Subjetividades

Concidadãos,

Lendo a mensagem de S. G o Conde de Assis sobre os dez anos de nossa Prima Legge, me dei conta da subjetividade, idealismos e questões inerentes que permeiam o Estado, e evidentemente tudo o que o cerca, bem como tudo que é seu produto.

Sua Graça chama-nos a atenção sobre a importância da atualização da Prima Legge para a manutenção de um Estado Democrático, com a qual concordo. Sim, precisamos sermos vigilantes primando pela atualização, não só da Prima Legge como também de demais leis. Mas, "quem vigia os vigilantes?"

A questão aqui é simples: excluindo a figura do Rei, que é em pessoa o atual norteador de nossa Democracia, que sustenta sermos um Reino liberal e plural exercendo uma democracia efetiva, qual seria o norteador desta? Bom, vamos cair na Prima Legge, como atualizar uma Prima Legge e manter este ideal de democracia e liberdade sem a figura do Rei? Ou com outra pessoa sendo Rei? Ou Rainha?

A questão é que cada pessoa aqui, cada cidadão, dentro de sua liberdade democrática possui suas subjetividades, suas noções peculiares do que é "democracia" seus erros, achismos, crenças religiosas embaralhadas com moral, ideologias diversas... Enfim, caso não contemos com a figura do Rei, e caso se precise melhorar a Prima Legge, qual o norteador?

Como na cultura macro não temos uma cultura aqui de ensinar o é que ética de a desvencilhar da moral, de ensinar democracia, e nada disso e supomos com algum conforto que todos sabiam o que se trata. Supor é sempre um erro, neste caso talvez o pior. E dada a dificuldade de instituir uma cultura efetiva e real de ensinamento ético, político, democrático e plural, penso que talvez devesse existir um texto "pétreo", que fosse o norteador para tais questões.

Diferente da Prima Legge este texto, imutável, deveria conter não leis ou questões que possam ser subjetivas, mas princípios éticos claros e consistentes, assim como ideologias (aqui como conjunto de convicções culturais de um grupo - paremos de usar mal esta palavra para apenas apontar as ideologias que não gostamos) que obrigatoriamente devam ser seguidas, para manutenção da Prima Legge. Em suma, "um vigia para os vigilantes".

Me parece uma questão interessante para que se debata. "Ficaadica".

Duquesa


Suas qualidades como pessoa crítica é para todos no reino a materialização de uma consciência do reino, sempre nos levando a reflexão e a autocritica.
Confesso que irei retirar um tempo nesse fim de semana para ler e ver como está o estado atual de nossa constituição para tentar compreender o que propõem que como súditos da Coroa possamos aprimorar a democracia italiana.


Att