone usando Tapatalk

Eu vejo muita coisa nisso, na verdade. E sinceramente, é uma tampa de caixão se fechando, e claro que vai piorar, mas também penso que não podemos retirar a culpa dos governos passados, que de uma forma ou de outra, também não fizeram assim lá grandes coisas pela educação.

Já tem muito tempo que, na prática, a Filosofia segue invalidada no segmento público. Isso pois, a distribuição das aulas, a remuneração, as dificuldades, minam o trabalho a ser feito. Soma-se o que considero pior: a possibilidade legal de qualquer pessoa lecionar qualquer conteúdo. A rigor, qualquer pessoa com um semestre de faculdade, pode tirar uma autorização a título precário para quase qualquer matéria, bastando ter em seu currículo, alguma matéria que alude ao ensino médio.

O resultado do passado para hoje: eu tenho alunos de ensino médio que nunca viram filosofia na vida, pois até então tudo que foi feito, por professores não formados na área, foi dar textos para os alunos lerem e darem suas opiniões. O que não é filosofia. Existem impasses embutidos ai, existem folclores sociais (como o kit gay) e existe uma sociedade que, desde que estou em educação, pública (2000 a 2007) e agora 2019, sempre coibiu diversos tipos de trabalho de socialização, desenvolvimento crítico e desenvolvimento humano, pois isso esbarra no que o pastor fala, incomoda o que padre diz, e segue.

Então esta medida vem para sepultar um corpo agonizante, assim como o novo ensino médio vem para tampar a cova de uma possibilidade educativa, já que, com o novo ensino médio, apenas matemática e português serão obrigatórias.